Capítulo 7

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𝗔𝗻𝘆 𝗣𝗼𝘃

Estou morrendo de dor no corpo, deve ser pelo fato de eu ter pegado no sono naquele chão gelado e duro.

Eu estou exausta, não só fisicamente mas também mentalmente.

Estou em um lugar sem ninguém que eu conheço, sem meu celular, ou seja, não posso manter contato com ninguém, eu estou tentando manter a calma e pensar que isso não passa de um pesadelo idiota.

Ouço alguém batendo na porta, ou melhor, tentando arrombar a porta, parece que ninguém aqui tem paciência.

– Gabrielly abra essa porta – ouço uma voz grossa que provavelmente é do homem que vi mais cedo.

– O que vc quer ? – grito com ele.

– Não sei se você sabe mas esse quarto é meu, e todas as minhas coisas estão aí dentro – reviro os olhos e vou até a porta.

Abro e dou de cara com o loiro, as pupilas dele estão dilatadas, e isso me faz  lembrar do dia da briga que vi na rua da cafeteria.

Era ele, o tal do Joshua que a Sabina disse.

Lembro da cena dele batendo naquele homem e me afasto.

Cada vez que vou me afastando, ele chega mais perto.

– Me deixe ir embora, por favor– falei baixo, tão baixo que nem sei se ele mesmo escutou.

– Você vai ficar aqui comigo, agora você é minha.

Não pude acreditar no que ele acabou de dizer, ele deve estar drogado ou algo do tipo.

– Eu não sou sua propriedade – começo a chegar perto dele e aumentar meu tom de voz.

– Eu sonho com você todos os dias, vc é a mulher que tanto me atormenta em meus sonhos, aquela que eu procurei anos mas quando eu pensei em desisti, você apareceu.

Ok agora eu tenho certeza que ele está drogado.

– Você acha mesmo que sou a pessoa de seus sonhos ?

– Não acho, eu tenho certeza– ele diz com um sorriso no rosto – Todos achavam que eu estava louco mas eu sabia que um dia eu iria te achar e agora você será minha.

– Só pode estar de brincadeira, eu não sou de ninguém, não sou um objeto – cruzo os braços e me encosto na parede.

– Eu sei – ele me olha nos olhos com um olhar de compreensão – por isso que vou te dar a chance de se apaixonar por mim, não porque eu te forcei mas por vontade própria.

Arqueio as sombrancelhas e solto uma risada irônica.

– Eu tenho família e amigos que com certeza vão me procurar, eu tenho minha própria vida, não preciso de chances pra amar você. – cuspo as palavras de minha boca.

– Eles não vão te achar, amanhã mesmo vamos viajar.

Uma onda de raiva toma conta de mim, vou pra cima dele batendo em seu peito com toda a minha força.

Ele me pega no colo e me joga na cama, junta as minhas mãos colocando-as em cima da minha cabeça.

Os olhos dele passam pelos meus e descem lentamente até minha boca, ele vai com os lábios até meu pescoço e deixa um beijo no mesmo.

- Vou esperar você me desejar e depois  correr para os meus braços – a cada palavra que ele diz meu corpo estremece – Só não me desobedeça, não tolero desobediência.

Ele sai de cima de mim e para pra observar a vista que aquele quarto proporciona de NY.

– Você terá 365 dias, farei de tudo pra você se apaixonar por mim, se até lá nada tiver mudado, eu te solto.

Ele caminha até o banheiro e eu o acompanho com os olhos, ele abre a porta e diz:

– Se vc quiser entrar, a porta vai estar aberta ! – ele entra no banheiro sem dizer mais nenhuma palavra.

– Babaca– sussurro e balanço a cabeça negativamente.

Não sou fácil, se ele acha que vou cair nesse papo idiota dele, eu não vou mesmo. Porque se tem uma coisa que eu não faço é abaixar a cabeça pra homem. E ele não é nenhuma exceção.





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