The Clown

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Pov's Phoebe

Mordi meu lábio com força, era aquele palhaço que atormentava meu sonho... Era aquele palhaço o dono dos olhos febris que agora pareciam duas orbes da cor do oceano... Era ele... Eu não sabia o que falar, de repente o meu corpo começou a enfraquecer, não saia do lugar, minhas pernas recusavam a me obedecer... Só consegui sussurrar algo...

— o que é você?... — Humanos não tem olhos amarelos, foi o que pensei. — Eu não devo falar com estranhos.

— ah! Eu sou pennywise, o palhaço dançarino, Pennywise? Sim, está é Phoebe... Phoebe, este é Pennywise, agora náo somos mais estranhos, somos?... —Ele sorriu. Um sorriso macabro.

Um frio em minha espinha surgiu, arrepiando todo meu corpo, a água ensopava minhas galochas, e de repente era como se o mundo houvesse parado ao meu redor...

—C...como sabe meu nome? —disse, sem desviar os olhos daquele palhaço

Era incrível como o mesmo mantinha sua maquiagem intacta em meio a aquela água que escorria pra dentro do bueiro, ele estava molhado.

— Eu estive te observando... Sabe desde que chegou a cidade eu quis ser seu amigo! — Diz, e abre de novo um sorriso macabro

— M-Mentira! —minha voz tremeu, saiu falhada. Mas mesmo assim eu não estava com medo — O-O que está fazendo ai embaixo?

— Ah... A tempestade me jogou aqui com o circo todo, você consegue sentir o cheiro do circo? Tem algodão doce... Cachorro quente e....

— Pipoca... —falei, e arregalei meus olhos, eu realmente sentia aquele cheiro gostoso vindo do esgoto, eu só posso estar ficando louca não é?

—É o que você gosta mais? ah Eu também!... - Sua fala saiu divertida — Porque elas explodem Pop! Pop! Pop! — Ri em escárnio

Aquilo era assustador, eu estava com vontade de sair dali, mas não tinha medo. A coisa percebeu isso, e ficou de certo modo seria, esperando que eu me aproximasse. Continuei em silêncio sem desviar o olhar do assassino.

—Porque está fazendo isso? — Falei e pisquei desviando o olhar

Senti minha cabeça doer, e só então percebi que eu havia prendido a respiração, inspirando profundamente. Eu sentia meu coração estar disparando, ele doia dentro de meu peito, e minha cabeça ardia... O que estava acontecendo?

—O bobo e velho pennywise só quer deixar esta criança feliz, sabe eu sei o que aconteceu com sua mãe, venha aqui eu vou lhe entregar um balão, tenho varios balões coloridos... Vou dar um a seu irmão tambem...

Engulo em seco, mas me abaixo, praticamente me ajoelhando naquele chão molhado e escorregadio. Olhei para Pennywise, seus olhos estavam amarelos de novo, e isso prendeu minha atenção. Aproximei minha mão do bueiro, cada vez mais, mas percebi algo estranho e afastei a mão rápido, antes que o palhaço pudesse morder meu braço, apenas senti uma dor aguda vindo dali, mas sabia que ele não me mordeu. Com o susto cai pra trás, de bunda no chão. Meu coração acelerou cada vez mais, enquanto eu olhava para as presas inumanas daquela criatura hostil, minhas pernas nao queriam me obedecer, eu precisava sair dali...

—o que foi Phoebe? Não está conseguindo falar? Isso é uma das consequências que o terror pode causar...

Aquelas palavras do palhaço... Arregalei meus olhos e rastejei para trás, tentando fugir das mãos enluvadas que agora tentavam pegar minhas pernas e me puxar para a escuridão daquele esgoto. Eu não estava com medo, na verdade me sentia calma em relação ao medo, mas irritada, triste, estressada ao mesmo tempo. Juntei minhas forças e dei um chute naquela mão antes que a mesma alcançasse meus pés

— Eu não estou com medo! Me deixe em paz! —Gritei, me levantando o mais rápido que conseguia, e comecei a correr desnorteada indo em direção ao lado que eu achava que era minha casa. Não havia ninguém na rua, e de longe ao me virar, vi a silhueta macabra daquele palhaço, que sorria de maneira doentia, com os olhos brilhando. Volto a correr desta vez sem olhar pra trás, logo chegando em casa e entrando, trancando a porta e respirando fundo, estava em choque... Eu quase morri...

