− Rápido Clara, ou iremos nos atrasar! – minha mãe advertiu, e eu me apressei em terminar de passar meu brilho labial.
- Já estou indo, já estou indo. − Gritei irritada indo em direção a porta, o laço vermelho que ia pôr em meu cabelo ainda estava em minhas mãos. Detesto me arrumar sobre pressão. O clima entre nós duas tinha ficado diferente após a ligação da manhã anterior.
Estávamos indo para uma reunião da classe. O do meu irmão tivera sido na parte da manhã, então fomos para a minha, não sei por qual motivo, mas eu estava um pouco tensa. Eu respirava profundamente afim de acalmar minha ansiedade, o caminho para a escola nunca estivera tão distante.
- Está tudo bem, querida? − Ela perguntou incessantemente.
- Sim, estou. − Respondi serena.
Passamos perto da casa do Sr. Duarte, ele estava regando suas lindas flores, com seu sorriso e creio que estava cantando, louvando a Deus de certo. Pedi para mamãe buzinar, então abaixei o vidro e acenei contente.
- Por que gosta tanto dele?− Ela perguntou depois de eu ter retornado ao meu lugar corretamente.
- Ele é legal, e fala de De...− Balbuciei as palavras, como se não quisesse falar, acho que por um ato de vergonha.
- Fala de quem? − Ela insistiu, olhando-me através do espelho.
- Ele fala de coisas boas e tal... Ah, também faz ótimos cookies.
Chegamos à escola, conduzi minha mãe até a minha sala de aula, os alunos teriam que esperar no pátio, depois ir para reunião junto aos pais. Eu estava na escola não fazia muito tempo, e o pior de tudo, tínhamos nos mudado de Boston por causa do emprego de meu pai. Meus pais iriam se divorciar, em tão nos mudamos a toa. Pensei em tudo isso quando estava indo para o pátio da escola, meu coração se encheu de raiva, eu estava com vontade de socar alguém, mas como nunca fui de mostrar meus sentimentos, só guardei.
- Oi Clara!− Abby disse correndo em minha direção e me abraçando.
- Oi Abby! Mas... Por favor, pode me soltar? Você esta me sufocando. − Ela soltou-me rapidamente, respirei fundo, peguei a bombinha na mão e aspirei.
- Desculpa, não queria lhe machucar.
- Tudo bem, Abby.
O pátio era grande, faixas coloridas enfeitavam a quadra. Conversei com alguns alunos também, eu nunca falei com alguém diferente a não ser com a Abby, até que foi divertido.
- Olha Clara, − Abby disse me entregando um folheto. Nele estava escrito "acampamento vida. Descubra o propósito da sua vida, e se divirta tendo uma comunhão preciosa na presença de Deus." Olhei para ela, tentei conter minha felicidade, não fazia a menor ideia que existia um acampamento daqueles.
- Sua mãe precisa te inscrever! Quase todos estarão lá, será incrível!
- Vou pedir a ela. – respondi, olhando fixamente para o papel.
Após termos voltado pra casa. Pedi de todo coração para que Abby passasse a noite em casa, ela disse sim na hora, estava animada pelo fato de eu ter feito uma amiga.
Abby chegou às seis. Mostrei a casa para ela a qual se apaixonou por cada detalhe. Depois de Jantarmos, minha mãe foi dormir nos liberando sem um limite de hora.
- Então, falou com ela? − Abby perguntou sentando na minha cama com as pernas cruzadas futricando na mochila.
- Não, eu não quis falar ainda.
- Mas por quê?
- Não sei se ela vai deixar.
-É só um acampamento, você não tinha dito que sua mãe queria que fizesse amizades?
- Sim, mas tenho medo.
- Tudo bem... Olha o que eu trouxe. − falou tirando uma caixa de Donuts da mochila.
- Eba! − Gritei.
Meu irmão ouviu minha agitação e entrou no meu quarto com a cara fechada.
- Vocês vão comer, sem oferecer nenhum para mim? − Rimos e depois o convidamos a sentar conosco. Eu me empanturrei com os Donuts, talvez essa tenha sido uma das melhores noites da minha vida em Abita Springs. Nossas bocas estavam cheias de confetes e granulados, rimos muito naquela noite, estávamos definitivamente com loucura. Ben foi dormir depois Abby fez a seguinte pergunta: - E seu pai? Onde ele está? − Entristeci-me, a alegria dentro de mim sumiu e se transformou em pura tristeza.
- Está tarde, é melhor irmos dormir. Boa noite Abby.
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mudança interior
De TodoClara é uma menina que morava em Boston e teve que se mudar para ABITA SPRINGS uma cidadezinha bem longe de onde morava, e lá conhece um senhor de idade que lhe fala sobre o amor de Cristo.