"Quanto maior o poder, mais perigoso é o abuso."
Edmund Burke-----------------------------------------------------------
Você sabia que o coração humano bate aproximadamente 4.000 vezes por hora?
Cada pulso, cada pulsação, cada batida é outro sinal que nos mantém vivos. Não é fraco nem preguiçoso. Trabalhamos, suportamos, amamos. Tudo isso garantido por um órgão tão pequeno. Tão frágil.
Ficamos alheios a seus esforços diários até que um dia a cortina cai.
Quando seu avô tomba na cadeira.
Quando uma mãe perde sua filha com câncer.
Ou quando um pai atira em seu próprio filho enquanto pratica com sua arma.Morte.
Não vivo.Em um fragmento de momento, percebemos como nossas vidas são frágeis. Semelhante a vasos de cristal que podem quebrar em um milhão de lascas.
Não deveríamos valorizar o tempo que temos? Não deveríamos refletir todas as manhãs ao acordar?Pense nisso.
Hoje seu coração bate cerca de 4.000 vezes por hora.
96.000 vezes por dia.
Você está vivo.
Ainda.
Seja grato.-----------------------------------------------------------
Hospital São Francisco, Departamento de Emergência
Sexta-feira, 20 de setembro
00:57 a.m.
04 dias até o próximo assassinatoOs hospitais costumam ser pontiagudos da mesma forma que os bisturis: ofuscantes e bem afiados.
Olivia sentiu o cheiro clínico de antisséptico assim que cruzou a soleira da velha porta de madeira do Hospital São Francisco. Era mais silencioso à noite, com pouca ou nenhuma pessoa esperando. Enfermeiras corriam em seus uniformes azuis, rabiscando em suas pranchetas. Em algum lugar, os monitores apitavam em um ritmo monótono.
Dante esperava por ela no departamento de emergência, que era confuso e estéril, mas intimidadoramente cheio de sons robóticos de mais máquinas apitando e o barulho de monitores antigos. Os quartos eram divididos por paredes. Havia enfermeiras atrás da mesa e na frente dela, e um ou dois médicos estavam em movimento entre uma tarefa e outra.
"O que há de errado com ela? Onde ela está?" Olivia disse como forma de saudação, sem fôlego de tanto correr.
"Ela está em cirurgia agora." Dante tinha seu caderno em uma das mãos e ela podia ver algumas das anotações que ele havia feito enquanto esperava. Uma mulher estava sentada em uma das cadeiras de visitantes; suas mãos estavam limpas, mas as roupas ainda pareciam um massacre. O sangue grudava no tecido grosso de sua jaqueta e tingia o verde colorido de um marrom sujo. O medo agarrou-se a suas bochechas e afundou seus olhos. A cor de sua pele era esverdeada e doentia.
"O que aconteceu?" Olivia perguntou, olhando da mulher de volta para Dante. Ele não parecia melhor do que ela se sentia; seu cabelo estava desgrenhado e um pouco fora do lugar e seus olhos estavam vermelhos de falta de sono.
"Kim foi encontrada perto da Rua Hércules, inconsciente junto ao meio-fio. A mulher a encontrou e ligou para o serviço de emergência." Dante disse mecanicamente. Olivia ficou feliz com seu tom; isso fez a percepção de que a vítima era conhecida mais excêntrica. Menos pessoal. Menos real.
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Labirinto do Assassino
Misteri / Thriller[Obra vencedora do Wattys 2021 na categoria Horror.] [AVISO: Essa obra contém descrições gráficas e detalhadas de violência e mutilações de corpos.] Um novo assassino se torna uma sensação na mídia em todo o mundo ao cometer crimes tão depravados...