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- Eu já ouvi seu nome

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- Eu já ouvi seu nome...

A mulher a minha frente era desconhecida por mim, mas seu nome me lembrava algo, eu já o ouvi em algum lugar, só não sei onde.

- Creio que nunca te informaram algumas coisas, não julgo meus parceiros da outra Terra, não tiveram tempo, a onda de Antimatéria chegou antes do planejado. – Ela estende o braço para que eu caminhe com ela.

- Você estava me esperando? – Olho para a mulher que sorri mais ainda, ela era linda.

- Sim, você me conhece, mas não se lembra, na sua Terra eu fui a portadora do seu anel antes de você. – Ela diz e em um flash eu me lembrei do dia em que ganhei o anel, ele havia dito o nome dela. – Infelizmente o Anti-Monitor chegou nela antes que ela chegasse a você.

- Ele a matou? Por quê?

- Sou de um planeta chamado Naltor, lá algumas mulheres nascem com o dom de prever o futuro. O Anti-Monitor a capturou por acreditar que ela revelaria o seu futuro e mostraria se daria certo ou não o Universo de Anti-Matéria. – Ela responde com o olhar vago.

- E então? – Pergunto ansiosa pela resposta.

- Se ele soubesse a resposta você certamente não estaria aqui. – Ela sorri e levanta uma das sobrancelhas. – A muitas coisas que você não sabe, por exemplo, você não entende por que é uma Lanterna Azul.

- Como você sabe? – Paro de andar e a encaro.

- Você sente como se não fosse digna de carregar o poder do anel pois sente outras coisas e isso te sufoca na maioria do tempo. – Ela devolve o olhar. – Mas exatamente por isso Ruby que você é uma Lanterna Azul e por isso você é o Paragon do Honra.

- Não faz sentido. – Digo triste, ela levanta a mão direita e toca a minha testa.

Meu corpo fica leve e uma nevoa branca envolve meus pensamentos, aos poucos as lembranças da minha vida voltam a andar pela minha mente e eu me lembro exatamente de todos os sons, cheiros e sentimentos que me cercaram.

- No seu aniversário de 9 anos você ganhou uma boneca cara que o seu padrasto te deu e dois dias depois você apanhou sem reclamar por ter dado a boneca a uma colega da escola que morava no orfanato. – Ela diz e eu vi a cena da surra que levei por ter me livrado de uma boneca cara, mas a felicidade da menina ao ganhar ela fez com que valesse a pena.

A cena mudou e eu estava com 17 anos, encarava o meu reflexo no banheiro enquanto ouvia minha mãe brigar comigo por ter sumido de madrugada e ter voltado machucada.

- Você sumiu uma noite para tentar achar um amigo que estava perdido usando drogas, achou ele em um beco e acabou levando uma surra no lugar dele, mas não se importou de carregar a cicatriz no braço quando o viu se formando ao seu lado e limpo.

A cena mudou novamente e eu estava no meio de um monte de gente observando uma família chorar vendo o mercadinho da esquina todo quebrado com um homem morto no chão.

Crisis on Infinite EarthsOnde histórias criam vida. Descubra agora