O falso é verdadeiro

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    O dia se passara extremamente rápido desde a conversa que Poliana teve com Hugo e Raquel. Logo após aquele simples encontro, Poliana não fez nada durante o seu dia, apenas se alongou. Já Raquel e Hugo, se organizavam para deixarem tudo pronto. Aquilo rendeu uma boa parte do dia de ambos. Enquanto Hugo fazia de tudo para puxar sinal da base dos E.N até a escola e pensar em uma desculpa para enrolar os D.S e R.F — fingir que teria um compromisso com seu tio do outro lado da cidade —, Raquel entrou na base dos E.N para pegar armas e as escutas, e convencer todos que não poderia estar presente na base já que teria que teria que prestar depoimento sobre Poliana e ajudar nas buscas, já que ela não poderia dar a entender que “sabia onde Poliana estava” e qual seu objetivo. Fingiu uma irritabilidade para todos, oque fez com que ninguém tivesse dúvidas.
    Agora já era uma em ponto da manhã, e quando Poliana — já vestida de Noturna — chegara em frente a escola, os seus dois infiltrados já estavam à sua espera.
    —Pelo menos vocês são pontuais. — Poliana salta de sua moto. —Vocês já fizeram tudo oque eu disse, ou deixaram tudo para agora? Gostei da roupa, Raquel
    —Obrigada. — Raquel dá um sorriso meio torto. —Eu consegui enrolar os E.N dizendo que tinha que ajudar nas suas buscas para não desconfiarem que eu sabia qual era seu objetivo. Eles acreditaram fácil nisso e ainda pediram para eu ficar de olho para ver se eu te encontrava. Consegui pegar essas três armas junto de algumas munições e esses canivetes. E é claro, as escutas.
    —Achei que a polícia só começaria as buscas depois de quarenta e oito horas do desaparecimento — diz Poliana 
    —Relaxa, eu disse que as buscas não seriam feitas pela polícia, mas sim pela própria família
    —E eu disse para os Diabos do Sul que sairia com o meu tio para o outro lado da cidade, eles nem ligaram. E já deixei quase tudo pronto na escola, só falta ligar tudo e colocar as escutas em vocês duas.
    —Perfeito. E como fazemos com as imagens dos Diabos do Sul e das Rosas de Fogo? E outra, como você não vai estar lá, quem vai ficar no seu lugar? — Poliana questiona
    —Quem ficará no meu lugar eu não sei, mas eu desliguei as câmeras, ou seja, eles não vão poder acessar as imagens desde a hora que eu desliguei até a hora que eles as religarem. Aproveitei para excluir as imagens de quando nos encontramos mais cedo. E não podemos descartar a chance deles aparecerem também, já que eles tem um pequeno alarme que avisa quando algo pode estar acontecendo. Embora eles consigam saber se tem algo acontecendo, as imagens só voltarão a ser salvas quando eles religarem as câmeras.
    —Não tem como tudo sair perfeito. — diz Poliana. —Bom, vamos entrar na escola para ligarmos as imagens e colocarmos as escutas.
    Os dois assentiram e logo foram em direção a escola. Entrar não era a parte difícil, mas sim desviar das câmeras, das quais Hugo teria que dar um jeito depois. 
    Assim que entraram e desviaram da maioria das câmeras, chegaram a sala de informática. O cetap que Hugo havia montado era realmente ótimo: organizou cinco computadores para serem suas câmeras e projetava todo o mapa da região. Qualquer coisa que os Escorpiões Negros estivessem planejando, com certeza daria errado.
    —Confesso que não estava esperando isso tudo. — Poliana solta uma leve risada. —Gostei do que fez, e acho que eles não tem chance alguma.
    —Disso você pode ter certeza. — Hugo sorri. —Só precisamos que coloquem as escutas e pronto. Tudo feito.
    —Onde estão as escutas?
    —Estão comigo. — Raquel tira de sua bolsa as escutas e as dá para Hugo
    Hugo logo colocou nas duas e organizou tudo de um modo que não pudessem falhar de modo algum, e é claro que elas testaram para terem total certeza.
    —Aparentemente, tudo está funcionando de forma perfeita. — diz Hugo
    —Ótimo
    —Poliana, até agora você não explicou direito oque eu vou fazer. — diz Raquel
    —Bom, você vai ficar escondida, atrás de alguma coisa, e vai vigiar as minhas costas e responder oque o Hugo falar. — explica Poliana. —Se eles planejarem fazer qualquer coisa contra mim, você quem vai intervir e me ajudar. E eu tenho quase certeza que isso realmente vai acontecer
    —Tudo bem. — Raquel suspirou sem nem ao menos saber se aquele suspiro era de alívio ou de preocupação
    —Vocês já podem ir e se posicionarem. — diz Hugo
    —Nós já vamos. — Poliana caminha até a porta mas para em seguida. —E Hugo, não se esqueça de ficar de olho em possíveis rastreadores colocados em mim, na Raquel e nos E.N
    —Não se preocupa.
    Raquel foi junto na moto de Poliana rumo ao parque. Raquel ficaria em um dos lados do parque, já Poliana ficaria a uma quadra de distância do parque em um beco escondido, apenas esperando o momento em que os Escorpiões Negros chegariam.

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