Epílogo

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01 ano depois:

Annabeth

Dei um passo para trás, visualizando minha mais nova pintura.
      O fato era que desde que meu marido, Harry, havia visto minha pintura (na qual era um auto-retrato seu), não parou de gabar-se um segundo sequer, de que tinha um "artista" como esposa.
      No final das contas, depois de tantos elogios sobre o meu talento com a pintura, acabei por ser convidada para criar uma tela para uma importante exposição aqui, em Londres.
     Desde então, este era meu trabalho: eu tinha minha própria galeria de arte e era convidada frequentemente, para apresentar minhas criações para toda Londres.
      Ouvi um choro atrás de mim e nem precisei virar-me, para saber de quem se tratava: era de Ethan, meu filho.
      Larguei os pincéis e a tinta e segui o som do choro.
      Caminhei pelos enormes corredores da casa Hampton, até chegar ao aposento de Ethan.
Ao chegar lá, visualizei Harry com seu primogênito, sob o colo.
      — Acalme-se garotão, o papai está aqui!
Abri um sorriso.
Harry era o atual marquês Hampton, e apesar das responsabilidades de portar este título, ele estava sempre presente na minha vida e na de seu filho.
     Margareth, minha sogra, surgiu atrás de mim, com um sorriso orgulhoso sob os lábios.
     — Olhe para ele, leva tanto jeito com crianças...
Assenti, sorrindo.
     Margareth olhou para a minha barriga e disse:
     —  Em breve, serão "as crianças". Já contou à ele?
Olhei para ela, com um sorriso.
     — Planejo fazer isto em breve.
Ela assentiu.
     Margareth Hampton era sem dúvida alguma, uma das melhores pessoas que eu havia conhecido, em toda a minha vida. Depois que seu marido, Thomas, havia passado o título para Harry, ambos mudaram-se de sua antiga casa (que agora era nossa), para morar na França.
Margareth havia dito que seu marido mudara muito,desde que haviam partido para a França.
Ainda assim, frequentemente, ambos vinham visitar-nos, para ver seu neto.
     Harry finalmente notou nossa presença e veio com Ethan sob os braços, até nós.
     — Querida. — beijou-me —, mamãe — beijou o rosto de sua mãe. —, como estão as duas mulheres da minha vida?
Margareth e eu compartilhamos um sorriso genuíno.
     Harry passou nosso filho para os braços de sua mãe e com um sorriso no rosto, disse:
     — Anna, veja, — apontou para a janela — está chovendo.
Margareth olhou-nos confusa e sem esperar duas vezes, Harry e eu corremos para o jardim de nossa casa.
      Ao chegarmos no local em questão, começamos nossa habitual "valsa da chuva", sem importar-nos com os olhos curiosos dos criados de nossa casa.
      Em meio à nossa dança, as lembranças de toda a nossa trajetória até aqui, passaram por minha cabeça.  
      Éramos agora felizes e completos, por que estávamos juntos;
Inesperadamente, Harry sussurrou em meu ouvido:
     — Eu te amo, Anna...
Sorri.
     — Eu também te amo, Harry.
E assim, terminamos nossa dança, com a certeza de que nada seria capaz de fazer-nos ser separados novamente.

Estávamos juntos e assim viveríamos até o fim de nossas vidas... 

Tinha que ser você - Irmãs Riggs 02Onde histórias criam vida. Descubra agora