Alguém virou Pirlimpimpim

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- O que?  Isso não pode ser verdade.

- Eu também queria que fosse mentira.

Ele ficou um tempo em silêncio, como isso aconteceu? Do nada?

- Quem falou isso pra você?

-  A Abigail... me ligou quase agora.

- Ela pode tá mentindo, não disse que ela odeia aquela as crianças. - Ele se levantou, Abigail estava brincando com uma coisa muito séria que estava machucando Marinette. 

- Adrien, ela não odeia as crianças. Ela só fingi... É muito severa. Por trás de tudo isso ela ama, muito... Todos eles.

- Então é verdade mesmo. - Ele viu Marinette assentir. Ele ficou um pouco mais calmo e se sentou ao seu lado. - Não dá pra... Acreditar

- Eu sei. Eu tô torcendo pra isso ser só um pesadelo meu mas... Parece que não é.

- Como... Aconteceu tudo?

Eles não se olhavam, estavam perto um do outro porém só olhavam pra frente.

- Eles ainda vão fazer alguns exames. - Ela se acalmou tentando parar de chorar. - Mas ao que tudo indica, ela teve uma insuficiência cardíaca quando tava dormindo.

- Ela era chatinha, mas não merecia isso. - Agora os pais se invertiam, agora era Adrien que estava deixando os olhos se umidesserem.

- Se ela tivesse aqui agora. Nem me importaria dela estar gritando e pulando no meu colo.



- Nem eu. Mesmo que a minha experiência não tenha sido nem um pouco boa. Ela me chamou de Justin Biba.

- De que? - Marinette deixou uma risada sair, dentre das orbes azuis molhadas e um nariz meio entupido. -  Bem a cara dela. Ela gostou de você.

- Ela costuma fazer isso? Dar apelidos ruins quando gosta de alguém? - Adrien perguntou olhando de canto de olho.

- Não. Ela me disse, naquele que você cortou o cabelo dela. - Ela parou a fala um pouco. - Na verdade ela me disse mais do que isso.

- Não importa. Só saiba que ela foi bem clara, você era "Mágico".


Os dois sabiam que a menina era fã de contos de fadas e então chamar as pessoas assim, não seria estranho.

- Eu acho que na verdade, ela era mágica.

- É, eu tenho certeza.



- Agora me veio uma dúvida. - Ele secou quando uma lágrima caiu.

- Qual? - Marinette finalmente o olhou.

- Será que... Ela virou um pózinho tipo, Pirlimpimpim?

- Mas fácil você virar. - Ela se levantou e ficando de pé. - Justin Biba.

- Ei. - Ele se levantou também.


Ela sorriu mais uma vez, até fechar o rosto de novo.

- Daqui a 2 dias vai ser o velório e também o enterro. Então... O salão vai ficar fechado por um tempo. Talvez uma semana ou duas.

- Hum-hum.

- Desculpa atrapalhar sua pesquisa, mas eu preciso de um tempo.

- Eu entendo, não precisa se desculpar. - Ele coçou o pescoço. - Eu posso ir com você?

- No enterro, você quer ir? - Ela de surpreendeu um pouco.

- Quero, eu conheci ela pouco. Mas acho que quero dizer "tchau".

- Claro que pode. - Ela sorriu. - Ai vamos eu, você e o Nathaniel, ok?

- Ele vai querer ir? - Quem franziu as sobrancelhas agora foi ele. Se surpreendeu muito, diferente dela.

- Por que ele não iria querer?

- Não sei, foi só um modo de dizer.

- Tudo bem, ele não era muito próximo mesmo delas. Mas eu tenho certeza de que ele não vai negar isso.

- ... - Adrien assentiu mesmo não tendo a mesma opinião, já que para ele depois que Isabel falou aqui, Nathaniel não pareceu um boa pessoa.

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- Posso te pedir uma coisa?

- O que?

- Posso te abraçar?

- Claro que pode. - Era uma coisa tão simples, mas também era uma coisa tão complexa naquele momento. - Só aviso que eu não sou muito bom em abraç...

Ele não conseguiu terminar por que ela logo que teve a permissão o abraçou forte, fazendo ele não ter como falar. Ele também parou pois a sensação foi um tanto inesperada, pois mesmo  Marinette parecendo estar no chão a vários minutos... Seu corpo ainda estava quente, talvez por que estava abraçada a ele. Mas era inesperado, do mesmo modo.

- Não sou muito bom em abraços. - Ele completou a frase antes interrompida.

- Eu sou.

Marinette o abraçava pelas costas, já que ele era mais alto que ela e também por que ela precisava se aconchegar no peito de alguém.





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- Nossa amor que barra. - Nathaniel falou pelo celular.

- Tá doendo tanto amor. - Marinette ainda se derramava em lágrima só de pensar.

- Eu sei, você... Gostava muito dela.

- Eu era a madrinha dela, lembra?

- Claro que eu lembro. - Ele não lembrava.

- Eu sei que... Você está ocupado com a sua viagem do futebol. Mas você podia vir aqui, pro velório dela?

- Amor... - Ele deu um tempo, Marinette pensou que ele falaria que mesmo estando longe pegaria o primeiro ônibus para vir para a despedida dael menina, porém não foi isso o que ouviu. - Eu queria muito mas não vai dar.

- O que? - Ela não acreditou no que ouviu. - Você não vai vir, você ouviu o que eu disse? Ela morreu.

A azulada estava indignada.

- Eu ouvi tudo mas... O meu time vai jogar contra o rival dele, eu esperei isso o ano todo. Você entende não é?

- Claro que eu entendo. - Ela mentiu só não iria falar que ele era um idiota por telefone. Seria melhor cara a cara.

- Bom mudando de assunto, eu queria falar que.... - A chamada foi desligada. -   Mari? Mari? - Depois de falar e não receber resposta ele perguntou.

Ela se sentou na cama e chorou mais uma vez.

- Nunca pensei que ele faria isso comigo. Como ele pode preferir ver futebol do que....? A Isabel.... A minha Bel... - Ela colocou a mão no peito. - E ele nem se importa.

Marinette depois de tomar um banho e se preparar para dormir, ela ainda chorava no travesseiro e falava em seus pensamentos.

- Ela era tão pequena... O corpinho dela não aguentou... Deve ter doido tanto, ela sem conseguir respirar...

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Me Apaixonei Por Uma Mulher (Hiatus) Onde histórias criam vida. Descubra agora