Entre,
sinta-se em casa,
sente-se,
desça e me espere chegar.
Quanto tempo não te vejo,
parece um estranho.
Gostaria de um chá?
Café?
Vodka?
Antes chegava e se refugiava
entre meus lençois,
meus braços, nas minhas pernas, na minha boca.
Pedia colo e um pouco de água,
as vezes um poema,
uma vodka.
Pedia mais e mais de mim,
até não sobrar nada,
até dizer "Adeus, querido
Voltarei um dia, quem sabe"
Me deixava com uma louça na pia
e saudades de seus lábios,
do seu cheiro de perfume barato.Mas, seja bem vindo
de novo.
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Amores Noturnos
PoezjaUma série de poemas sobre amores, desamores, paixões, desilusões. Escritas na mesa do bar ou na cama, na nudez, rodeado de música e estrelas.