Capítulo 1: Uma notícia não tão boa!

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Era uma linda manhã de sábado quando desci as escadas e vi meu irmão correndo em volta da mesa com um avião de brinquedo nas mãos, ele estava muito alegre, fui até ele e bloquei sua passagem forçando-o a me dar um grande abraço, seus cabelos eram castanhos e seus olhinhos azuis iguais aos meus.

- Bom dia filha-Disse meu pai entrando na cozinha.

- Bom dia pai- Eu falei com um leve sorriso.

- Onde está mamãe?perguntei olhando ele lavar suas mãos.

- Está no quintal- respondeu meu pai com um ar não muito agradável.

- Ah, sim, claro, vou vê-la- Fui até o quintal e avistei minha mãe com seus lindos cabelos e um semblante pensativo, absorta em seus pensamentos. - Bom dia mãe.

- Bom dia filha, tudo bem?

-Sim, tudo bem, e com você?

-Tudo- Ela respondeu muito rápido e direto, e eu a conhecendo muito bem, sabia que não está tudo em perfeita ordem.

- Mãe tem certeza que está tudo bem?

- Ah, sim- Ela respondeu colocando a xícara de café na boca, olhei fixamente em seus olhos, então  eu disse:- foi mais uma discussão, não é ?

-Não...quero dizer...sim - ela suspirou-  foi uma briga, mais pequena - minha mãe falou tentando não me deixar preocupada.

- Mãe, você sempre diz isso -Eu disse com um olhar melancólico enquanto sentava em seus pés e colocava a cabeça em seu colo.

- A Clara, não sei até quando isso vai durar, eu e seu pai, bom... realmente não sei - Ela Falou ao mesmo tempo que passava a sua mão nos meus cabelos castanhos e levemente ondulado nas pontas.

- Espero que vocês fiquem bem.

-Eu também filha, eu também.

Na hora do almoço ninguém falou uma só palavra, todos quietos , até meu irmão ficou em silêncio - e isso geralmente é raro- portanto meu pai não deixou durar muito. Meus pais se entreolharam, papai suspirou e disse - Família, tenho uma notícia não muito boa- Minha desviou seu olhar dele para o chão, foi aí que percebi que essa tal notícia tinha sido o motivo da briga dos dois. Ele prosseguiu: - bom... Não me querem mais aqui em Boston, então eu fui transferido para outra cidade.

- O que? Como assim? Gritei espantada.

-Se não teve escolha, era pegar ou largar e largar significa ficar sem emprego- minha mãe justificou.

- Qual é a cidade? minha

- uma cidade pequena chamada de ABITA SPRINGS.

enquanto minha mãe fazia mais perguntas, eu estava em choque olhava para baixo, minha respiração ficou pesada até que consegui falar( na verdade gritar):  - Não, não ,nãooo, pai, você não pode fazer isso comigo. Depois de ter falado isso, eu subi as escadas furiosa fazendo o máximo de barulho possível( para chamar mais atenção); entrei no meu quarto aos prantos, fechei a porta o mais forte possível,peguei minha bombinha ( o aparelho da asma) usei pois não estava respirando muito bem, deitei de bruços na minha cama e chorei como se não tivesse o amanhã, eu conseguia escutar meus pais brigando por causa da situação ; com o travesseiro encharcado, toda ranhenta, olhos vermelhos de tantas lagrimas, sentei na cama olhando para porta com muita raiva - ainda resmungando-. Meu cachorro Astro - um lindo golden retriver, de pelos completamentes dourados- pulou no meu colo e me deu uma grande lambida, limpando a maioria das lágrimas que escorriam no meu rosto, eu o abracei e disse: -pelo menos poderei levar você comigo Astro; ele escorregou e caiu da minha cama mas não se machucou, aquilo me fez rir muito mas não me deixou feliz.

Passou horas e eu ainda trancada no quarto, até que meu irmãozinho entrou sentou na ponta da cama e disse:- Já está se sentindo melhor?

-Não muito. Respondi.

- Mamãe e papai brigaram de novo. Disse ele tristemente.

- Eu sei escutei. Comentei, o olhando enquanto acariciava Astro.

- Por que aquele drama todo? -Ele perguntou.

- Você não entende, eu terei que deixar a escola, os amigos, tudo de bom que eu já tive -Falei.

- Mas você poderá levar sua família, não é o que mais importa? -Olhei para ele e não acreditei no que tinha ouvido pois tinha apenas sete anos.

- Tá bom Benjamin, se é pra ficar me dando lição de moral, pode parar. Falei a ele enquanto fazia cocegas, ele dando gargalhadas me disse: - Está bem, mas você irá?

-Não tenho escolhas -Falei deitando na cama com os braços cruzados.

- Que bom, pois não ficaria feliz sem você lá!Disse ele com um sorrisinho.

eu o abracei e ele foi contar para mamãe, desci as escadas ainda com raiva mas não disse nada, papai falou que iriamos nos mudar depois de duas semanas, fiquei um pouco contente pois iria ter mais tempo com os meus amigos.

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Bom, por enquanto é isso, o primeiro capítulo foi um pouco curto, mas até que ficou bom!!!

Espero que estejam gostando, um beijão e até mais!!!!!!!!!

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