06 | BABY CULLEN
Fiquei alguns minutos conversando com Bella, naquele momento senti que tínhamos acabado de ter um laço mais forte do que antes. Até porque nós éramos apenas umas conhecidas na família e tínhamos grande respeito uma pela outra mas agora sinto que nossa aproximação é bem mais relevante, afinal, compartilhamos grandes segredos e durante nossa conversa senti a liberdade de revelar meu "pequeno probleminha" sobre ler a mente das pessoas sem ter controle do que fazia, na hora ela disse que eu era versão feminina do senhor 'sei seus segredos'. Claro que eu odiei essa comparação.
Naquele dia sair de lá me sentindo um pouco melhor, mas percebi que me preocupei tanto com Bella que simplesmente esqueci que minha vida estava uma completa bagunça. Uma recém-formada desempregada vivendo sob o teto do irmão mais velho e ainda por cima ainda tinha aquela leve queda pelo sogro da sobrinha, por Deus, eu estou muito ferrada!A resposta da clínica ainda não havia chegado e eu já tinha perdido quase todas as minhas expectativas em relação a isso. Detalhe; quase todas, não todas até porque a esperança é a última que morre.
E mais um dia eu estava mofando naquele sofá acompanhada de meu amigo de longa data — o pote de sorvete. Estava fazendo meu papel de amoeba perfeitamente até alguém bater na porta; coloquei o pote de sorvete com cuidado em cima da mesinha de centro e depois fiz questão de dar uns socos na almofada. Quem veio estragar minha tarde de filmes bregas e clichês?
Abro a porta fazendo o favor de quem quer que tenha ido ali me incomodar veja que está incomodando só com meu olhar.— Oi Catherine. — disse um homem moreno alto.
— Oi... — respondi confusa — Desculpe, não estou reconhecendo você.
— Imaginei que não lembraria, sou o Sam Uley — se apresentou — Nós não éramos da mesmo roda de amigos mas estávamos sempre na mesma turma em quase todas as matérias.
Na hora meu cérebro pareceu piscar e as vagas e pequenas lembranças passaram por minha cabeça. Nós não éramos e nunca fomos próximos, nem mesmo trocamos palavras mesmo morando numa cidade pequena e com poucos habitantes.
Nada daquilo me cheirava bem, o que ele quer comigo? Ele não passa confiança, pelo contrário, estou muito desconfiada dele.
Sam Uley não era popular mas também não era um cara super estranho, ele era comum.
A vontade de invadir a mente dele me pareceu ser uma ideia tentadora mas totalmente antiética.— Me desculpe —, disse cruzando os braços desconfortável — não entendi onde você quer chegar. Tô devendo você? Porque até onde eu sei nunca nos falamos.
— E você não está errada. — disse se aproximando mais.
Ele estava tentando me intimidar? Porque se ele estava tentando fazer isso, posso afirmar que estava conseguindo.
— Então o que você quer falar comigo agora? — perguntei escondendo meu medo.
— Eu só não queria que tivesse outra humana envolvida na merda dos Cullen. — disse simples e sem dizer mais nada se virou para ir embora.
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𝐂𝐚𝐭 𝐒𝐰𝐚𝐧 | twilight
FanfictionCatherine Swan, uma mulher no auge dos seus vinte e seis anos. Tinha uma vida consideravelmente divertida, trabalhava de meio período em um bar no centro de São Francisco e estava na etapa final do seu curso; psicologia. Desde o bendito dia que foi...