Nas sombras do coração!

A convocação

Goku ficou pensativo diante daquele ataque indignado da madre superiora, que lhe fez tomar a decisão de não contar mais nada para a freira, pois ela podia arruinar o seu plano.

- Eu vou ajudar essa garota, mas será do meu jeito, por isso não posso te revelar mais nada, Senhora Uranai – Declarou o moreno sério.

- Então devo preparar um quarto para você no nosso convento? Presumo que você terá que ficar aqui para cumprir o seu propósito – Especulou astuta a anciã.

- Não será necessário, pois preciso levar a moça junto comigo para o Mosteiro de Lupinsky. Gostaria que você a avisasse – Replicou o Bispo olhando no celular mais uma vez.

- Não sei se seria uma boa idéia!

- Não confia em mim? – Inquiriu com uma sobrancelha levantada o demonólogo.

- Conheço sua fama de mulherengo Senhor Goku e espero que não tente nenhuma gracinha com Bulma, senão vai ter que se ver comigo! E outra coisa, a moça não irá sozinha contigo, a amiga dela acompanhará vocês, assim me sentirei melhor.

- Isso é uma calúnia! Já faz dez anos que eu me endireitei. Quando me desviei dos meus votos eu era jovem e tolo – Defendeu-se indignado o moreno.

- Isso até pode ser verdade, porém o rapaz mulherengo sempre irá morar dentro de você, esperando por mais uma oportunidade para sair. Agora me acompanhe até a biblioteca. Vou te apresentar as moças – Declarou à madre se levantando e saindo do escritório, sendo seguida pelo Bispo.

Enquanto isso, no Mosteiro de Lupinsky, exatamente nas catacumbas, um homem calvo andava cuidadosamente olhando para todos os lados, para ver se tinha alguém vigiando o príncipe dos demônios. O grandalhão suspirou ao constatar que se encontrava sozinho, sinal que os exorcistas que estavam ali foram lanchar, poderia finalmente ter acesso ao seu mestre, sem levantar suspeitas. Então abriu uma porta de madeira pesada e adentrou num cômodo até jeitoso, iluminado por lamparinas e com dois sofás num dos cantos, ao fundo pode avistar um grosso vidro, cheio de símbolos rúnicos e hebraicos que selavam o príncipe Vegeta, de repente o enxergou num dos cantos escuros da pequena cela, com os braços cruzados, o encarando com desdém.

- Até que enfim você me encontrou estrupício! Meu pai só mandou você? – Questionou o demônio se aproximando do vidro.

- Não, ele mandou junto comigo o Broly e também o Turles, porém somente eu consegui me infiltrar aqui no mosteiro – Explicou Nappa.

- Me deixe adivinhar... você conseguiu entrar aqui porque é um mestiço? – Perguntou o moreno com desprezo.

- Exatamente, os outros queimaram um pouco quando se aproximaram da porta de entrada do mosteiro, parece que o demonólogo colocou proteções para não entrarmos aqui dentro, só que ele não adivinhou que um híbrido conseguiria passar sem problema algum.

- Quero que você retorne para o inferno e volte para me buscar somente daqui um mês, caso eu não consiga sair dessa prisão ridícula. Fiz um acordo com o tapado do Goku e preciso ficar para ver se ele cumpre – Revelou o príncipe.

- Tem haver com aquela garota do pacto? – Pediu Nappa curioso.

- Não te interessa, agora dê o fará daqui – Vociferou ríspido.

O híbrido apenas suspirou e acatou as ordens de seu chefe sem questionar e caminhou pelos corredores que tinham pouca luz, que lembravam em muito o inferno, porém só mudavam alguns detalhes, faltavam às torturas e os gritos de desespero. De repente ele ouviu vozes que vinham da escadaria como se pessoas tivessem descendo, isso lhe fez gelar, era inevitável que o pegassem ali, tinha que pensar rapidamente em uma desculpa esfarrapada, senão estaria ferrado. O que ele temia aconteceu, os dois exorcistas que tomavam conta de Vegeta tinham retornado do lanche e o olhavam de forma hostil.