Então... já se passaram dois dias, e hoje é sábado, o tão esperado Halloween. Era de noite, e para falar a verdade, estava um pouco frio.
O parque é logo ali, e eu estaciono a moto na rua da frente. Aqui fora não tinha muita gente, mas lá dentro parecia estar um caos. Tiro o capacete, e ainda na moto, pego o celular do bolso e procuro por alguma mensagem de Todd.
Antes de sair de casa, mandei umas mil mensagens e liguei diversas vezes para ele, para ter certeza de que o mesmo viria. Mas obviamente, ele não respondeu e nem atendeu nada.
— Merda. — Resmungo irritado desligando a moto, por fim descendo da mesma.
Sério, se ele não vier, eu juro que não sei o que vou fazer com ele segunda-feira.
Vou atravessando a rua, e quando percebo, Sal estava logo ali na frente. O mesmo estava encostado na parede de braços cruzados, enquanto encarava os próprios pés. Apresso mais os meus passos.
— Sal! — Grito seu nome empolgado no intuito de dar um susto, mas ele apenas levanta a cabeça sem nem sair da posição. Nem um sobressalto nem nada. — E aí, assustou?
— Nem um pouco.
— Porra, nem um pouquinho? — Pergunto colocando uma mão no bolso da calça e com a outra bagunçando sua franja.
Hoje ele tinha variado. Ao invés de deixar o cabelo solto como sempre, ele tinha prendido uma parte para trás. Posso dizer o mesmo de mim, que hoje resolvi prender o meu por inteiro. Um milagre, eu sei.
— Nem um pouquinho. — Ele dá uma risada curta, e em seguida afasta a minha mão do seu cabelo. — Enquanto você tenta me assustar, eu faço isso sem nem me esforçar. Tipo aquela vez do café.
— Vamos entrar logo. Você estragou totalmente a brincadeira.
Tinha esquecido de falar, mas por mais esquisito que isso seja, não podem menores de catorze aqui. Segundo eles, é por causa das decorações do lugar em geral, que não são só aquelas coisas genéricas de Halloween, como abóboras, bruxas e essas porra aí.
Mas por causa dessa restrição de idade, tivemos que mostrar os RGs antes de entrar, e obviamente, deu merda. A gente teve que bater mó boca com o cara da entrada para fazer ele entender que o Sal não estava usando uma máscara qualquer de Halloween, e sim uma prostética, já que no RG ele também está com ela.
Com muito esforço, conseguimos passar, e agora eu não parava de ficar reclamando desse mesmo cara para Sal, que só ficava escutando e achando graça.
— Mas ei, por que a Ashley não veio? — Pergunto. — Não que eu esteja achando ruim, claro. Isso é tipo o paraíso pra mim.
— Não tem motivo. Ela só não quis vir mesmo, então nem insisti. — Respondeu calmo enquanto continuávamos a andar por aí. Até que ele para, e eu faço o mesmo. Ele dá uma boa olhada ao redor. — Cara, isso aqui tá muito foda. Agora entendo o porquê de não poder crianças.
— E você acha isso ruim?
— Que nada. — Estalou a língua. — Sem crianças, mais diversão. Mas se bem que, se a Soda estivesse aqui, não acho que ela ficaria com medo dessas coisas.
— Soda?
— É a filha da Maple. Aquela criança não é nada normal, mas deve ser por isso que ela é tão mais legal que as outras.
Uau, eu realmente não esperava que a Maple já tivesse filhos. Tipo, quantos anos ela têm? Ela aparenta ser tão nova.
Aliás, quem é que dá o nome de refrigerante para a própria filha? Na moral, isso sequer é legal? Loucura.
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Mama, I'm in love with a criminal [EM REVISÃO]
Fiksi PenggemarSal? Aquele cara que trabalha na loja da frente e usa uma prótese? Ele é simplesmente o amigo mais incrível que alguém poderia ter. Se ele já é incrível como amigo, por que não como namorado? Bem, isso era o que Larry pensava até tê-lo como tal. [In...