Capítulo 9

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POLY

A loucura é como uma droga, quanto mais você a usa, quanto mais descobre seus prazeres, mas difícil é para se afastar dela!

Amar um sociopata? Não estava certo, eu não poderia amá-lo!

     Bom, querido diário? Deve estar se perguntando por que não fugi. Bem, nem eu mesma sei responder, pois, haviam se passado tanto tempo, Peter me disse que dois anos é uma longa data de aprendizado é que eu estava finalmente pronta... Nunca entendia quando ele falava que eu estava pronta. Aqui dentro era tudo tão simples, Peter ditava as ordens eu as seguia porque ele era bom e sabia o que era certo... Sua mente era fragmentada é doentia, ele me deixou entrar e pude começar a ver as coisas de seu ponto de vista é foi aí que me viciei.
Peter me puniu por ter tentado fugir, mesmo que eu não o tenha feito de fato, é aquela madrugada foi a primeira vez que meu rosto foi banhado de sangue. Sangue de Rita... A vadiazinha de seios grandes...

Peter me beijou loucamente acionando cada nervo sensorial do meu corpo, enquanto eu sentia o gosto metálico do sangue em nossas bocas era nojento é enlouquecedor... Peter me fez gelar em completo choque quando revelou entre os beijos que me amava é não entendia como isso havia acontecido é porque, mas ele. Me - Amava? O Peter?
Mas também me disse que meus ciúmes atrapalham em seu robi no que ele era realmente bom... Então meu coração se partiu com uma única frase.

ADEUS POLY!

Então Peter interrompeu o beijo e partiu e partiu... Fiquei, ali parada como uma estátua o esperando dar meia volta é dizer que estava brincando. Esperei, pois, ele sempre voltava, às vezes demorava horas ou dias, porém, ele sempre voltava para mim...


LOUCA? TROUXA? BURRA?


Não sabia dizer qual adjetivo encaixa melhor em mim.

Haviam se passado semanas que Peter não retornava. Descobri uma palavra, uma doença para ser mais exata. Estocolmo!

Será? Não, não poderia ser possível, mas por qual outro motivo eu permanecia ali, quando eu podia simplesmente ir embora?

Deitei no sofá me sentindo uma tola, é em algum momento dormi, pois, senti mãos frias em meu rosto antes de abrir os olhos e sentir uma mistura de alívio e dor.

PETER


Oh! doce é louca Poly, o desejo pode ser pior que a loucura, mas sedutor é doentio. É eu estava doente por você, meu corpo ter chamava a cada morte, a cada briga... Mesmo sabendo que não estaria lá voltei a casa e meu ar sumiu quando a vi deitada em meu sofá. Cantarolando passei a mão em seu rosto até seus olhos abrirem.

— Gosto dessa música!
— Não deveria!
— Você a escreveu?
— A ganhei! — Sorri ao passar a mão sobre a cicatriz de cruz em meu pulso.
— Por que voltou? — Poly sentou-se parecendo ainda mais bela e isso era errado.
— Por que sou louco! Algo em meu sangue me puxa para ti. — Viria comigo?

Poly se pôs de pé é me seguiu, alguns dias depois a beira da estrada avistamos um casal que pareciam estar de viagem é Poly sorriu andando até eles. Conseguimos uma carona, a manha estava quente, o sol brilhava e o radio do casal tocava Nirvana- Polly, o que era encantador e como já havia dito, pessoas confiam de mais e esse é o maior erro da humanidade!

Ao pegar a estrada de pedra, pole começou a cantarolar ao tirar a lâmina do bolso sorri é cada um de nós se posicionou atrás de um banco do carro é em uma bela sincronia macabra cortamos suas gargantas.

— Fechem os olhos. — Disse baixo passando a mão nas pálpebras do cara.
— Não precisa gritar! — Poly afirmou sorrindo enquanto o sangue jorrava na blusa branca de cetim da jovem de olhos arregalados.

POLY

Após um ano que partimos do Rio.

Na manhã de quinta-feira eu descobri algo horrendo sobre Peter...

Agora. Eu sabia, por que ele dizia que eu estava finalmente pronta! 



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