Tu não percebes o que quero, tu não percebes o que sinto; as vezes digo que estou bem mesmo sentindo o contrário, as vezes olho pro espelho e vejo 2 seres em mim "mal e muito mal", nem encontro uma pessoa normal em mim. Esses pensamentos possuem sempre o que me mantém de pé para luta; batalhas são tantas mas mesmo me treinando perco sempre elas, quando perco? quando perco prefiro nem olhar pro que fiz ou visualizar os meus erros e defeitos, me perco na solidão todos os dias para não influenciar ninguém a ser como eu, para que não possa também passar esses maus tempos que parecem até ser tempos normais. Já não vivo com vontade de viver, só porque ainda estou vivo, só vivo porque ainda tenho o meu corpo bem estagnado onde nem devia estar porque a minha mente presencia ideias anormais, ideias que nem eu sei como ou o que fiz para pensar nelas...ideias que só a solidão me traz. Por vezes sinto-me triste, insuficiente, fraco e inútil sobre todas as minhas acções ocorridas. Por vezes penso que se eu desaparecer de todos, os meus problemas também hão de desaparecer, mergulho-me na insanidade pura sem ninguém dar por conta do que passo todos os dias, viajo mesmo estando no mesmo sítio tentando me entender;Por vezes vejo-me fora de mim, como uma alma pairando no ar vendo tudo o que faço a procura de respostas sobre a minha insegurança;Eu preciso de ajuda mas não a quero, tenho companhia mas não a quero, tenho o meu corpo mas não tenho a minha alma no lugar; me oculto por atitudes e sorrisos irónicos só para não demonstrar o que por muito me tem abatido. Logo dá-me vontade de ouvir músicas tristes para alimentar meus pensamentos tristes de maneira a tentar melhorar o meu ser de forma aleatória, e nessa altura a lâmina torna-se num oponente muito satisfatório para mim, faço cortes nos pulsos sem prazer credível para aliviar a dor que sinto, a dor na alma; a lamina serve como perguntas para o meu interior, e o sangue que escorre nos meus braços são as respostas que mesmo sabendo não as consigo entender. Só que depois lembro que as vezes nos sentimos assim, as vezes fracos ou fortes, é normal, o certo mesmo é viver todos os momentos da nossa vida, e estudá-los porque a vida realmente ensina.