Capítulo Onze : RETURNING TO THE NIGHTMARE

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Pensei quando estaria preparada para encarar as coisas e talvez eu nunca esteja. Acho que me precipitei demais fazendo aquilo por Finn, por um garoto que eu não tenho certeza que me ama na mesma intensidade e que poderia arriscar tudo por mim, porque foi isso o que fiz, estraguei minha vida por ele. Fazia duas semanas desde que fugimos e fazia duas semanas que a mulher não voltou deixando misteriosamente o Finn curado. E nesses dias eu apenas satisfazia os desejos dele, nossa relação se tornou a base de sexo, o meu sentimento não muda por isso, mas eu não sei se ele apenas queria me ter na cama.

— Você está bem? — Finn disse me tirando dos meus pensamentos.

— Estou sim, o que esteve fazendo? — evitei seus olhos a todo instante.

— Nada só deitado, eu estava pensando em voltarmos pro internato.

— O que? Está louco? Quer que eu seja presa ou o que?

— Calma, era só pra investigar algumas coisas, a noite ninguém nos veria.

— Hm não é má ideia mas é arriscado.

— Sim, mas precisamos saber o que ta rolando, e eu já desconfio de alguém.

— De quem?

— Da diretora.

— A velha? Ela não parece ser nada perigosa.

— Não parece, mas pode ser. E também não é tão velha assim.

— Tudo bem, vamos hoje, se eu tiver que ser presa que seja. Eu cometi um crime e devo pagar por ele.

— Não fala isso nem brincando, o Jay iria me matar se não fosse você.

— Vamos mudar de assunto? Aliás vou arrumar a casa então papo encerrado. — eu a todo momento evitava falar disso.

Falei que gostaria de ir apenas para parecer forte, mas a verdade é que não queria mais colocar meus pés naquele lugar. Não quero mais demonstrar minhas fraquezas pro Finn, não quero ser confortada por ele. Mantia uma distância considerável entre eu e ele, e memo que ele perceba que eu estou o evitando, não vou parar. Ao cair a noite meu coração congelou deixando o medo a mostra, tomando todo o meu ser, mas me manterei firme e enfrentarei tudo sem precisar de alguém para isso.

Finn e eu saimos as 22:00, avistamos o Internato de longe mesmo estando totalmente escuro, sem uma luz sequer acesa. Adentramos sem demora mas com cautela, fizemos o mínimo barulho possível, só sentia a respiração de Finn descompassada e a minha não estava diferente.

— Você quer ir direto para sala dela? — sussurrei.

— Sim, é melhor, não podemos demorar. — disse mais baixo ainda.

Foi o que fizemos e em pouco tempo já estávamos revirando papéis por todo lado.

— Achou alguma coisa? — Finn perguntou.

— Nada e você?

— Espera, acho que tem algo interessante aqui nessa pasta. — me aproximei imediatamente do mesmo.

— Registro de nascimento do Jay? — indaguei, ao pegar um papel aleatório.

— Eu encontrei um álbum de fotos, acho que é ele quando pequeno. — Finn estendeu uma foto para mim.

— É acho que sim, olha isso, ele é neto da diretora.

— Que? Como eles conseguiram esconder isso? — ele perguntou espantado.

— Não sei mas fingiram muito bem. Onde será que estão os pais deles.

— Acho que encontrei a resposta. — Finn disse observando outro papel, amarelo e desgastado.

— Eles morreram, faz 5 anos. — arregalei os olhos.

— Espera, o Internato não foi inaugurado 5 anos atrás também. — disse.

— Sim, mas isso não quer dizer nada.

— Mas é um pouco suspeito, qual foi a causa da morte?

— Não se sabe, diz aqui que as investigações foram interrompidas. Sabemos que não foi um acidente então.

Antes que eu pudesse falar, ouvimos passamos pesados vindo do corredor, meu coração disparou e eu gelei. A maçaneta girou, e por sorte conseguimos nos esconder atrás de um pequeno cômodo. Por sorte não fomos pegos e logo que a diretora saiu desconfiada devido aos papéis revirados fomos embora levando com a gente a pasta.

— Nossa foi um susto e tanto. — suspirei me deitando na cama.

— Sim, essa foi por pouco. Vamos olhar os papéis de novo ou deixar para amanhã?

— Estou cansada pra isso, minha cabeça está a mil. Melhor descansar pra pensarmos melhor amanhã.

— Tem razão então amanhã nós damos uma olhada.

Finn se deitou ao meu lado e eu virei para o lado esquerdo. Fechei os olhos para não houver nenhuma chance dele tentar me beijar ou algo do tipo, mas não funcionou, ele passou seu braço por minha cintura e veio para mais perto do meu corpo, depositando beijos em meus ombros.

— Finn, para.

— Não está gostando?

— Eu só não estou afim.

— Qual é S/n? Vai por favor.

— Quando digo não é não Finn, não sou seu objeto sexual.

— Mas é claro que não, onde você tirou isso?

— Talvez porque esteja agindo como se eu fosse. — sai dali batendo a porta com força e indo dormir no sofá.

Obrigado se você leu ^^

THE BOY FROM BOARDING SCHOOL - FINN WOLFHARD Onde histórias criam vida. Descubra agora