Capítulo 51

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Elis

Chegamos ao local, e era um lugar isolado, com uma casa velha, parecia até cenário de filme de terror.

Fico dentro do carro tentando me acalmar um pouco, para depois descer.

_Vamos?

_Não Naty, vou sozinha, não podemos arriscar lembra.

_Mas e se ela fazer alguma coisa com você amiga?

_E se ela ver que estou acompanhada, e fazer algo com meu filho?_ Não posso ariscar.

_Tudo bem, mas cuidado e qualquer coisa grita, que eu e a Loira entramos na hora.

_Tudo bem.

Já ia descer quando meu celular toca mais uma vez, já ia desliga-lo quando vejo que é o numero que Amanda me ligou, então atendo.

_Oi.

_O que foi, não quer seu catarrento mais? Porque não desceu deste carro ainda?

_Claro que eu quero meu filho, desculpa só estava me acalmando um pouco, mas estou descendo.

_Ok, esta sozinha não é mesmo?

_Estou claro que estou.

_Bom mesmo, ou vai se arrepender, agora desce e entre pela porta da frente.

Ela desliga o telefone, eu passo por cima da Lara para descer pelo lado do motorista, porque Amanda deve estar me observando da janela.

_Boa sorte amiga, que Deus proteja você e nosso menino.

_E qualquer coisa grita viu!

_Obrigada meninas.

Caminho até a casa com as pernas pesadas, abro a porta e entro, esta tudo escuro, não tem moveis no cômodo que estou, vejo que tem uma luz acesa no quarto ao lado e vou para lá, assim que entro vejo meu filho todo encolhidinho no chão, parece estar dormindo, corro até ele, e o pego no colo. Ele esta frio, esta muito frio aqui e ele esta sem um casaco, as lágrimas caem descontroladas pelo meu rosto, por ver meu bebê assim.

Tiro meu casaco e envolvo nele, ele não acorda, parece esta tão fraco.

_Meu amor, mamãe esta aqui. _O balanço um pouco, para que acorde e me olhe.

_Mamãe!

_Oi meu filho. _ O perto em meus braços até ele dar um gemidinho de dor. _ O que foi filho, ta machucado? _ Minha voz embarga ao perguntar.

_Meu braço mamãe.

Afasto a blusa e vejo que tem um hematoma roxo enorme em seu braço, como se tivessem apertado muito. Vou matar aquela vaca com as minhas próprias mãos.

_E tô com muita fome._ Rick me diz ainda sonolento.

Que tipo de pessoa é esta meu Deus, que deixa uma criança com frio, fome e ainda a machuca? Tenho que tirar meu filho daqui agora.

_Tudo bem meu amor, vou tirar você daqui.

Acomodo meu filho em meu colo e me levanto, para sairmos daqui, mas quando olho para porta vejo Amanda lá, nos observando.

_Achou mesmo que seria fácil assim?_ chegaria aqui pegaria seu catarrento e ia ir embora?

Amanda esta com olhar de ódio em nossa direção, chego a ter um calafrio quando ela me olha.

_Por favor, eu só quero ir embora com meu filho, faço o que você quiser.

_Acho que isto não será possível, porque meu marido esta encantado com este moleque. E você se aproveitou disto, para tira-lo de mim.

_Não, te juro eu não quero nada com o Bruno, nós vamos embora e nunca mais voltamos.

Ela parece pensar no que eu falei, então me aproveito para tentar convence-la.

_Eu pego meu filho e fujo, mudo de cidade de país se precisar, o Bruno nunca mais vai nos ver.

Ela continua me analisando, parece estar pensando se estou dizendo a verdade, arrisco dar um passo em direção á porta.

_ Não, fica aí, esta tentando me enganar. Mas eu não sou burra, minha vida só vai voltar a ser o que era antes quando nenhum de vocês dois existir mais.

Então ela aponta uma arma para nós.

_Não Amanda, por favor, não faça nada com meu filho.

Então ouvimos barulhos de sirenes, mas como assim? Eu não chamei a policia.

_Você chamou a policia!_ Amanda grita nervosa.

_Não, te juro que não chamei, não sei o que pode ter acontecido.

_Amanda, sabemos que você esta ai, deixa a moça a criança saírem agora.

Ouvimos alguém gritar do lado de fora, Amanda começa a andar de um lado para o outro, ela esta ficando nervosa, isto não é bom.

_Merdaaaa, o que você fez garota?

_ Amanda! Vamos conversar ok, vamos encontrar uma saída boa para todos.

Amanda vai até a janela ver o que esta acontecendo lá fora, podia tentar correr até a porta, mas com Rick dormindo em meu colo não conseguirei ser rápida o suficiente. Então aproveito sua distração e deito meu filho em um sofá velho que tem em um canto do quarto, peço a Deus que ele não acorde, e que eu consiga tirar aquela arma da Amanda.

Quando ela volta para porta, e eu me preparo para avançar sobre ela,então ouvimos alguém a chamar.

_Amanda.

ArrependidoOnde histórias criam vida. Descubra agora