Capítulo 6

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*Diana, 10:23 pm, Nova York*

Quebro o silêncio puxando para outro beijo, o porquê? Eu realmente não sei, mas parece que eu presciso desse beijo mais que tudo. Nos separamos pela maldita falta de ar e realmente não sei o que falar.

- Quer voltar?- eu pergunto.

- Na verdade eu acho que  eu vou para casa, já está tarde e eu ainda tenho que pegar Sol na vizinha.

- Tudo bem, eu te levo!- ele me olha confuso.

- O quê?

- James, você acha mesmo que eu ia deixar você voltar para casa a pé? Por que táxi e nem Uber você vai achar.

- Tudo bem!- dou partida e peço para ele me guiar, paro em um sinal e James me olha- por que retribuiu o beijo?

- Sinceramente? Não sei, mas retribuí. Me desculpe, acho...

- Não me peça para esquecer! Não conseguimos esquecer das coisas que gostamos- ele murmura baixo só para ele ouvir, mas felizmente eu ouço.

- Concordo- falo sorrindo e ele me olha corado.

Depois de uns 20 minutos chegamos no seu prédio. Percebo que é um prédio velho e o bairro também não é dos melhores.

- Chegamos- ele fala e me olha.

- Sim! Olha amanhã, logo após assinarmos o contrato que Clara levará para empresa, eu deposito o valor desse mês.

- Okay, muito obrigado!- diz sorrindo e envergonhado?

- Obrigada digo eu, se não fosse você, eu estaria perdendo um sonho e muitos anos de trabalho duro.

- Quer entrar?- diz- Sol vai adorar vê-la!

- Tudo bem!

Saímos do carro e entramos no prédio caindo aos pedaços, como alguém consegue viver aqui? Como o governo permite? Subimos as escadas e chegamos no seu andar. Batemos na porta da sua vizinha e uma mulher ruiva abre a porta. Minha nossa senhora da bicicletinha rosa! Que mulher linda!

- Oi James e você quem é?- pergunta sorrindo

- Prazer, Diana Montezzi, noiva do James!- ele e ela me olha surpresos mas logo suas posturas voltam.

- Ah, felicidades ao casal! Bom querem entrar?

- Na verdade, não! Já está tarde e estamos cansados! Tem como trazer a Sol?- James diz.

- Sim, vou pegá-la, só um minuto!- sai e entra no apartamento. Depois de uns três minutos ela volta com Sol em seu colo, cochilando.

- Oh meudeuso!- olho para Müller perguntando se ele deixa eu pega-la no braço e ele acena.
Pego ela no colo e logo a mesma desperta.

- TITIA DI! - exaspera feliz.

- Oi meu amor! Você não tava cochilando, não?- falo apertando a ponta do seu nariz.

- Estar eu tava, mas aí eu acordei com a sua "voiz"! - diz repetindo meu ato.

- Ei, e o seu irmão aqui, não ganha beijo não?

- “ Naum” - ela diz com os braços cruzados e uma cara emburrada, e eu rio  do que ela falou.

- Por que? -pergunta surpreso e com cara de ofendido.

- “voche” sabe do que eu to “falanu” - ela fala com voz de criança que fica triste quando não consegue algo e ele abre a boca como se tivesse lembrado.

- aaaaa, só por que eu não te levei comigo pra festa de adulto? - ele pergunta com uma sobrancelha levantada.

- “ chim “ - ela diz ainda com cara emburrada e de braços cruzados.

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