O Feitiço | jjk + pjm

•ೋ•00 | prólogo •ೋ•

Olá pessoal! Antes de vocês começarem a história, eu só quero avisar que a fic está com um livro físico em pré-venda na Editora Mikrokosmos! É isso, basicamente. Boa leitura, miau!

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A noite estava estrelada e fresca, o som das pedras de cascalho sendo esmagadas contra as solas dos sapatos de Jimin era um dos únicos barulhos presentes ali, se misturando somente ao som das folhas das salgueiras que se debatiam uma contra a outra por conta da brisa do vento, naquele momento impressionantemente tranquilo.

Estava voltando de um encontro que marcou há dias com uma garoto que conheceu em um aplicativo de relacionamentos. Apesar dele ter achado o encontro super romântico e digno de uma cena de filme de romance, não se impressionou com o menino e ao menos conseguiu enxergar algo de especial para além do cabelo bem arrumado e cortado, e também de seus trajes que provavelmente foram escolhidos a dedo. Pensou até que aquelas peças eram as melhores que ele tinha, e realmente eram muito lindas, mas não lhe fez sentir nada. Era como se estivesse saindo somente com um amigo.

ㅡ É, Jimin. Suas escolhas já não me impressionam mais. ㅡ Murmurou para si mesmo, chutando uma das diversas pedrinhas que havia pela trilha. Não ligou de marcar o seu tênis branco da Puma, pois estava tão frustado que um arranhão no calçado seria o menor problema que ele teria naquele momento.

Já visitava aquelas bandas há tempos, pois costumava passar os dias livres por lá com seus amigos, principalmente com Jungkook e Taehyung, que atualmente estudavam na mesma sala que ele.

Suspirando audivelmente ao relembrar de minutos atrás, quando ainda estava em seu encontro fracassado, escutou vozes femininas vindas de algum lugar, e só assim percebeu a existência algumas luzes amareladas juntamente a fumaças coloridas, que tinha odor gostoso apesar de forte.

O moreno sempre foi curioso. Desde pequeno sempre se meteu em diversas confusões por não conseguir tirar o nariz de onde não era chamado, lembrava que sua mãe chegou a o apelidar de xereta, e o chamou assim mais ou menos até seus quinze anos, quando se aquietou um pouco.

Bom, mentira certamente não era.

E naquele momento, a sua vasta curiosidade sobre o que acontecia entre aquelas grandes árvores foi maior do que a vontade de ir para casa e desabafar com os seus amigo sobre o quão desaproveitado foi aquele date, se é que pôde chamar assim.

ㅡ Não, não é da sua conta. Deixe de ser assim, seu xereta. ㅡ Falou para si mesmo, remexendo a cabeça de um lado para o outro, a fim de expulsar aquelas ideias que rodeavam a sua mente.

Mas não teve jeito.

Mesmo receoso, arrastou os pés sobre a terra e caminhou pela grama em passos lentos, a fim de não chamar muita atenção de quem quer que estivesse por aqueles lados. Seguiu o som das vozes e, cada vez mais altas pôde finalmente ouvir o que elas falavam. Pelo susto de perceber ambas vozes tão perto de si e com o coração quase saindo pela boca, ele se escondeu de trás de um pequeno arbusto, olhando de esguelha e agora conseguindo enxergar um grande círculo feito com um pó avermelhado bem ali, no meio da grama.

Seu olhar percorreu pelo raio do círculo, que continha velas pequenas e grandes além de algo no meio que ele não conseguiu identificar muito bem do que se tratava. Um calafrio subiu por sua espinha ao que suas órbes pararam ao ver não só um, mas quatro pés parados do lado de fora daquele aparente ritual.

Ótimo, Jimin. Sua curiosidade te trouxe até um ritual satânico praticamente no meio de uma floresta.

Definitivamente não deveria estar ali. Sentia isso. E sentia-se ainda mais tolo por não querer sair daquele lugar pela pura bisbilhotice de querer saber o que as mulheres ㅡ que não pareciam ser tão velhas ㅡ iriam fazer.