Capítulo sem título 11: Eu aceito

34 8 2
                                    

- Já foi o segundo só esta semana. Estou certa?

- Sim. − Respondi apressada.

- Você sabe me explicar, como os ataques começam a surgir?− Ela me perguntou delicadamente.

- Fico nervosa e meu coração começa a disparar rápido, depois começo a ficar ofegante, e sinto... Sinto que parece que vou morrer. − Falei, os olhos da psicóloga estavam fixados nos meus.

- Clara - Ela me disse cautelosamente - Sei que parece que irás morrer quando começa a crise, mas é só uma sensação, tente ficar calma, inspire expire fundo, faça isso cinco vezes, pense em coisas que te deixem feliz nestas horas, mas, lembre-se de pedir ajuda para seus pais.

- Sim doutora, obrigada. − Disse timidamente levantando-me e sendo conduzida por ela até porta.

- por favor, me chame de Emily. − Sorri gentilmente e fui embora.

  As minhas crises de pânico estavam aumentando, e eu sempre me apavorava, com isso, minhas idas a psicóloga também aumentavam. Mas o que me relaxava e deixa-me contente era chegar do trabalho me atirar na cama e ler a bíblia, isso era o que me deixava feliz.

  Estava lendo o livro de Mateus, que falava sobre Jesus o messias, Ele fez tantas coisas maravilhosas... Li até a parte de sua morte, não tinha acreditado por quê? Por quê matar uma pessoa inocente e tão boa? Não sabia, mas me abalou.

  Senti algo naquele dia a qual nunca sentia antes.

  No dia seguinte, logo após um dia cansativo de estudos e trabalho, resolvi ir a casa do senhor Duarte. Cheguei a frente de sua residência e toquei a campainha, logo, apareceu-lhe o senhor Duarte saindo pela porta com seu sorriso contagiante e encantador.

- Olá Clara. − Ele disse abrindo o portão gentilmente.

- Olá senhor Duarte. − respondi sorrindo, encantada.

  Depois ele ofereceu para eu entrar, eu aceitei, senhor Duarte fez um delicioso bolo de cenoura com uma calda de chocolate que eu, em toda minha vida nunca tinha provado melhor.

- Trouxe a Bíblia? − indagou enquanto me servia uma xícara de chá.

- Sim, é claro! − Respondi virando-me pra traz, para alcançar a mochila. – Aqui está.

- Então Clara, me diga, algo lhe está perturbando ou alguma dúvida? − Questionou-me com seus olhos fixos nos meus.

- Não, quero dizer... Bom... Eu li ontem, que Jesus o messias aquele que só fez o bem, ajudou, curou, salvou e muito mais, foi morto, sem motivo algum! Eu achava que as pessoas eram cruéis por não darem lugar par os idosos nos ônibus e em outros lugares, mas, matar um inocente... Isso é desumano. – falei horrorizada.

- Sim Clara, foi horrível o que fizeram com o nosso Senhor salvador... −Senhor Duarte falava quando eu o interrompi.

- Salvador?

- Já vi que não leu o restante, não é?

- Não, me desanimei. − Falei tristemente.

  Logo após eu ter proferido estas palavras o Sr. Duarte sorriu e abriu sua bíblia, lemos e uau! Jesus ressuscitou Ele vive! Estes eram os pensamentos de alegria que me invadiam e eu não conseguia me conter, Sr. Duarte percebeu e por isso seu sorriso aumentou.

- Noticia boa não é? − Ele me perguntou já sabendo a resposta.

- Ótima!− enfatizei.

- Clara, Jesus morreu para libertar o pecado do mundo, para você eu e todos termos livre acesso a Ele, tudo por amor. Senhor Duarte me explicou, fiquei pasma e feliz, realmente uma mistura de emoções.

- O que é este livre acesso? perguntei confusa.

- Poder conversar com Ele, ter a presença dele e o Espírito Santo; Clara, você aceita Jesus com Senhor e salvado da sua vida. Eu olhei para o Sr. Duarte o amor que ele transmitia era algo inexplicável.

- Sim, aceito. Voz tremula e rouca, eu tinha realmente aceitado Jesus, Sr. Duarte fez uma oração comigo depois foi a minha vez, me entreguei totalmente a Deus minha vida agora era dele e eu me senti uma alegria que nunca tinha sentido.

mudança interiorOnde histórias criam vida. Descubra agora