— Mas que porra é essa?! —Grita chegando perto de mim, sua face demonstrava preocupação -porque está sangrando?

—T- Tinha um palhaço... — digo desviando o olhar e então vejo que em meu braço havia um arranhão, provavelmente das garras de Pennywise. — Foi ele... Eu... Eu só preciso ficar sozinha -digo, correndo em direção ao meu quarto

— Me explica o que aconteceu! — Grita correndo atrás de mim mas, fecho a porta em sua cara, ouvindo suas reclamações e perguntas preocupadas.

Frio, sentia frio, muito frio e estava ensopada, vou até o banheiro e troco de roupa, me secando antes. Depois, aplico um curativo no meu braço e me jogo na cama, eu estava ficando louca não é? Pergunto a mim mesmo enquanto olhava para o teto, e fecho meus olhos, tentando adormecer, eu estava cansada, ferida e com muita tensão, só precisava descansar mais um pouco... Aos poucos o sono veio chegando... Ouvi Ethan dizer que ia sair mas não dei bola... Pegando no sono...

Quebra de tempo

abri os olhos lentamente e olhei para cima, suspirei e então senti uma presença em meu quarto, ao olhar para um canto lá estava o dono dos olhos amarelos: Pennywise.
Arregalei os olhos e pensei em gritar, logo o fazendo, mas ninguém veio... Olhei ao redor e me encolhi contra os cobertores, como se fosse adiantar, não sabia expressar o que sentia, mas não era medo...

Shhh... não vou te machucar, não muito...! —riu em escárnio e se aproximou de mim lentamente, esticando sua mão enluvada para mim

Sai daqui seu palhaço tarado! —sabia que ele não era só um palhaço, afinal aquele imundo havia mostrado seus dentes e também havia entrado no meu quarto

A coisa riu, e tocou meu ombro, antes que eu pudesse fazer alguma coisa, senti um cheiro horrível, e então me dei conta de que estava no meio do esgoto, sentada sobre uma pequena pilha de brinquedos, e ao olhar para o lado me deparei com uma pilha gigantesca e.... Crianças flutuando! Centenas de crianças flutuavam ali, elas estavam sem pedaços do corpo... Oh meu deus aquele palhaço comia crianças?!

Fui surpreendida por um som metalico e ao olhar para o lado, vi Pennywise me dando um sorriso, ele se aproximou de mim lentamente até que pude sentir o cheiro de seu corpo, um cheiro de... Algodão doce. Aquele cheiro encheu minhas narinas me felicitando com o aroma docinho e gostoso... parece que Pennywise também sentiu algum cheiro em mim, pois se aproximou fungando em meu pescoço, causando um arrepio intenso. E logo, fez uma cara de nojo

estamos no esgoto e você sente nojo do meu cheiro? —Disse com deboche, esperando ser morta por aquela criatura...

É o cheiro da coragem... Grr porque você não esta com medo?! —perguntou indignado enquanto me encarava

e... Eu não sei... —disse sincera enquanto encarava aquelas orbes febris amarelos.

Mas eu vou te fazer ter medo, eu vou sim... Agora você vai pra casa, e vai ficar quieta... Ao menor sinal de medo, vou devorar você... Hahahaha —sua risada maligna me fez revirar os olhos, e recebi um tapa em meu rosto como resposta —Nunca revire os olhos pra mim! — Bradou

O encarei e senti um suave sopro em meu rosto, logo ao abrir os olhos, estava em meu quarto novamente, deitada sobre a cama...

Aquilo foi só um sonho né? Por favor me diga que foi só um sonho!... Avisto na janela um balão vermelho... Ah não...

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Outro cap grandinho kkkkk
Estão gostando?

Beijos xoxo u.u

Pennywise, um conto de DerryOnde histórias criam vida. Descubra agora