"Epifania significa: revelação manifestada a partir de algo inesperado; aquela ideia genial que resultou de uma epifania. Ou, revelação do que é divino ou de qualquer divindade."
Essa história começa quando uma série de assassinatos começa a assombr...
AVISO: capitulo cheio de reviravoltas e tiros! Coletes? Sim, óbvio! Boa leitura e não deixem o capítulo flopar!
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Eu estava acostumada a conseguir companhia através do medo ou da minha condição social privilegiada. Ninguém era meu amigo por quem eu sou, mas sim pelo que eu tenho e pelos privilégios que andar comigo trazia. Eu não tinha amigas, o mais próximo de amizade verdadeira que eu tinha era com meu irmão. Mas Jason me amava por ser meu irmão, então não conta, não é?
Minha mãe sempre disse que eu nunca seria amada ou teria amigas porque eu sou uma pessoa insuportável, ninguém me aguentaria por muito tempo. Tudo o que eu tinha era falsas amizades e uma vida solitária.
Admito que sou uma pessoa difícil de lidar, sou um pouco egoísta e insensível, mas só sou assim com pessoas que não são importantes para mim. Não sabia o que era ter amigas de verdade, então como eu poderia ser diferente? Não sou obrigada a ter empatia por todo mundo, ainda mais pelas pessoas dessa cidade que julgam você pelos seus erros e não por seus acertos.
Eu não tive que coagir ninguém e muito menos subornar alguém para que Verônica dormisse na minha casa ontem à noite. Ela escolheu ficar. Ficou por mim.
Não estava acostumada com outras pessoas cuidando de mim ou se importando comigo, mas ela se importava. Mal nos conhecemos e ela parece não se importar com meu jeito difícil e complicado, porque ela era assim também. Tínhamos tanto em comum que eu até me assustava às vezes.
Ela ria dos meus comentários ácidos e também me fazia rir com os dela, parecia saber o que eu estava pensando e me tratava como uma pessoa normal. Não como a herdeira estranha da família Blossom.
Verônica não se assustou com a mansão Blossom que todos diziam ser mal assombrada e que parecia ter saído de um filme de terror. Nós escolhemos nossos pijamas, ela penteou meu cabelo e ficamos conversando até adormecer.
Na manhã seguinte ela me acordou colocando uma música animada para tocar, porque segundo Verônica Lodge: temos que começar o dia com boa música para aguentar toda a merda que possa acontecer.
Então nos divertimos muito cantando e dançando enquanto nos vestíamos para ir à escola. Tive que emprestar uma roupa para ela, as duas usando vermelho até que combinou. Eu ainda estava um pouco assustada e hesitante com essa amizade inusitada, mas Verônica parecia ser sincera e estava mesmo querendo ser minha amiga. Até me salvou ontem à noite.
Acho que finalmente tenho uma amiga de verdade! Tive o maior prazer do mundo ao ver a cara de surpresa de meus pais e ver eles engasgando com o café quando desci com Verônica para tomarmos café da manhã. Eu estava muito orgulhosa por ter uma amiga, ter algo meu, que não fosse graças à eles ou à influência deles.
Jason sorriu para mim feliz, ele entendia o que eu estava pensando e sentindo, sabia como aquilo era importante pra mim.
Fomos para a escola no meu conversível vermelho bordô, no caminho inteiro Verônica e Jason discutiam sobre futebol. Estranhamente, Verônica entendia muito sobre isso e deixava meu irmão sem argumentos. Ele também gostou dela, a opinião dele sempre foi importante para mim.