Doom Universe apresenta...
Robert Westminster Stevenstein cresceu em uma família rica com seu pai Francis e sua mãe Pamela, ou Pam. Era uma família saudável até que Francis descobre um câncer terminal e sua família começa a desabar sem seu pilar.
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Mesmo que Arcano soubesse abrir um portal, isso não o significa que o tivesse atravessado por um. Ele voou até o portal, quando entrou, seu gato se agarrou nele e ambos passaram por uma experiência multidimensional, o tempo dilatou-se e o espaço dobrou-se. Ele viu o ambiente se contraindo e quebrando, consertando-se no ambiente que Robert havia condicionado o portal a estar. Nos jardins da mansão Westminster. Como espírito, Robert voou para dentro do local. Revisitando todo aquele palacete europeu, designado pelos mais caros arquitetos da época. Um lugar charmoso, uma relíquia. Uma da casa que praticamente fundou Unit. Gerald atravessava a casa, sua feição era a de tédio e uma pitada de tristeza. Talvez fosse falta de Robert.
Gerald após a morte de Francis sempre foi o segundo pai de Robert. Embora o mesmo não demonstrasse, o mordomo amava Robert como seu filho. Sua partida foi dolorida ao coração velho.
— É aqui onde você nasceu? — O gato no seu ombro perguntava, telepaticamente.
— Você é meu espírito, Maruoqe, você devia bem saber disso.
— Eu sou seu espírito, não suas memórias, lembranças e experiências, idiota. — O gato era afiado nas palavras.
— Hahaha! Sim... Onde nasci e me criei. Costumava correr muito naqueles corredores com meu amigo David. Pobre Gerald, me dói vê-lo sozinho, limpando o que não é sujo. Não existe mais uma criança para bagunçar e nem um adulto para pertubá-lo.
— E como está sua mãe?
— Tenho medo de ver. Mas não tenho escolhas... — Robert flutua um andar para cima, e vê sua mãe. Na cama, ainda mais mirrada do que antes. Dormia. Leve como uma pluma.
— Ela parece debilitada.
— Mais do que antes, bichano. Está aí uma pessoa de quem eu não falo metade do que deveria. Minha mãe. Antes dessas doenças, era a pessoa mais feliz a qual eu já vi, sempre sorridente, gentil, brincalhona. Porém ela nunca superou a perda do meu pai, acho que esse estresse, a falta que ele deixou no peito dela, causou o AVC. E logo em seguida um diagnóstico de Alzheimer. A debilitando de vez. Ela envelheceu antes do tempo. Mas pra ser sincero, ela foi minha heroína. Ainda mais que meu pai. Ela quem me ajudou a passar por aquele momento pesado, ela quem o viveu comigo, ela quem me criou da infância até antes das doenças. E foi a minha maior dor ao deixar a América... — Ele se aproxima da mulher que dormia, acariciando as mechas ruivas, ainda que passando reto, conseguia sentir uma leve essência do tato. — Eu te amo, mãe. — Terminou com um beijo na testa. — Vamos ver meu quarto e meu escritório?
— Bem... Vamos, por que não? Não é como se você tivesse um tempo para ficar fora do seu corpo porque podem haver consequências incríveis, não?
— Ah! Vai ser rápido! — Ele voou até seu quarto. — Incrível, continua do mesmo jeitinho. Gerald sabe mesmo o que faz, filha da mãe.
— O que eu daria pra dormir nessa cama de casal. Totalmente esticado, sem ligar para o mundo... Até me arrepiei! — O gato fantasiava.
