Capítulo 2

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Louis

Louis acordou com a casa quase silenciosa, o que era novidade. Sentando-se na cama e apertando seus olhos com as pequenas mãos, viu que sua irmãzinha de criação Kate, de ainda cinco anos, ainda dormia na cama ao lado.

Levantou-se preguiçosamente da cama e se olhou no pequeno espelho pendurado na parede. Seus cabelos estavam totalmente bagunçados, como de costume, sua bochecha estava marcada e vermelha de como se enrolou todo na cama, e seu machucado perto do olho esquerdo já estava sumindo. Soltou um som manhoso ao ouvir sua barriga roncar e resolveu sair do quarto.

Tom, também filho de sua madrasta Martha, e seu irmão de criação insuportável de 16 anos assistia algum filme policial na TV enquanto comia um de seus sanduíches nojentos.

"Ei pirralho, resolveu levantar e estragar o dia de alguém?"

Louis revirou os olhos e se dirigiu à cozinha, onde encheu um copo de leite com o resto que tinha na caixa. "Cale a boca."

"Olhe como fala comigo, nunca ouviu que se deve respeitar os mais velhos?"

Contando até dez, o menor apenas suspirou. Então o telefone começou a tocar.

"Alguém atende essa merda!" era seu pai gritando. Com um gemido, voltou para o quarto a procura de atender.

"Quem é?" perguntou impaciente.

"Aqui é da A.B School, o Sr. ou Sra Tomlinson estão?"

Engolindo seco, Louis tentou engrossar a voz ao máximo. "É ele."

"Sr. Tomlinson, seu filho não vêm à escola há duas semanas, e mesmo que vocês tenham pagado adiantado, isso é inadmissível e..."

Antes que a mulher pudesse terminar a frase, o menino a interrompeu, com pura mágoa na voz. "Ele está morto." E desligou o telefone.

Levou alguns instantes para se acalmar, e quando o fez, se dirigiu novamente para a sala.

"Hoje é meu dia da TV, posso ver agora?"

"Nem pensar, tá no meio do filme! Perdeu sua vez, e se você mudar o canal, juro que te mato."

"Isso não é justo." murmurou com um bico depois de acabar de tomar seu leite.

Dois minutos se passaram com o menor fuzilando Tom com o olhar, até que achou o controle. Perto demais dele. Levantou lentamente da cadeira, puxando a manga do moletom que usava de seu ombro e deu alguns passos silenciosos até a mezinha onde o objeto estava. Soltando um som satisfeito, apertou o botão. O som de seu desenho animado favorito preencheu o ar ao mesmo tempo que Tom se levantou do sofá e Louis correu.

"Pai, pai! Tom quer me bater!" gritou enquanto corria pelo corredor com o maior atrás dele.

Abriu a porta do quarto dos pais bruscamente, vendo seu pai e Martha olharem para ele com uma carranca.

"Saia daqui moleque, e deixe Thomas em paz!" Martha grita, fazendo Louis bufar de raiva.

"E faça algo útil e vá até o mercado, precisamos de mais leite." Desta vez o homem grita e fecha a porta com força, quase machucando o menino, que olhou para o lado hesitante, enquanto o golpe de Tom veio.

Harry

A primeira coisa que Harry fez pela manhã foi se exercitar. Então, dar comida ao único outro ser vivo do apartamento, sua chinchila Zoe.

"Olá querida." murmurou para o animal na gaiolinha, e como sempre, sem respostas.

Estava cansado. Quase nunca dormia direito, mas desta vez não havia conseguido nem pregar o olho.

Lembrou que era dia da entrega, ou seja, Liam, uma das raras pessoas que chamava de amigo, - junto com Niall e Zayn, os únicos em quem confiava, - receberia uma entrega de armas, e a que ele havia encomendado provavelmente já estaria lá.

Suspirando cansado, pegou sua carteira, enfiando em seu bolso e se levantou da cadeira.

"Tchau, querida." disse e saiu do apartamento.

E lá estava ele, Louis, ele se lembrava. Como não poderia? Estava de costas, apoiado no corrimão das escadas, vestindo a mesma calça vermelha e sapatos, mas com uma blusa cinza e comum. Ao se virar, Harry sentiu seu coração apertar. Tinha sangue espalhado pelo nariz e lábios, manchando seu belo rosto.

"Oi Harry." o menino diz docemente com um sorrisinho.

"O que aconteceu?" o homem pergunta, direto, e vê Louis se encolher, mas apenas dá de ombros.

"O que, isso?" aposta fracamente para seu rosto. "Não foi nada."

Suspirando frustrado, Harry se atrapalha um pouco, mas tira um lenço do bolso e leva até as mãos da criança. "Aqui."

Mordendo os lábios e neles ainda o sorriso, leva o lenço até o rosto onde tira a maior parte do sangue com um gemido de dor.

"Pode ficar, provavelmente vai precisar."

O menor assente com a cabeça e se vira para a escada. "Eu vou ao mercado comprar leite, quer algo de lá?" pergunta saltitando e Harry leva alguns segundos para processar, antes de negar.

"OK então, tchau Harry, obrigado pelo lenço."

E quando vê, o menino está se jogando em cima dele e tascando um beijo em sua bochecha, antes de se virar com um risinho e correr pela escada.

Ele caminha lentamente até o prédio próximo dali, onde seus amigos moram, com uma feição chocada e a mão onde os lábios de Louis o tocaram.

Notas da autora: Primeiramente, eu sei que tinha prometido um cap mais longo, mas resolvi deixar só isso p o segundo e no próximo colocarei quando Harry e Louis ficam realmente próximos (e infelizmente, ou felizmente, não de um jeito bom, mas sem spoilers!)

Ah e outra coisinha, a maior parte da história será no ponto de vista do Harry, mas quando trocar ey aviso, igual nesse

Então é isso, obg pelos comentários isso realmente ajuda

Beijos xxx

The Professional {l.s}Onde histórias criam vida. Descubra agora