Folclore

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Lucia deu um pulo na cama, mais uma vez acordou na mesma situação corriqueira de sempre, mas dessa vez estava na própria cama, passou a mão no rosto e se sentou lentamente, os mesmo sonhos vinha tento desde a noite na nova casa de Maya, a amiga iria passar a morar na base pois não estava com condições de ficar pagando e Pepper fez questão de pedir para a amiga morar lá, e ela de imediato aceitou. Havia se passado quase 1 mês desde que tinha visto Loki, os dias pareciam passar lentamente e de forma tortuosa, ele não havia mandando nem ao menos um sinal de vida, se sentiu mal, pensou que tinha o assustado com a tentativa boba de o beijar, ele não parecia ser do tipo de cara que se envolvia rapidamente com alguém, mas apesar disso, a deu esperanças, ou pareceu dar, afinal o que significa toda aquela atenção especial, as carícias, os sorrisos, ela via a forma como ele tratava os demais, não precisava ser esperto para ver que ela tinha tratamento exclusivo. Suspirou e se levantou adentrou o banheiro, estava começando a cair na rotina novamente, se sentiu sufocada, tomou um banho rápido e saiu do chuveiro indo diretamente ao guarda-roupa, não estava tão quente, nem tão frio, então colocou uma regata normal e uma calça jeans azul, as botas pretas com um salto elevado e pegou a bolsa, as chaves e o celular, haviam 3 ligações de Maya, ela suspirou e colocou o celular no silencioso, via a amiga agora apenas no trabalho havia um tempo desde que saíram juntas, o mesmo vazio havia se instalado em sua vida, mas ela estava sempre com uma sede, uma sede de viver, de sentir, um desejo desesperado de estar e ser presente, um desejo de ser necessária e coisas do tipo, o celular vibrou mais uma vez e então relutante atendeu, revirou os olhos e disse num suspiro.

—O que você quer? - um silêncio pairou no telefonema enquanto ela andava para o térreo do prédio, ela acenou para o porteiro e ele acenou de volta, abriu o portão e passou por ele calmamente, seguiu pela rua esperando resposta.

—Bom... Já que quer ir direto ao ponto, eu quero vê-la milady! - Loki disse com a mesma voz arrastada, uma risadinha pode ser escutada, ele se divertiu com a própria piada, Lúcia travou na rua sentindo as pernas bambas, seu coração estava completamente dividido entre a felicidade e a tristeza, como se ele fosse o motivo pelas suas crises, não sabia o que pensar, ela segurou as lágrimas e permaneceu em silêncio. —Lucia? - ele perguntou e ela pigarreou olhando para o céu tentando conter as lágrimas, estava em sofrimento mas estava feliz dele ter se lembrado dela, sentia que iria se magoar no final.

—Sim? - ela voltou aos sentidos e não sabia o que dizer.

—Eu estava falando sobre nos vermos... - sua voz a fez se arrepiar mais uma vez, ela fungou e ele franziu o cenho, ela tornou a olhar para os lados e disse agora fitando os pés. —Loki... eu... eu não quero me magoar, você simplesmente... Vem e vai, não me explica nada, não que me deva satisfação mas está me dando esperanças então... por favor... Não seja a pessoa que falaram para eu não confiar. Porque eu realmente quero... - ela sentiu um nó na garganta de formar violentamente fazendo sua voz falhar nesse último momento, o som do telefone sendo desligado ecoou ate os tímpanos da garota que surpresa olhou para ele. Loki sabia que não seria fácil mas Lucia estava cada vez mais intensa do que se recordava, não que recordasse de muita coisa mas ela não era assim. Ela olhou para o telefone e suspirou, as lágrimas desceram quentes em seu rosto e então ela sentiu um enorme turbilhão a sufocar, todo aquele mês ansiou por ele como nunca tivera antes em sua vida mas o regresso dela a assustou, levou a mão ao rosto e se colocou a chorar com mais força, estava tão assustada. Guardou o celular no bolso da bolsa enquanto as lágrimas caiam sobre o couro da mesma, e então um lencinho apareceu em sua frente, ela caminhou o olhar pela mão que a segurava e então seus olhos foram de encontro a Niel.

—O que houve Lúcia? - perguntou sem mais nem menos, era curioso mas foi muito incoveniente então percebendo isso se corrigiu. —Perdão... Está tudo bem? - ela pegou o lencinho lentamente e sorriu fraco, jogou os cabelos para trás do corpo.

ENTRE TODAS AS VIDASOnde histórias criam vida. Descubra agora