Capítulo 5 (Anna)

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  Ok ok o que que tinha acontecido aqui? Meu Deus eu tava louca que homem em Jesus.

  Na esperança de que eu nunca mais veja ele,quer dizer ver eu vou ver porque como ele disse,é dono da favela.

  Talvez seja algum tipo de recepção...??? Espero que sim.

Hoje a tarde irei atràs de um emprego preciso me sustentar no final né? Ja que estou deserdada.
 
  A casa não era como eu estava acostumada,era pequena e não luxuosa.

  Mas era habitàvel,dava pra morar lá pelo menos por um tempo.

  Tomei banho,vesti um short curto e uma blusa caída,essa era a roupa menos adequada pra ir atràs de um emprego mas enfim...acho que aqui é fácil arranjar um bico,de garçonete ou algo do tipo.

  No meio da rua alguem me agarra pelo braço.

-Ai o que é isso?.-falo devido alto.

-vai pra onde boneca?

-eu te conheço né?...ci...cidinho?

-Diguinho ô porra.

-isso Diguinho,Diguinho você poderia soltar o meu braço por favor?

-so se você me falar onde vai.-fala ele com cara de vencedor.

  -eu to atras de um emprego sei lá qualquer bico.

-e tu não é rica?

-se eu fosse rica acha que eu estaria aqui?

  Ele solta o meu braço como se estivesse com nojo se vira e começa a andar.

-EI,O QUE FOI?.-eu grito.

   Ele se vira pra mim e anda em minha direção.

  -É melhor tu nunca mais tratar a favela com desprezo,pelo menos não com ninguem daqui,com teus amigos pleyba tu pode ate falar,mais com alguem daqui não,aqui não tem só bandido,aqui tem gente que trabalha,trabalha todo dia pra conseguir 100 conto por dia pra gastar em comida pra botar na mesa,não é igual voces pleyba que ganha 100 mil por dia de mesada do papai,desprezam e humilham,mais quando perdem tudo...olha só onde vocês vem parar né?.-ele da uma risada a força-na favela.

  Me senti um lixo agora.

  -ah me desculpa eu não queria ter sido uma idiota mano desculpa desculpa mesmo eu não sou assim.

  Ele ficou em silencio eu como a besta que sou ja estava com vontade de chorar.

  Pulo no pescoço dele dando-lhe um abraço e foi a coisa mais idiota que eu fiz,parece que eu estava com pena dele.

  Ele só...riu é mano ele começou a ter uma crise de risos.

  -pô Diguinho.

-mina tu é muito comédia meu Deus,vamo eu te levo num bar que ta precisando de gente pra atender.

-ah brigada.-rio.

  Saímos a pé,ele me apresentava as coisas enquanto passavamos pelos lugares.

-oh ta vendo aquilo ali?-ele me perguntou.

-não o que é?

  Era um lugar pequeno com uma porta de madeira.

  -é onde a gente raspa a cabeça de mina infiél.

  -OQUE??isso acontece mesmo?

  -claro pô,alias tem um muleque com a mina traíra dele lá bora ver.

  E me puxou a força

-NAO NAAAO DIGUINHO PARAAA.

   Ele me colocou no ombro e deu a volta.

  -to zuando maluca,tem lugar específico pra isso não,e ali não tem ninguem.

-eu ja te odeio idiota,me coloca no chão.

-não.

-Diguinho não tô brincando.

  -jura?

   -me coloca no chão agoraaa.

  -chegar lá.

   -diguinhoooo.-faço drama.

Ele me solta imediatamente quando ouve um.

  -QUAL FOI DG.

Olhei e vi que o tal Ret tava vindo em nossa direção,ah não.

-qual foi patrão?

  Ele muda totalmente de pessoa,de diguinho pra DG.

  -qual é a das intimidade?-fala apontando a cabeça pra mim.

  -não patrão tava so levando ela la no bar do seu Hugo,se liga?ta precisando de gente e ela tava atrás de emprego.

-e ela não sabe andar não?

  Decido me meter,eles estavam falando de mim como se eu não estivesse ali que palhaçada.

  -Eu sei andar sim, e o que você tem haver com isso? É meu pai? É pai dele?

  Diguinho arregalou os olhos,respirou fundo e engoliu seco.

  Ret veio se aproximando de mim lentamente.

  -ta falando comigo?.-ele fala bem perto.

  -sim,com o Diguinho que não é.

-e eu te dei permissão pra tu falar comigo?-mais perto ainda.

  -cara deixa de ser arrogante idiota.

  -Fala direito comigo eu te coloco aqui pra fora em dois tempo.

  Me calei porque isso era o que eu temia.

  -ok,desculpa,eu vou indo,tchau Diguinho.-dou um beijo na bochecha dele.

-Tchau.-ele responde seco como se estivesse com medo de Ret.

  -Rala daqui menina.

Ret fala.

E eu vou em direção ao bar no qual o Diguinho me passou o endereço.

  Esse Filipe é louco.

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