🦇|Capítulo 06

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— como foi seu dia pai?— tentei puxar um assunto, já que parecíamos endereçados mais na comida do que no dia a dia do outro.

— uma correria, hoje o hospital estava lotado de pessoas. Só hoje de madrugada. Três pessoas chegaram sem vida no hospital. — eu fiquei surpresa, bem tanto isso é assustador.

— já descobriram o que causou a morte?— ele negou, parecia estar assustado.

— parece até uma história de terror para falar. Eu acho isso absurdo. — eu fiquei confusa — eles todos chegaram completamente sem sangue, sem identificação, e sem rastro nenhum de alguma agressão. Apenas dois furos. — e novamente o assunto de ser dois furos. Isso estava começando a me deixar assustada.

— dois furos? Então quer dizer que isso possa ter sido feito por alguma coisa que tem presas?— sua cabeça balançava em concordancia.

— eu disse que era loucura. Até parece que em 2020, haveria vampiros?! Isso sim é loucura — acabei rindo, realmente era loucura, porém não era nada impossível nesse mundo.

— e se não é algum morcego criado em laboratório, que agora em vez de comer frutas ou sangue animal está a beber sangue de gente — ele me olhou como se aquela resposta fosse a mais ridícula do mundo.

— pode até fazer sentido —  ele acreditou nas minhas paranóias — é melhor do que acreditar que é vampiro.

— o senhor tem razão. — nós dois rimos, até que ele me encara.

— como foi seu dia?— eu dei de ombros, parecia não ter sido ruim.

— hum, o mesmo de sempre, a única coisa era que tem um aluno novo na minha sala, e tem um professor novo de história — meu pai sorriu quando eu mencionei os dois.

— e seus olhos já passearam pelos dois é?— eu fiquei corada com aquela pergunta, e espantando meu nervosismo neguei rapidamente.

— claro que não pai. Se ficou doido foi?— gargalhei, mas como disfarçar o que realmente eu fiz. Passeei por tudo só para achar os dois e nada. Ainda mais achei ambos lindos de mais — isso é coisas de sua cabeça.

— coisas de minha cabeça? Hum, eu vou fingir que acredito nisso. Eu quero que você ache um rapaz bonito para namorar. Taehyung não combina com você — acabei gargalhando, onde ele tirava aquelas ideias.

— pai, não existe amor entre eu e o Tae, só amizade. O homem é muito chato. Se eu não suporto como melhor amiga imagina como namorada. — recuo para trás — ainda pior, morando debaixo do mesmo teto.

— literalmente não tem como meu amor, vocês dois colocariam fogo na casa antes mesmo de passar a primeira noite juntos — concordei com ele, eu sempre fui sincera para o meu amigo, que entre eu e ele era amizade. E Taehyung nunca mostrou algum sentimento que gostasse de mim. Isso era bom, por que eu tinha em mente que se nos apaixonasse- mos a gente nunca iria voltar a ser a mesma coisa que éramos. Então, prefira nunca criar sentimentos por ele e ele por mim.

Terminamos nosso jantar, e subimos para o andar de cima, para a gente poder deitar sobre a cama e descansar. Novamente após já estar debaixo das cobertas quentinhas eu procurei sobre o professor, mas novamente minhas buscas não tinham efeito, parecia que ele era um ninguém na sociedade dele.o que me deixava bem intrigada sobre ele.

Mas logo eu larguei de mão, já inda desligar o abajur e deitando a cabeça sobre o travesseiro e indo dormir tranquilamente.

🌿

Na manhã seguinte, acordei novamente, fiz minhas higienes e vesti meu uniforme, após me vestir, desci as escadas pronta para mais um dia de aula naquele hospício, isso seria durante vários dias do ano. E olha que era muito tempo para mim. Porém quando cheguei na sala ele estava correndo vestindo o jaleco.

— pai, aconteceu algo?— ele acenou cindo até mim depositando um beijo na minha testa.

— o hospital me chamou, pelo visto a coisa está feia por lá. Tchau minha filha até a noite — eu acenei.

— até a noite pai. Se cuida — ele concordou e saiu pela porta indo ao carro dele e seguindo para o hospital, eu suspirei. Segui a cozinha para fazer o meu café, como estava solitária, resolvi me sentar no sofá e ligar a televisão.

Tento ali, o noticiário sobre mais vítimas sem sangue, aquilo já estava começando a levantar a tese que realmente fosse um vampiro. O porém era quem seria esse homem terrorista esfomeado.

Assim que terminei, peguei as minhas coisas e vi o Taehyung se aproximando de minha casa. Nós cumprimentamos com um gesto que nós criamos, e seguimos a caminhar.

— você viu o jornal?— perguntei vendo o silêncio entre nós.

— sim, confesso que estou um pouco assustado — eu acenei concordando, realmente eu estava com medo.

— será que realmente é vampiro?— ele deu de ombros, não tinha como termos certeza mas as provas levavam a isso naquele momento.

— espero que não. Deus me livre ter dois dentinhos no meu pescoço sugando meu sangue até o último. — acabei rindo de seu desespero.

— desculpa, mas nem eu quero não — entramos na escola e fomos para a nossa sala, logo que sentamos os professores entraram já assumindo a aula daquela manhã. Na hora do recreio, Taehyung ganhou um convite para ficar entre beijos com uma aluna da outra turma que tinha pedido para ficar com ele. Eu como estava sozinha resolvi subir para o terraço e pegar um pouco de ar naquela manhã nublada.

Chegando no local, estava tudo sozinho, o que pra mim foi maravilhoso, me sentei ali para fechar meus olhos e sentir a paz que era estar sozinha, não levando segundos de minha paz uma sombra cobriu meu rosto. Quando abro meus olhos vejo a sem sal da Lisa ali. Soltei uma suspiro cansada, era fácil descobrir o por que ela estava de novo em meu pé.

Professor.  Era a única coisa que na cabeça dessa loira jumenta — nada contra os loiros — mas parecia que era a única coisa que a cabeça dessa jumenta pensava. Homens e perturbar a minha paz. Já ouviu dizer que a paz dos outros é sagrada. Então. A minha é sagrada.

 A minha é sagrada

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⏰ Última atualização: Nov 10, 2023 ⏰

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