Capítulo 3

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Poly

Neste dia eu não lembro por que apanhei, não havia sido uma menina má, porém, seu último golpe foi o mais forte é desmaiei. Quando acordei, estava solta e isso era um alívio, ao meu lado havia um bilhete escrito. "Seção de fotos" No envelope embaixo do bilhete havia fotos de uma menina da cintura para baixo sentada com as pernas cruzadas com as mãos e os joelhos machucados.
Fiquei pensativa. Quem seria ela? Levantei a visão perdendo o ar, a porta estava aberta. Levantei caminhando até ela, havia marcas de sangue por todo o lado, é em cima do sangue, mas fotos, agora minhas é de Peter, com a mesma roupa, ele sorrindo enquanto eu tentava não parecer assustado com um olho roxo. Mas a frente tinha fotos minhas amarradas, porém, sempre desacordada, não sei se desmaiada ou dormindo, em algumas estava nua, em outras sua mão levantava partes de minha roupa. O pior era que eu nunca havia percebido ele tirar as fotos, perto da escada havia uma caixa caída é mais fotos, essas me fez querer vomitar. A quanto tempo ele me seguia? Havia fotos de mim no trem, na rua é escola, de meus amigos e minha família! Meu coração batia tão rápido que pensei que enfartaria.
Subi os três degraus, levantei a mão segurando a maçaneta, prendi o ar e girei, ouvi um chick é a porta abriu. É lá estava o Peter, parado pálido como cera de vela, de cabeça baixa, sentado na cadeira. Ao me aproximar com intenção de chegar a porta da casa, ele levantou a cabeça tão sério que me fez parar com o corpo arrepiado.
Abri outra porta, e lá estava Peter, parado pálido como cera, todo de preto e com a cabeça baixa. Ao me aproximar ele me olhou tão sério que me deu arrepios!

cada dor o sangue jorrar,
sorria!
A morte lhe convida para brincar...

Ele maneou a cabeça para a porta do banheiro e se levantou me seguindo. Mesmo eu querendo apenas sair correndo é fugir daquela casa, não contive meus passos e andei abrindo a porta. Meu corpo gelou e meus olhos encheram de lágrimas. Era Fernando, o irmão de minha amiga caída no chão com o corpo ensanguentado.
- Você... Você prometeu que não iria matá-los! - Falei quase em um sussurro doloroso.
- Me referia a seus pais, não vinha incluso, dois babacas que julgam que minha Poly é posse deles... Odeio super-heróis!
- Reparei no colar que Peter usava, com pingente de lua. Era de Rebeca.
Escutei gritos desesperados chamando meu nome, corri sem pensar, era a voz de Rebeca. Cruzei a cozinha abrindo a porta de um cômodo estranho, Rebeca estava agarrada caída no chão, havia marcas de sangue em sua roupa, mas ela não parecia ferida. A abracei da melhor forma tentando confortá-lo, pois, aquele medo não era novidade para mim, porém, não sabia como contar que seu irmão estava morto.
Escutei Peter rindo, seus passos vagarosos se arrastando até o quarto é sua face pálida nos encarando da orta, ele segurava uma faca rindo. Rebeca tremeu sob meus braços e a segurei firme, como um escudo humano.
- O que diabos você quer de nós? - Gritei em desespero. - Deixe-a, faço o que você quiser. Sou, sua Poly!
Ele se aproximou pondo a mão em sua cintura e notei que ele sangrava, Fernando deve lhe ter ferido, ele segurou Rebeca pelo cabelo a arrastando. Ela gritava em pânico e eu me joguei para frente tentando pegar a faca de sua mão.
- Caladas suas vadias miseráveis!
Peter me chutou no estômago. No mesmo momento senti o ar deixar meus pulmões, sua mão girou fazendo a faca cortar o pescoço de Rebeca tão rápido que senti o sangue quente espirrar em minha face. Então meu mundo desabou, minhas pernas cederam e eu cai deixando as lágrimas escorrerem desenhando linhas pelo sangue em meu rosto. Rebeca. Minha melhor amiga, estava morta e a culpa era minha. Peter arrastou seu corpo até a banheira e a jogou em cima de Fernando.
Incrivelmente calmo ele andou até mim, se ajoelhou ao meu lado, e passou a mão em meu rosto afirmando que nada nem ninguém poderia nos separar, pôs éramos perfeitos um para o outro é começou a cantar, mas meus olhos não estavam em seu rosto é sim na porta do banheiro.


Feche os olhos,
não precisa gritar,
a morte vem sem ao menos pesar,
cada dor o seu sangue vai jorrar, sorria!
o Owner lhe convida para brincar...

Enquanto ele passava suas mãos sujas em meu rosto, desmaiei. Ao reabrir os olhos, estava amarrada no topo da escada pelos tornozelos. Meus olhos percorreram os corredores e escada, olhei também para baixo e nenhum sinal dele. Tentei freneticamente me soltar, morder a corda, mas nada adiantava. Meus tornozelos presos juntos latejavam.
Escutei um cantarolar vindo do fim do corredor. Era aquele doente de 19 anos, com sua melodia infernal! Após uma eternidade ele veio até mim. Eu não senti medo ou repulsa, na verdade, eu não sentia mais nada. Talvez eu apenas tenha me acostumado com ele! Pyter estava sem blusa com um curativo no lado esquerdo do abdome e eu não pude evitar olhar para seu corpo. Fiquei de pé com dificuldade pé apoiando no corrimão.
- Pensei que não ficaria mais presa!
- Tu foste uma menina muito má!
- Você fez uma promessa, ela quebrou. Matou meus amigos! - Arrisquei respondê-lo. Os olhos frios de Peter me fitaram, ele balançou a cabeça assumindo uma expressão serena. Relaxei os ombros, o que foi um erro, seus movimentos foram rápidos, senti meu corpo bater no corrimão e cair do segundo andar, era o meu fim, pensei. No entanto, a corda deu um forte tronco e a dor foi imensa.

Peter

Desci as escadas rapidamente, Poly balançava, segurei sua cabeça e a beijei sorrindo. Seu rosto estava vermelho devido ao aumento da pressão sanguínea em sua cabeça, me afastei abrindo os braços.
- Tenho uma surpresa! - A observei balançar melodicamente, cortei a corda, suspendendo seu peso e a levei ao porão. A colocando sentada em seu novo colchão de lençol azul-marinho.
Poly estava aqui a tanto tempo que ainda não havia aprendido a respeitar seu mestre. Continuava a demonstrar rebeldia, no entanto, eu era incapaz de matá-la. Minha doce é a louca Poly. A mandei se trocar, ela pôs um vestido preto rodado, meia três quartos é uma coleira preta com uma argola de metal na frente. Estava simplesmente linda.
A deixei ali avisando que estaria de volta dentro de algumas horas e subir limpando o sangue da casa, eu já havia me livrado dos corpos mais cedo, é após a limpeza, tomei um rápido banho vestindo roupas pretas é coturno.
Eu precisava comprar novos brinquedos e comida, então fui ao centro. Haviam cartazes com o rosto de Poly espalhados pelas ruas do Rio. Porém, o nome. Errado! Essa palavra girava em minha mente.
Errado. Errado. Errado.
Arranquei um dos cartazes e uma senhora me encarou com reprovação, me aproximei do outro e lambi o rosto de Poly revirando os olhos e a velha senhora fez sinal de cruz. Fofa!

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