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Contra todos os protestos de Rebekah, Klaus arrumou suas coisas, as mais importantes, pronto para se mudar para o apartamento.
Contra o que imaginou que aconteceria, Elijah não se importou e até lhe desejou boa sorte na nova etapa de sua recuperação. Mas Klaus sabia que não devia ter se surpreendido, era Elijah afinal de contas.
Kol foi com ele até o apartamento, evitando viagens extras até o carro.
- Precisa de mais alguma coisa? - perguntou Kol, quando se jogaram no sofá em silêncio.
- Vou ficar bem. Ainda sou rico. - disse Klaus.
Os dois riram.
- Sorte sua.
- Sim, ao menos isso.
- Bem, vou te deixar se acostumar com o lugar. Qualquer coisa ligue.
- Obrigado, Kol.
Pelo olhar trocado, ambos sabiam que não era apenas por ter ajudado a levar suas coisas para o apartamento.
- Família é para isso. - disse Kol, antes de ir embora e deixar um pensativo Klaus para trás.

O agora humano se sentiu perdido por algum tempo, fazia muito tempo desde que ficou sozinho pela última vez, apesar daquele momento ser totalmente diferente.

Ele até mesmo pensou em começar a arrumar suas coisas, mas não estava exatamente com vontade de fazer aquilo naquele momento. Por isso, contra o que deveria realmente fazer, resgatou uma velha garrafa e encheu um copo. Não tinha esquecido da péssima ressaca, mas tentaria se controlar.

Ainda era difícil, mas precisava tentar, lembrando a cada momento, a cada ação, de sua atual e definitiva condição, além de sua promessa.

Infelizmente sua lucidez não durou muito tempo, já que logo via a garrafa pela metade. Continuava sentindo que faltava algo ali, nele.

Klaus tinha acreditado que poderia conseguir, sozinho, mas estava errado. Não tinha mais dúvidas disso.

Exausto, foi para seu novo quarto, deitando e lembrando de um tempo não tão distante, em que Bella esteve ocupando aquele apartamento... aquela cama.

- É o meu fim. - sussurrou, antes de fechar os olhos e deixar o sono chegar.

Foi uma noite sem sonhos, mas na manhã seguinte, quando acordou com batidas na sua porta, pensou que ainda estava dormindo e tendo um sonho incrível.

- Bella? - disse Klaus, chocado ao abrir a porta, tentando afastar o sono de sua mente.

Ela estava encostada no batente, segurando dois cafés, embora ainda tivesse uma sacola em seu braço.

- Bom dia! Espero que tenha dormido bem, temos um longo dia hoje. - disse ela, sorrindo e entrando no apartamento, sem esperar um convite.

- Eu esqueci de algo?

Klaus aceitou o copo, se sentindo um pouco melhor pela companhia.

- Na verdade sim. Está na hora de aprender a viver... do jeito humano.

VAMPIROS, VAMPIROS... AMORES A PARTEOnde histórias criam vida. Descubra agora