🦇|Capítulo 04

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Assim que o intervalo deu seu primeiro sinal, os alunos começaram a se erguer, Taehyung estava pegando nosso bolo para conversar lá na rua quando novamente a infeliz da Lisa se aproxima de mim e dele. Fiquei com cara de poucas amigas, quando eu digo que essa escola é uma cadeia e pagamos nossa penitência todos os dias ninguem acredita em mim.

- olha aqui garota. Fica longe do professor- ergui a mão calando ela no mesmo segundo.

- olha Lisa. Se continuar assim ninguém vai querer você. Começa a se valorizar menina mimada do cacete por que eu juro que não será só a sua calcinha com papel higiênico não - ela se revoltou sobrando e gorando seus pés ela se afastou de mim.

- pouco me importa, só estou dizendo Harin. Está bem avisada. - gargalhei vendo ela sair.

- será possível que não vamos ter um pingo de paz nesse mundo não!- neguei rindo, ele sabia que a resposta era, termina o ensino médio e adeus cadeia. Claro que não tinha comparação com a vida dos adultos lá fora, faculdade, serviço, casa, família e tudo mais. Era mais complicado do que viver naquele lugar. Porém a escola não era mais a mesma, e sempre tinham aqueles seres aos quais só davam nojo. Então, não tinha escolha, era apenas lutar para conseguir chegar no fim do ano.

Saímos da sala de aula em passos largos para chegar até um gramado que tinha sobre o terreno da escola, chegando abaixo de uma árvore enorme que possuía ali, com um tronco grande dando uma sombra maravilhosa, nós sentamos sobre o chão e começamos a comer o nosso bolo na paz, tudo estava indo bem, depois de claro eu quase colocar aquela mimadinha no chão e pisar em cima dela.

Não tinha nem como não se irritar com aquele tipo de gente. Ela era simplesmente irritante e me dava nojo de mais. E por incrível, Lisa já fazia isso anos atrás de anos, o que se tornou já bem cansativo. Confesso que quando era mais nova, até meus dez anos eu me importava de mais com o que ela me falava, e mesmo que o Taehyung usava seu corpo para me defender eu me abalava muito. Até que comecei a crescer e a ver que não valia a pena eu me sentir com aquilo.

Foi ai então que nada que ela me falava surtia efeito, e quanto mais ela tentava mais com raiva ficava, enquanto eu demonstrava que não sentia mais nada. Vesti meu colete aprova de mimadas e segui meu caminho. Agora que já estava mais velha, beirando meus dezessete anos, era aí que mais nada que ela falava para mim surtia efeito.

Mas as minhas palavras surtiam sobre ela, me tornei mais fria para si, e para aqueles que queriam amigar comigo me tornei uma pessoa super de boa e fácil de se conviver. Por isso, tenho muitos colegas na sala, porém nenhum deles havia roubado o lugar do Taehyung.

O intervalo não durou muito, e já estávamos nós dois de volta para dentro da sala de aula, sentada em meu lugar, senti que tinha pares de olhos me observando e percebi que não eram o Taehyung que me observava, olhei para o longe, percebendo os olhos do garoto para cima de mim.

Tentei disfarçar, e assim poder me concentrar na aula, não demorando muito para isso acontecer. Mas, a melhor parte do dia havia chegado, e não venha dizer que não gosta de comer na escola, por que não tem comida boa quanto aqui. Mentira tem a do meu pai. Me levantei com o Taehyung para ir ao refeitório, fomos andando tranquilos quando algo me chama atenção de longe.

Sei que não devia nem se quer me meter, ele era professor, e eu uma merda aluna do terceiro. Mas, o ver sozinho no terraço da escola me deixou muito curiosa. Toquei no ombro de Taehyung, para o fazer olhar pra mim.

— eu já volto, vou fazer um negócio — nem esperei ele me responder, sai correndo para subir as escadas, fui subindo até chegar em frente a porta, que estava entreaberta, me abaixei de leve espionando o mesmo, ele era lindo de mais.

Como o tempo não havia sol, apenas um céu nublado carregado para chuver, ele parecia estar bem tranquilo, ele tinha algo em suas mãos, parecia ser uma caixinha de suco de laranja ou tomate. Não sei dizer por que o emblema era muito pequeno para se ler.

Logo ouvi ele se mexer, ele encarava a porta como se soubesse que eu estava a lhe espionar.

— não acha que espionar os outros é algo errado?— eu senti meu corpo gelar, e travar no local, como ele sabia que eu estava ali, e que estava espionando ele, sendo que eu nem sei quer fiz barulho. Tentei me recompor e mostrar a ele que não era o que ele estava pensando.

— eu não estava te espionando, aqui é um lugar que muitos alunos vem — falei abrindo a porta, seguindo em passos lentos em direção a ele, seu sorriso era de canto, um tanto quanto safado. Confesso que eu amei ver esse sorriso sobre mim.

— mas agora não é o horário que os alunos estão saindo de suas salas, é apenas o horário da merenda. — ele me pegou de jeito naquela resposta, eu parei antes de me aproximar dele, porém ele se aproximava de mim, confesso que senti um pouco de medo dele naquele momento.— e crianças fora da sala de aula não é sinal de fugir das responsabilidades?— seu rosto agora estava mais próximo do meu, eu podia sentir sua respiração, ele era mais alto e muito bonito, porém eu não sabia como reagir a aquela aproximação.— Harin, se tem o cheiro mais gostoso da humanidade — ao ouvir aquilo meu peito gela, eu fiquei corada tenho certeza, não tinha como eu reagir vem a umas palavras daquela, ele se afasta de mim, e seguiu a caminhar devagar para a porta. — volte para a sala mocinha — ele fechou a porta atrás de mim, me deixando ali parada que nem uma tonta sem movimento algum.

 — volte para a sala mocinha — ele fechou a porta atrás de mim, me deixando ali parada que nem uma tonta sem movimento algum

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