•ೋ•08 | Lar, doce lar •ೋ•

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  [...] Puta merda, o que eu fiz?

A cozinha ficou em completo silêncio.

Com o corpo de Jimin desnudo em seus braços, encolhido, Jungkook cobriu o máximo que pôde com a blusa. Ele estava feliz por saber que era realmente Jimin aquele gato estranho que o encontrou há cerca de uma semana, e sentiu vontade de chorar de felicidade por poder ver o rostinho de seu melhor amigo ao vivo e a cores. Por isso que, com uma das mãos, ele acariciou com o dedão a sua bochecha macia. Park, por algum motivo estava desacordado. E por conta disso, a um metro dele, Irene tremia dos pés a cabeça, lançando olhares desesperados para Maria, que se aproximou dos dois juntamente a Penélope.

ㅡ M-Mari, eu... ma... tei... ele? ㅡ ela questionou, seguindo com os olhos amedrontados cada passo que a ruiva deu.

Maria se agachou de frente a Jimin e Jungkook, pousando o dedo indicador e médio no pulso de Park. Ela mediu seus batimentos cardíacos, e com uma expressão receosa, mirou os olhos em Joohyun, anunciando:

ㅡ Parabéns, você matou uma pessoa.

Os olhos da garota triplicaram. Se antes ela já tremia, naquele momento ela poderia ser renomeada como um liquidificador ambulante, ou aquelas cadeiras vibratórias de massagem com as configurações desreguladas.

Jungkook também se desesperou no momento em que ouviu o que a mulher disse, o que fez com que ele automaticamente levasse seu rosto até próximo ao peito do garoto. De um segundo a outro ele relaxou por completo ao escutar as batidas do coração de Jimin em um ritmo normal, tranquilo. Já Penélope, que tentava segurar a gargalhada desde que sua dona iniciou a brincadeira, explodiu em riso, tendo dificuldade em dizer enquanto quase chorava, jogada no chão.

ㅡ Ela está brincando, sua burra. Os seres humanos são muito sonsos, pelo amor de Bastet...

Irene suavizou a expressão, lançando um olhar questionador para a mulher de cabelos cacheados.

ㅡ Eu estou brincando, amor. Ele só desmaiou, é normal. Já, já ele acorda.

ㅡ Ele vai demorar muito para acordar? ㅡ Jungkook questionou, preocupado.

Ela desviou o olhar do amigo para Jimin, sorrindo pequeno antes de negar com a cabeça, levantando-se e gesticulando na direção do garoto.

Eu acho que não.

A mulher se levantou e olhou ao redor do cômodo, procurando por algo. Mas como nada veio em mente, ela questionou a Jungkook:

Você tem alguma roupa dele aí? ㅡ ele afirmou. Maria então assentiu e pegou Penélope no colo - que soltou um gemido descontente - e em seguida olhou para Irene, a chamando com a mão. ㅡ Vista ele e quando terminar nos avise, vamos colocar ele no meu quarto já que não sabemos quanto tempo Jimin irá demorar para acordar.

ㅡ Certo. ㅡ Jeon concordou prontamente.

As mulheres então seguiram na direção da saída, Irene, que saiu por último, fechou a porta, deixando os dois sozinhos. Jeon deitou calmamente o corpo de Jimin no tapete, tomando cuidado para que sua cabeça não batesse no chão. Parte de si ainda estava preocupada com o seu melhor amigo, mas a outra metade de seu consciente entendia fragmentadamente que o desmaio repentino deveria ter sido motivado pelo cansaço de seu corpo, pelas transformações que o mesmo teve. Por algum motivo, isso não aconteceu com Penélope, mas ele decidiu deixar esse pequeno detalhe de lado e seguir para o que interessava naquele momento.

Jungkook caminhou até a mochila que deixou em cima de uma das cadeiras e a abriu, pegando de lá algumas roupas que ele sabia que iria caber no seu amigo, visto que já emprestou a ele algumas vezes quando Jimin ia dormir em sua casa. Havia ali uma roupa íntima, uma calça moletom e também uma camiseta um pouco desgastada do Slayer, que se não fosse um engano, ele herdou de seu pai, que já foi um fã de carteirinha da banda em sua adolescência.

O Feitiço | jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora