Concordei com a cabeça levemente, tinha que me alegrar por ir a escola, mas meu ânimo estava zero para isso. Aquele lugar não era meu ponto forte, mesmo que lá eu passava mais tempo com meu melhor amigo, mas não via aquele lugar como um ponto para me sentir bem.
- está bem pai - sorri para lhe passar segurança de que estava tudo bem. Ele concordou voltando em passos largos até a cadeira que iria sentar.
- vamos tomar café, não podemos nos atrasar no primeiro dia né?- concordei com um acenar de cabeça, puxei minha cadeira sentando logo em seguida, comendo dos ovos mexidos de meu pai, acompanhado de um café quentinho e com um belo aroma.
Quando terminei, apertei o botão de meu telefone já vendo que estava na hora de eu sair. Me levantei da cadeira tomando o último gole do café.
- estou indo pai - exclamei pegando a mochila sobre o sofá da sala, tudo apressadamente fazia, meu pai ria de minha cara, devo ser um espetáculo já que eu sou muito desastrada. Fui até ele e depositei sobre sua face um beijo.
- se cuida minha filha, o pai vem um pouco tarde, mas eu venho viu - gargalhei concordando.
- está bem pai, até de noite - acenei saindo pela porta. Meu pai era um home muito famoso na rede de pediatria no hospital. Eu até disse uma vez em meio a uma brincadeira que estávamos fazendo, por que ele não arrumava uma namorada lá dentro do hospital. Ele não havia me respondido na hora, pensei até que tinha feito a pergunta mais assustadora e tinha tocado na ferida dele. Porém a resposta veio logo em seguida que ele tentaria achar alguém que amasse nós dois novamente.
Eu sou orgulhosa dele em tudo que ele faz, te garanto que criar uma filha, e enfrentar a depressão após o falecimento da mulher que ele amava dês do ensino médio não foi nada fácil, ainda mais para ele. Porém, tudo enfrentamos juntos e eu estava ali com ele para tudo que ele precisasse.
Saindo da casa eu comecei a seguir um caminho mais curto que chegava na escola mais rápido, meus olhos passeiam para as pessoas que passavam ao meu redor, era tão diferente como cada ser humano agia ao nosso lado. Alguns mexiam no celular e caminhavam como zumbis. Outros passavam conversando assuntos aleatórios. E eu não sou uma pessoa fofoqueira, mas meu ouvido para coisas estranhas que acontecem na nossa cidade eu estava sempre ouvindo.
Um grupo de jovens, que estavam indo em passos normais para a parada de ônibus conversavam em voz média, mas dava para ouvir perfeitamente o assunto tratado.
- te garanto amiga, estamos em perigo. Se continuar assim o que será da nossa cidade. Já é o terceiro morto entre dois dias. Fora que já foi visto furos em animais e até mesmo garras sobre o chão. - a primeira moça falava para a da sua direita.
- será que isso tudo são vampiros?- eu juro que nesse momento eu queria rir, mas pela cara de espanto, parecia que na conversa delas fazia total concordância.
- eu não sei amiga, mas tenho certeza que isso não é normal. - elas logo entram no ônibus e eu passei caminhando novamente, mas claro que eu fiquei com uma pulga atrás de minha orelha com tudo aquilo. Duro, pessoas mortas, e vampiros. Parece até uma coisa louca de se ler, mas até que faziam ligação.
Agora que eu tinha ouvido sobre aquilo estava ansiosa para descobrir o que a polícia achava que era para tantos mortos que surgiam e mais animais. Assim que entro na escola, encostado no portão, com um pirulito sobre os lábios estava meu melhor amigo. A gente começou a amizade dês do fundamental, e seguimos a ser inseparáveis.
Gostávamos de compartilhar tudo, e isso incluía sentimentos e até novidades, ele ao me ver sorri com aquele sorriso quadrado, e vem até mim e se curvando para depositar um beijo sobre a minha testa. Isso se repete por anos, dês que ele sentou no meu lado no primeiro dia de aula aos meus cinco anos.
- Tae! Achei que estaria dentro da sala - ele negou sorrindo.
- que? E entrar nesse hospício? Nunca, só entro com você - acabei gargalhando, ele tinha razão, aquele lugar não era mesmo uma escola.
- e ai? Sua omma não me mandou nada?- ele concordou com a cabeça.
- ela mandou um bolo de chocolate de comer de colher. Mas só na hora do recreio mocinha - resmungo revirando meus olhos, ele sabia como me deixar com raiva.
- tu vai ver seu loiro azedo - murmuro e ele ri de minha cara, como se não fosse nada, apenas uma palhaça fazendo sua apresentação. Ele me estende um dos seus pirulitos e claro que eu aceitaria, nem tanto isso é um mantra que tem que se repetir todos os anos durante o ano letivo inteiro. - vamos lá - olhei em seus olhos, Kim Taehyung era simplesmente o homem mais lindo da escola e meu melhor amigo. Mesmo que ele fosse o cara mais gostoso da escola eu não conseguia o ver com outros olhos. Eu o conhecia tão bem que até sabíamos gostos de mulheres que ele possuía.
Mas sabia que nem todas as cadelas eu deixava vir até ele, meu loiro dos olhos azul era somente protegido por mim até que eu achasse a pessoa correta para namorar ele, de outro fato deixava que todos pensassem que ele fosse realmente meu namorado.
Começamos a seguir para dentro da escola, abri o pirulito, caminhamos até os armários, eu abri o meu com a senha mais linda do mundo, que era o aniversário da minha mãe, e peguei os matérias que seriam utilizados naquela primeira hora do dia.
Assim que pegamos tudo seguimos em passos médios para a sala de aula, como havia muito tempo ainda antes do sinal ticar, resolvemos ir até um banco que ficava em frente a nossa sala e sentamos ali para conversar alguns assuntos. Ainda mais fofocas que nós tinha muitas para por em prática.
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Meu Professor Vampiro
FanficMesmo com todas as oportunidades que haviam na sua volta, Harin, uma adolescente que estuda numa escola no meio do nada não acredita que seu professor, Yoongi seja o motivo que está fazendo todos os moradores da pequena cidade morrerem perdendo com...