Capitulo 6

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(Leonor)

Liam guiava-me por entre as multidões que ocupavam o centro de Londres. Dei por mim a entrar numa das cabines do London Eye e, por incrível que pareça, sozinha com ele. Havia reservado uma só para nós e, graças a isso, podíamos ter alguma privacidade. Sentamo-nos lado a lado enquanto Londres começava a ficar cada vez mais abaixo de nós.

“É lindo” sussurrei maravilhada com a paisagem, quando andara com as outras 3 a cabine tinha muita mais gente e mal conseguira apreciar a vista completa

“Não tanto como tu” corei e baixei o olhar, ele sorriu “Não precisas de corar, mas ficas bastante fofa” beijou-me a face ao de leve o que me fez corar ainda mais.

“Obrigada” agradeci

“Pelo quê?”

“Pela saída, pelo elogio, pela tarde, sei lá. Por tudo e por nada” riu-se

“Não precisas agradecer a honra é toda minha” ele era tão fofo, era impossível gostar assim de alguém tão rápido, ou não era?

“És demasiado educado”

“Tudo por uma bela donzela” fez uma vénia roubando-me um sorriso “Aceita dançar comigo?” ergueu-se e ofereceu-me a mão

“O quê? Estás tolo?”

“Anda lá, estamos sozinhos” agarrou-me a mão

“E música?” puxou-me contra si

“Nós tratamos disso” começou a murmurar uma melodia ao meu ouvido e eu senti os meus joelhos perderem forças. Deixamo-nos ficar abraçados, de olhos fechados, apenas embalados pela voz de Liam, até a cabine estar perto da zona de paragem

“Muito obrigado pela dança cavalheiro”

“Sempre ás ordens” saímos de mãos dadas devido à confusão de pessoas naquele lugar. Deambulamos pela cidade e quando paramos para comer alguma coisa a sua presença já se tornara como que uma peça chave no meu bem estar. Sentamo-nos frente a frente num canto da pastelaria e ele tirou o boné e os óculos que lhe ocultavam a identidade. Os seus olhos castanhos olhavam-me sorridentes, os seus lábios encontravam-se num beicinho perfeito e a sua voz entrava-me diretamente o coração. Lanchamos calmamente, partilhamos experiencias e conhecemo-nos melhor. Era um rapaz fantástico e só de pensar que já sofrera bullying deixava-me mal disposta. Estávamos tão distraídos no meio da conversa que nem nos apercebemos de uma menina à volta de oito anos que se aproximara

“Desculpem, Liam dás-me um autografo?” Liam sorriu-lhe

“Claro fofa, como te chamas?”

“Lindsey” pegou no CD deles que a pequenina segurava e autografou-o

“Aqui tens” deu-lhe um beijo fofo na bochecha e ela corou

“Obrigada” ainda envergonhada afastou-se da nossa mesa

“Que fofa” comentei com um sorriso nos lábios

“Continuo a dizer, não tanto como tu” corei pela terceira vez naquele dia “Vamos?” levantou-se deixando o dinheiro em cima da mesa

“Vamos” levantei-me também e seguimos até ao carro dele. Abriu-me a porta para que eu pudesse entrar e depois deu a volta ao carro até ao seu lugar “Vocês estão ocupados logo?” perguntei quando arrancamos

“Não, na verdade ia convidar-te e as raparigas para virem jantar connosco”

“Eu ia convidar-vos para jantarem lá em casa. A tia da Sofia hoje chega tarde e pediu-nos para ficarmos em casa. Podiam vir, que achas?”

Cinco para Cinco (Em Pausa)Onde histórias criam vida. Descubra agora