Entre Neve & Sonhos || Binuel

Capítulo 04: O primeiro

Olá! Para quem puder e quiser, não se esqueça de comentar o capítulo no Twitter usando as hashtags da votação do KCA México: #KCAMexico #IsabelaSouza #JulioPeña #Bia #ComeTogether #CNCO #CalleYPoche #LittleValeIG para ajudarmos na votação. Vou dar uma olhada em todos os comentários e agradecer por lá também, hoje (17/10/20) é o penúltimo dia para votarmos e precisamos ir com tudo! xoxo

Naquela manhã de sábado, Bia não esperava acordar cedo e acompanhar Ana na ida à capital. Ela havia ido dormir tarde na noite anterior e pretendia passar o dia relaxando em casa, no máximo iria encontrar as amigas. Mas a artista tivera outro sonho com ele e seu coração estava pedindo para que ela fosse.

Depois de mais ou menos 30 minutos de viagem na Kia Sorento prata que dividiam, as irmãs Urquiza atravessaram os corredores longos e brancos enquanto cumprimentavam pelo nome os funcionários que estavam passando.

Assim que a porta do quarto 205 se abriu, Alice Urquiza, que estava sentada em uma poltrona lendo um livro, olhou para as suas filhas e um sorriso tomou conta de seu rosto. Ana foi em direção a sua progenitora e a abraçou com carinho enquanto entregava um copo de café com leite que havia comprado para ela no caminho.

Bia, por sua vez, estava estática olhando para o ponto principal daquela visita: Mariano Urquiza deitado na cama de hospital repleto de aparelhos por si e desacordado. Aquela cena doía demais o coração dela e esse era um dos motivos que ela evitava ir àquele lugar desde o ocorrido, 5 anos atrás. Uma mão repousou no ombro da artista, atraindo o seu olhar para trás e encontrando Alice que a fitava com um sorriso fraco e deixava um beijo na cabeça da filha mais nova.

— Alguma novidade? – Perguntou Ana enquanto olhava para o pai com um sorriso triste e saudoso. Aquela pergunta era clássica, por anos era uma das primeiras coisas que falava quando chegava lá.

— Na mesma – Alice respondeu com um suspiro. Também era uma resposta clássica — Mas e vocês, como estão?

— Bem, consegui uns trabalhos fora da escola que dão uma grana extra – Disse Bia ainda com o olhar em seu pai. Ah se ele soubesse como sua vida havia mudado desde que tudo aconteceu...

Ana comentava com a mãe sobre os seus dias e perguntava sobre os dela tanto no hospital, quanto em casa e no trabalho. E por mais que Alice falasse que estava bem, era claro que no fundo não estava. Ela e Mariano eram unidos demais, um casal lindo que deixava as pessoas que viam de fora admirados. Depois de tudo, a psicóloga se sentia muito sozinha e as filhas sabiam disso. Queriam deixar tudo em St. Albert e viver com a mãe em Edmonton, mas Alice não permitia, não queria de maneira alguma ser um peso na vida das filhas.

— Eu sonhei com ele de novo – Beatriz falou baixinho, mas alto o suficiente para atrair o olhar das duas — Ele me dizia que estava com saudades, que queria me ver... é só disso que eu lembro – Disse sentindo o seu coração apertar mais ainda e os olhos ameaçarem a encherem, mas ela balançou a cabeça e se segurou com todas as forças antes que o choro vencesse.

— Você realizou o desejo dele, querida – Alice alisou o braço da filha e ela assentiu em resposta.

Bia evitava ao máximo visitar o pai, era muito doloroso. Enquanto Ana aparecia toda semana, ela só tinha coragem de vir uma vez no mês e não aguentava passar tanto tempo. Eram tantas coisas que se passavam pela cabeça da brasileira.

Sua mente e seus pensamentos a atormentavam o tempo inteiro, mas quando estava diante de Mariano inconsciente, em uma cama de hospital e rodeado de aparelhos que eram necessários para o manterem de uma certa forma vivo, era torturante para ela.

O que mais se passava pela sua cabeça era: Ele estaria tão desapontado com ela...

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