dezoito

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Eu estava no meu quarto, fazendo coisas aleatórias enquanto observava o Noah na chamada de vídeo. Ele me ligava todos os dias, para me mostrar roupas ou escolher coisas aleatórias, eu gostava muito de vê-lo, mesmo que por alguns poucos minutos.

Depois da noite anterior, até que estávamos em paz. Gabrielle havia curtido alguns tweets em que eu dizia que estava mal e eu senti que aquilo era uma provocação mas estava disposta a esquecer tudo, a seguir em frente e simplesmente fingir que ela não existia.

— Você está bem?

— Só pensando em uma coisa.

— No que?

Pensamentos negativos, era a única coisa que rondava a minha mente nos últimos dias e aquilo era ruim. Uma energia negativa gigante estava me rondando e eu não sabia explicar aquilo, talvez eu deveria voltar a frequentar a igreja.

— Ontem eu estava decidida, eu ia acabar com tudo.

— Eu sei.

— Mas de repente, tentei dormir com uns calmantes e acordei com vários caras que nunca vi na vida me ligando e tinha um louco no meu portão. — Eu ri, ele logo sorriu, o sorriso dele era lindo.

— Na verdade eram quatro loucos no seu portão.

— Foi a coisa mais legal de todas, ninguém nunca fez algo assim por mim.

— Exagerada. — Ele riu.

Não era exagero, ah se ele soubesse, ninguém nunca se importou comigo daquela forma, ninguém demonstrava gostar de mim daquela forma. Mesmo que a gente não desse certo, eu jamais iria me esquecer daquilo.

— Tem uma música, eu sempre me lembro de você. Escuta.

— Tudo bem. — Eu sorri, aquilo fazia com que eu me sentisse especial.

Uma música calma soou, não era música, era poesia. A letra parecia apaixonada, falava sobre saudades e então, diversos elogios que me fizeram dar um sorriso.

Ele não iria ver afinal eu nunca ligava a minha câmera, eu não tinha autoestima o suficiente para aparecer toda desleixada em casa. Enfim, talvez fosse melhor que ele não me visse olhando para cada detalhe dele ou sorrindo com qualquer coisa que ele fizesse, ele era incrível.

— Eu tenho que dar uma saída, tudo bem? — Ele falou, a música ainda era mais alta do que a voz dele.

— Tudo bem, se cuida.

— Então Elisa, o que eu tenho para te dizer e fiquei segurando por todo esse tempo....é que eu te amo.

Senti meu coração acelerar e então não soube o que dizer. Eu travei, pela primeira vez na vida, eu simplesmente não sabia nem sequer como se respirava.

Alguém me amava, ele me amava. E pela primeira vez, eu senti que alguém gostava mesmo de mim daquela forma, verdadeiramente.



a música da vida real é essa, caso alguém tenha interesse em saber kk e não, eu não falei que amava ele pq eu não sei dizer isso, parece q vou morrer se eu tentar ?????

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