Capítulo 1

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POLY

Fico perguntando-me de se alguém um dia irar ler este diário?
Eu não sei onde estou o por que estou aqui, já perdi a noção as horas e dias...
Aqui e tão frio. A umidade e o cheiro de mofo...
Em 12 de agosto de 2003 eu me preparei para a escola como todas as manhãs monótonas, não lembro o porque mais eu discutia com minha mãe antes de sair... Mãe... Se eu soubesse que aquela seria a última vez que a veria!
Queria poder ter lhe abraçado e dito que a amava...
Pego o metro na estação de Presidente Vargas as 6 da manhã e noto um jovem me encarando, não lembro muito bem, na hora pensei que fosse apenas paranoia, ele desceu na mesma estação que eu, ignorando aquela vozinha que me dizia que algo estava errado, fui para a escola.
Sabe quando tudo caminha para uma enorme bola de caos, quando as coisas têm que dar errado, pois, bem!? Eu sempre voltava para casa com Rebeca e Fernando mais aquele dia. Justo aquele dia eles precisavam sair.
A estação estava lotada, assim que o trem chegou, senti algo gelado em minhas costas e um braço passou por meu ombro, minhas pernas ficaram fracas quando vi o sorrido do jovem que havia visto àquela manha. Eu queria gritar, queria correr para as portas que começavam a fechar do trem a minha frente, mais nada. Não fui capais de fazer nada, meu corpo estava congelado. Ele sussurrou em meu ouvido que deveria seguido em silêncio ou todos que eu amava iriam morrer. E eu tola, o fiz.
Ele me guiou até um carro preto e me mandou entrar, e foi nesse momento que tentei resistir, algo estalou em meu corpo e tentei correr mais uma forte pancada em meu rosto me fez cair na inconsciência.
Despertei com o jovem de cabelos loiros e olhos pretos como o céu sem estrelas cantarolando uma música horrível, eu tinha os braços e pernas atados e estava deitada em um coxão puído com cheiro de mofo. Meu coração acelerado doía a cada nova batida, senti as lagrimas encherem meus olhos. Ele me escutou gemer e me olhou sorrindo, tirou o chicote da maca e começou a cantar a música alto, a mesma que ele cantarolava a segundos a traz.

Apôs o açoite ele apenas me largou ali, sangrando com fome e sede por três semanas, a primeira, suportei mesmo com meu estômago roncando, tendo que urinar eu lado do colchão, pois, a corrente não era comprida o suficiente para eu me afastar é mant...

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Apôs o açoite ele apenas me largou ali, sangrando com fome e sede por três semanas, a primeira, suportei mesmo com meu estômago roncando, tendo que urinar eu lado do colchão, pois, a corrente não era comprida o suficiente para eu me afastar é manter o mínimo de higiene. Na segunda semana a sede beirava a loucura, pois, nunca havia ficado tanto tempo sem água, meu corpo estava fraco e dolorido, na terceira semana eu me contorcia para aguentar a dor da fome, chorando enquanto implorava por ao menos um copo d'água é um pedaço de pão.
Eu estava imundo, a roupa grudava em minha pele suada e suja de excrementos, não sabia se ele havia ido embora me largado ali para morrer ou pediria resgate para minha mãe.
Em algum momento enquanto tentava me manter sã, escutei a trava da porta e chorei.
Oh! Meu deus era ele!
É uma falsa esperança, se abateu sobre mim de que talvez ele me deixaria ir!
Tentei me sentar sem forças e abrir meus olhos para vê-lo.
— Como você está minha menina? — Ele deu uma longa e pesada pausa. — Com fome? Perguntou ele pondo uma sacola é um cabide com o que parecia ser um vestido na maca próximo à porta.
Peter se abaixou ao meu lado, notei que seus cabelos estavam tingidos de preto completamente bagunçado vestido um conjunto preto de moletom. Abriu uma garrafa e meus olhos brilharam de alegria quando ele a levou à minha boca, bebi quase tudo em apenas três goles sedentos.
Ele soltou as correntes de meu pulso, começou a me despir, sem forças não consegui reagir, apenas deixei ele me pegar no colo e me guiar por um corredor me colocando em uma banheira de água quente. Durante o banho ele cantarolava animado enquanto eu encarava seu rosto com repulsa, um rosto que eu sabia que jamais seria capaz de esquecer!
— Creio que já esteja pronta. Sabe quantos dias decorreram?
— Não. — Parei um segundo estranhando minha própria voz. — Por favor, me deixe ir embora!
— Ora, minha querida Poly, agora que estamos nos conhecendo?
— Você pegou a garota errada. Eu... Eu não sou a Poly, meu nome é...
— Não! — Peter gritou arremessando a toalha em mim me mandando me secar começando a andar de um lado para outro. — Errei, tu ainda não estás pronta...
Já seca tentando me tapar com a toalha ele me fez por um vestido rosa de aparência infantil é me levou de volta ao meu inferno particular, me sentando em uma cadeira tirou da sacola uma marmita, senti minha boca salivar quando ele a abriu me deixando comer enquanto afagava meus cabelos úmidos. Quando terminei ele pegou um canivete se vangloriado de onde o havia comprado esfregando em meu rosto, descendo a lâmina por meu pescoço até parar em meu braço.
Assustada senti as lágrimas encherem novamente meus olhos, e minha pele do braço arder e eu não estava preparada para o horror que veio a seguir. Peter se curvou lambendo meu braço, sua língua quente fazia meu corte arder e minha pele arrepiar, ele é doente.
Lembro-me que após aquele dia ele limpou o chão e me algemou novamente por dias, porém, desta vez ele me trazia água é comida é antes de todas as refeições eu era açoitada!

Pᴇᴛᴇʀ

Pensei que ela era esperta, que entenderia rápido o tipo de garota que sobrevive. Como pude ser tolo!
Poly era linda. Sim. Muito linda. Média 1:59 de altura. Seus olhos eram de um tom azul vibrante, sua pele tão macia e sedosa, seus cabelos...
A deixei trancada por mais algumas semanas com o mínimo de comida e um pouco de água já que não era minha intenção vê-la morta. Não ainda!
Eu a corrigi, a ensinava e cantava para ela. Seus olhos temerosos me cativaram, suas lágrimas eram minha alegria, no entanto, ela começou a me surpreender. Se mostrou firme e isso me excitou! Grande garota!
Notei que ela emagreceu e tinha os olhos fundos com pesadas olheiras. Oh! Minha mais doce Poly, isso não me agrada!
Em nosso aniversário de dois meses, desci com um presente, acendi a luz, mas minha amada estava com a cabeça mole. A peguei no colo colocando na maca de metal. Aos poucos meus olhos foram se abrindo e o azul vibrante me encarou.
Sorria lhe mandando sentar e após algum "suspense" lhe entreguei seu presente, um hambúrguer que ela comeu incrivelmente rápido, um copo de suco milk-shake e batatinhas. É apenas a observei comer, cada mordida, a forma que seu maxilar mexia ou quando sua língua lambia seus próprios dedos ela era perfeita. Só precisava de uma pequena ajuda!
- Obrigada! - Sua voz soou como um sussurro.
Levantei minha mão e ela se encolheu, sorri afagando seus cabelos. Seus malditos cabelos claros.



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