Caminhos Cruzados

Capítulo 01 (Ret)

-Mano não sei da o teu jeito aí que eu to ocupado com o bagulho da entrega Diogo cuzão.

-Mas chefe o filho da puta não quer falar quem deu as ordem pra ele.

-Diogo faz o seguinte truta,tortura esse arrombado,uma hora ele tem que falar,jaja eu chego aí,falou.

Desliguei antes que ele desse qualquer resposta,esse filho da puta vai ter que falar,ou vai morrer.

Deixei as duas caixas de cocaína no lugar indicado pelo comprador, e peguei o dinheiro que ja tava la certinho.

Namoral o dia hoje ta sendo foda,não vejo a hora de acabar logo essa porra.

Subo na minha moto e vou em direção ao "quartinho do abate" onde a gente torturava ou matava os vacilão lá em uma das bocas.

Chego la e avisto dois dos meus soldados um em cada lado da porta.

-Aí patrão o diogo ta tendo muito sucesso com o comedia la dentro não-fala o nill rindo e o berg acompanha-

-é eu to sabendo-falo tambem rindo-tão liberado seus comedia-

Entro no abate e o Diguinho se assusta com a minha entrada.

-Ô patrão o filho da puta ta quase morrendo e não abre o bico esse infeliz pau no cu-fala exaltado e eu rio da forma que ele se altera

-calma diogo relaxa aí irmão,eu vou tentar agora-

me aproximo do infeliz que ta amarrado na cadeira,trajado igual a nós,so farça,descobrimos que esse filho da puta tava sumindo com a mercadoria e com o dinheiro da boca,ordem de um engomadinho com certeza,ele não quer falar quem é.

Abaixo e deixo meu rosto a altura do dele que ja estava todo desfigurado pelos socos e chutes do diguinho.

-ei filhão,vai falar quem te mandou ou prefere morrer?-falo quase sussurrando-

-poxa,vai me matar "patrão"? -o filho da puta fala isso com um sorriso cínico no rosto-

Dou um soco no nariz dele.

-vamo cara,fala logo,eu não quero te matar.

-Ret eu vou morrer de qualquer jeito,se eu falar o cara vai me matar e se eu não falar você vai me matar,e honestamente prefiro ser morto por você pois passei a te admirar como homem,então cara,minha vida ja ta fudida,eu te falo quem foi e tu me mata do mesmo jeito,pelo menos eu vou morrer te ajudando -fala ele com dificuldade e com a boca sangrando-

Eu e diguinho nos encaramos,não fiquei com dó do maluco não mas eu quería saber o porque ele fez isso.

-porque você fez isso com a gente então menor?

-minha coroa,ta muito doente mas ela me odeia por eu ter matado o infeliz do meu padrasto,o cara descobriu isso,ele ta pagando a clinica pra minha velha, ele falou pra ela que eu morri e ele vai a ajudar porque ele "é rico e gostava de mim e eu a amava muito",mas o pagamento era esse,eu tinha que arrumar a cocaina e um dinheiro pra ele e ele continuava a pagar a clinica pra velha.

Aquilo era o meu ponto fraco,maes tambem amo demais minha rainha,ela ta com depressão depois que a puta da minha irmã morreu,era uma vadia.

Deixo ele sem resposta e me aproximo do diguinho.

-o que tu vai fazer patrão?-ele pergunta-

-eu vou matar ele -ele se surpreende com a resposta-

-fala o nome da clínica que tua mãe ta menor,não posso poupar tua vida mais não vou deixar tua mãe na pior cofia em mim-ele me passa o nome da clínica-

-preparado?-pergunto-

-pra morrer?-ele ri- esperei por isso a vida toda-eu tambem rio.

Puxo a arma da minha cintura miro na testa dele,ele fecha os olhos e percebo que estava rezando espero...1...2...3... Disparo,foi de primeira,tava morto.

-some com o corpo diguinho,assim que o engomado perceber que o maluco desapareceu vai parar a clinica pra velha.

-tu vai pagar mesmo patrão?

-obvio irmão,aposto que o engomado não é mais rico que eu -rimos-falou menor.

-falou chefia.

Subo na minha moto e vou pra casa, a mais luxuosa da favela,parecia casa de granfino da barra.

Chego em casa e vou no quarto da coroa,ela tava lá no escuro.

Eu acendo a luz.

-benção rainha-a beijo na testa-

-deus te abençoe meu filho-fala ela sem ânimo algum-

-comeu?

-sem fome filho.

-vou pedir pra Cleide trazer comida pra você e você vai comer ta bom?promete? -cleide era a minha empregada,é eu tenho uma empregada-

-prometo.

Não sabia mais o que fazer em relação a minha mãe.