Capítulo 6

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        𝗔𝗻𝘆 𝗣𝗼𝘃

Acordo e passo meus olhos por cada canto daquele cômodo, é um quarto luxuoso, a parede aonde está encostada a cabeceira da cama é enorme e escura.

O que me chama mais atenção nem é o tamanho do quarto mas sim a vista maravilhosa que ele me proporciona de NY.

Me sento na cama e coloco meus pés no chão, o calor do meu corpo demora pra se acostumar com o gélido chão.

Tento me lembrar do que aconteceu antes daqui, só lembro de duas pessoas tampando minha boca e depois disso, tudo ficou escuro. E agora estou aqui, num quarto desconhecido, de algum sequestrador que com certeza vai me matar.

Escuto passos vindo do corredor, me enrolo na coberta pra fingir que estou dormindo. A porta se abre e uma voz feminina ecoa naquele quarto.

–Sei que está acordada, pode se virar, não vou fazer nada com você.

Me viro e vejo o rosto de uma garota de cabelos pretos, muito linda por sinal.

– Prazer meu nome é Sabina... Você precisa comer, vamos descer, Joshua  daqui a pouco está aqui.

– Joshua ? – perguntei fazendo uma careta, depois de ouvir o nome do homem que provavelmente vai me matar– Olha eu preciso ir embora, eu tenho uma família, não sou uma sem teto, por favor me deixe ir.

– Olha não tenho permissão pra te falar nada, só sei que você não vai embora daqui tão cedo, vim trazer umas roupas minhas pra você colocar, coloque e vá para a sala de jantar.

Dou uma olhada pra pilha de roupas que Sabina deixou aqui, e vejo que ela tem um ótimo gosto pra roupas.

Coloco um conjunto, um cropped e uma calça preta. Me olho no espelho e vejo que meu rosto está horrível mas não estou aqui pra agradar ninguém. Então desço.

O enorme corredor me leva até uma escada, desço os degraus admirando o grande espelho que tem na parede da sala de estar.

Vejo uma mesa enorme com vários tipos de comida, toda comida que eu possa imaginar está ali.

Sento em uma cadeira aleatória, e ouço barulhos vindo da cozinha, vejo Sabina saindo de lá e vindo até mim.

– Pode pegar o que quiser– ela me diz num tom calmo.

– Quem é você e esse tal de Joshua? São um casal de sequestradores é isso ? Vão me matar ? – pergunto em um tom rude.

– Eii eu e o Joshua não temos nada, sou apenas amiga dele e não tem mais nada que eu possa dizer, comece a comer logo.

Isso ta me tirando do sério, estou tentando me acalmar mas não dá pra ficar calma quando você está em um lugar desconhecido, com uma desconhecida e que além do mais está sendo extremamente grossa.

– Então você acha que eu vou  ficar aqui comendo comida feita por uma desconhecida, que nem me fala o que aconteceu e aonde eu estou ? Eu vou sair daqui e chamar a polícia – levanto em um pulo e corro para uma grande porta que tem na sala.

Mas a porta se abre com tudo me fazendo pular de susto, meu coração veio parar em minha boca.

Um homem loiro para em minha frente, me olhando seriamente.

Ele começa a dar passos em minha direção mas não saio do meu lugar.

Minha respiração começa a ficar ofegante por conta da nossa aproximação, ele intercala o olhar entre minha boca e meus olhos.

Crio coragem e me distancio, vontando a correr pra fora daquela casa mas o braço dele me puxa de volta.

– Aonde pensa que vai Gabrielly ? – a voz dele sai firme, enquanto eu sinto um calafrio ao ouvir a sua voz.

Tento escapar novamente mas num ato rápido ele me joga no sofá, levo meus olhos pra Sabina e vejo que está  olhando pra mim com um olhar vitorioso, certeza que ela deve estar pensando "falei pra comer quieta mas vc teimou"

– Você mal chegou e já está dando trabalho, melhor começar a se comportar, não quero ninguém teimando comigo aqui – ele grita na minha cara.

Ele acha que é quem pra gritar assim comigo, tento levantar mas as mãos do loiro vai até os meus braços e aperta.

Lembrei-me da noite em que James fez isso comigo, uma raiva toma conta de mim e não consegui me segurar.

Dou um chute em suas bolas, ouço ele gemendo de dor e aproveito para sair de seus braços.

Quando acho que estou prestes a sair daquele lugar, dois caras me seguram e me empurram pro quarto.

– Me solta seus filhos da puta, eu sei caminhar sozinha.

– Levem ela pro quarto e não deixem ela sair– ouço a voz do loiro dando o comando para seus seguranças de merda.

Me tacam dentro do quarto e fecham a porta em minha cara, a partir daquele momento eu desabo. Começo a bater na porta e lágrimas começam a escorrer pelo meu rosto, grito o mais alto possível.

Me deito no chão gelado e fico chorando em posição fetal, estou me perguntando, por que eu não fiquei em casa?

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