Why aren't dancing?

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As músicas que aparecem no capítulo são:
Blondie - Call Me
Gin Wigmore - Man Like That
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A casa de Robert estava do mesmo jeito que pensei que estaria: lotada. Logo que estacionei minha moto, já pude ver inúmeras pessoas do lado de fora.

Dei uma olhada ao redor, procurando por Sal ou até mesmo por Ashley, mas não os achei. Ele disse que teria que fazer algumas coisas antes da festa, então não precisava me preocupar pelo seu atraso.

Fiquei pensando se eu deveria esperá-lo ou já entrar, e como não sabia se ele ia demorar muito, decidi entrar. Estava indo até a entrada da casa, até que de repente alguém bate no meu ombro.

— E aí, Sal. — Me virei para trás, vendo o de máscara acompanhado de Ashley. — Oi para você também, ASH. — Pelo jeito que falei, estava óbvio que era para provocar.

Depois disso o clima ficou um pouco estranho, e por algum motivo, eu e ela estávamos encarando um ao outro.

— Vocês combinaram de vir de jaqueta de couro e nem me avisaram? Sério? — Sal falou fingindo indignação, e só agora fui ver melhor suas roupas.

Ashley estava com uma jaqueta de couro quase idêntica à minha, o que parecia ser um tomara que caia preto, jeans com correntes e rasgos na barra, e um coturno alto. Sua maquiagem era escura como sempre, e também estava com sua famosa gargantilha.

Sério, ela não tira essa coisa do pescoço não?

— A gente não combinou nada. — Eu e Ashley dissemos ao mesmo tempo.

— Tanto faz, só sei que os dois estão bonitões assim. — Sal riu. — Não sei nem qual é o melhor.

Depois disso finalmente entramos na casa, e se eu achava que lá fora tinha muita gente, aqui estava ainda pior. Estava tudo uma baderna, do jeito que Sal gosta. Mas afinal, essa é a graça das festas, não?

O desgraçado do Robert é praticamente rico por causa do seu negócio de sucesso. Sua casa é bem grande e sempre que pode faz esses tipos de festa.

— Wow... Robert se superou dessa vez. — Disse Sal totalmente admirado.

— Ei, Sal. Já vou ir direto para a pista de dança. Te vejo lá. — Ashley falou sorridente. O mesmo assentiu com a cabeça e ela começou a passar pelas pessoas, indo em direção à pista.

— Ufa, pensei que essa daí fosse ficar a festa inteira grudada em você.

Sal riu e em seguida me deu uma cotovelada no braço.

 — Para de graça, vai. Você também não é muito diferente dela.

— Eu não fico grudado em você vinte e quatro horas. — Falei. — Cara, ela parece até seu guarda-costas.

— Tá, mudando de assunto, bora procurar o Robert. Quero dar um oi pra ele.

— No meio dessa gente toda? Vai ser difícil.

Não tive muita escolha, então comecei a procurar por aquele banco ambulante junto de Sal, o que não foi nada fácil. Toda hora trombávamos em pessoas, maioria reclamava, mas a gente só ignorava e continuava a procurar.

Um tempo depois, finalmente o encontramos. Digamos que seu moicano vermelho facilitou um pouco para localizá-lo.

— Robert! Robert! — Sal gritava enquanto erguia um dos braços para tentar chamar sua atenção, e eu fazia o mesmo.

— E aí, Sal! Eu tinha certeza de que você viria! — Robert sorriu e em seguida os dois deram um toca aqui.

Ele levou o copo que estava segurando em direção à boca e começou a beber. Enquanto bebia, ele olhou para o lado e percebeu que eu também estava ali. O mesmo deu uma leve engasgada por causa da surpresa. Eu acho.

Mama, I'm in love with a criminal [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora