A caminho da morte

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Notas da autora maravilhosa
Nossa genteee, vocês estão tão maravilhosos e lindos e perfeitos e tudo e tals hoje

Vocês sabem que eu amo vocês né?
Já vou pedindo desculpaaa
Love you

    Foi muito difícil abrir os olhos. A luz do sol estava totalmente direcionada para seus rostos, além de ter muita fumaça circulando pelo ar.
    Todos acordaram juntos, alguns de forma instantânea, e outros de forma mais lenta. Se encontravam deitados sobre macas que se encontravam próximas de ambulâncias. Estavam relativamente próximos, então puderam ver uns aos outros.
    Eric acordou tossindo e pondo seu braço em frente aos seus olhos para impedir a passagem da luz solar até seu rosto. O garoto se encontrava extremamente atordoado, assim como todos os outros, que quase caíram ao se levantarem das macas.
    —Cara, o que aconteceu? — Vinicius se aproximou do garoto. —Como é que viemos parar aqui?
    —Desmaiamos, eu definitivamente não contava com isso. — todos os outros começaram a se aproximar de Eric. —Eu achei que seria diferente, uma vida para salvar outra.
    —Espera, esse era o seu plano?! — Filipa coloca suas mãos sobre os ombros do garoto. —Então era esse o motivo que você tinha para não ter falado nada, e por ter pedido para eu me manter fora! Eric, o objetivo que tínhamos era de mantermos todos vivos
    —Não foi o que me pareceu quando eu cheguei, você estava com o colar voltado para ela, ia colocá-lo em seu pescoço!
    —Eric ela estava a ponto de me matar, e te matar também! Eu tentei de tudo para fazê-la voltar ao normal, tudo! Ela estava a ponto de matar todos os outros naquele incêndio, e eu como a única líder disponível, tomei essa decisão assim como todos os outros! Não foi de você que ela se despediu dizendo que deveria morrer!!
    —E por acaso foi você que ouviu ela dizer todos os dias o quanto estava péssima?! Foi você que esteve ouvindo e não pode fazer nada por estar em coma?! É claro que não foi. Estava mais preocupada em conseguir aquele colar idiota!
    —E por acaso você de repente assumiu todo o controle de um grupo que luta contra outro?! Enquanto o meu melhor amigo estava em coma, a minha melhor amiga foi tomada por uma maldição, e isso por causa de uma briga totalmente estúpida que tivemos! Você sabe o quão inútil e insuficiente eu me senti? Eu não sabia o que fazer, tudo que eu tentava dava errado, os E.N não conseguiam impedir nenhum ataque, todos eram responsáveis pela Noturna, e isso com ela sozinha. Eu só queria fazer o que eu achava ser o certo…
    —Gente, chega!! — Brenda coloca seus braços entre os dois. —Olhem para trás, vejam onde estamos. 
    Todos se voltaram para trás, e lá, viram como tudo se encontrava. Uma densa e escura fumaça dominava por completo os arredores do colégio. O fogo já estava contido, mas diversos alunos ainda eram retirados dos destroços. Várias outras ambulâncias chegavam, e os mais feridos eram levados direto para o hospital, enquanto os menos feridos tinham que permanecer no local para evitar uma super lotação. Os professores tentavam acalmar os alunos mais chorosos, e diversas famílias começaram a aparecer desesperadas a procura de seus filhos. Equipes de reportagem começavam a se aproximar dos destroços, e um helicóptero sobrevoava a região. Aquilo era a definição perfeita de caos.
     —Esqueçam o passado, é melhor pensar no futuro e em como vamos resolver isso. — diz Mirela. —E o mais importante agora, é descobrirmos onde está a Poliana.
    Todos começaram a olhar em volta, e realmente, Poliana não estava por perto. Isso definitivamente não era um bom sinal.
    —Acham que ela foi levada ao hospital? — pergunta Jeff
    —Não, ela fugiu. — diz Eric. —Conheço a Poliana. Ela deve estar com medo do que pode acontecer a ela.
    —E você sabe para onde ela pode ter ido?
    —Não, e acredito que não vamos achá-la tão facilmente. — diz Eric. —Só vamos achá-la quando ela quiser ser encontrada
    —E o que faremos enquanto isso? — pergunta Yasmin.
    —Que tal você explicar como chegou até aqui. — Filipa se dirige a Eric.
    —Eu fui sim sequestrado, mas eu já estava acordado quando fui levado. Pretendiam retomar as experiências comigo em coma. Era lá o esconderijo da Poliana, no antigo galpão dos Mascarados. Eu reconheci as suas coisas, assim como os Mascarados, que saíram pouco tempo depois. Eu fui até as suas coisas e foi lá que eu vi que um incêndio havia começado aqui, assim como vi… a nova localização…! 
    —Que nova localização?
    —A nova localização dos Mascarados! Eu sei onde é a nova base deles!
    —Onde é?!
    —A primeira base deles fica do lado sul da cidade, e a nova fica ao lado norte. — explica Eric. —Eu acho que consigo nos guiar até lá!
    —Eu nunca pensei que sequestro pudesse nos ajudar tanto, e ainda duas vezes! — comemora Filipa. —Como você chegou até aqui?!
    —Eu vim com a moto da Poliana, ela deixou escondida atrás do galpão e deixou a chave na mochila. — explica Eric. —Mas eu acho que ela pegou a chave do meu bolso, assim como o colar e as alianças…
    Eric finalmente reparou no que estava em seu dedo. Apenas um dos anéis havia sumido, o outro estava em seu dedo, e ele não pode evitar de dar um leve sorriso.
    —Como você conseguiu o colar e os anéis? — pergunta João
    —Eu não tenho nem ideia, mas quando eu acordei eles já estavam na minha mão.
    —Eu acho que foi a Luisa. — conclui Yasmin. —Ela me devolveu umas roupas minhas que estavam na casa de Poliana, e deve ter feito o mesmo com o colar e os anéis.
    —Provavelmente. — diz Brenda. —Mas não temos tempo para isso, precisamos ir até a base deles agora!
    —Vinicius e Guilherme, vocês tem uniforme, máscaras e armas em seus carros? — pergunta Kessya
    —Temos sim.
    —Então vamos!!
    —Filipa, espera!! — Eric puxou o braço da garota e Raquel se aproximou dos dois.
    —Pode falar, Raquel. — pede Filipa.
    —Eu quero me desculpar novamente pela infiltração. — ela diz. —Sei que vão agora a base dos Mascarados e peço para que tenham cuidado. Se eles já sabem que o Eric fugiu, talvez já estejam esperando uma visita de vocês, mesmo sem saberem quem são.
    —Você não quer vir conosco?
    —Não, eu vou ver como a minha família está. — diz Raquel. —Esse incêndio veio em péssima hora.
    —Tudo bem, nós teremos cuidado. — Filipa diz e Raquel se afasta dos dois. —Pode falar, Eric.
    —Eu queria te pedir desculpas, Filipa. Fiz muito mal de falar aquilo para você. Eu não tinha ideia do que você estava sentindo.
    —Não tem problema, Eric. Eu também fiz muito mal em ter dito aquilo. Eu não sabia o quão mal você se sentia por não poder ajudá-la, mesmo enquanto ouvia os seus pedidos por ajuda.
    —Você não está mais sozinha, Filipa. Eu estou aqui com você, e caso tome alguma decisão que achar ser errada, coloque a culpa em mim.
    —Você é patético Sr. Von Burgo. — Filipa ri. —Mas agora que voltou e é o segundo líder, tomará mais decisões que eu.
    —Posso até ser o segundo líder, mas isso não deveria me colocar em uma escala de superioridade. — diz Eric. —Líderes trabalham juntos, e eu não vou te deixar sozinha nessa.
    —Você é o melhor amigo que eu poderia ter. — Filipa sorri. —Agora vamos, você vai no carro e eu vou na minha moto. Eu nunca deixaria você andar nela
    —Você nunca muda, Filipa!
    Os dois correram até seus respectivos veículos e foram rumo até a nova base dos Mascarados. Eric ia no banco da frente do carro de Jeff, apenas indicando a direção que deveriam tomar.
    Ele tentava bancar o calmo mas ficava cada vez mais nervoso à medida que o tempo ia passando. E se o plano deu errado? E se ela continua amaldiçoada? E se ela se foi? Essas eram as perguntas que pairavam sobre sua mente enquanto tentava se manter o mais calmo possível.
    Tentava se convencer de que Poliana havia fugido apenas por medo, mas quem poderia garantir isso a ele? Mesmo acreditando que a maldição fora mesmo quebrada, ele não podia saber o que estava se passando pela cabeça da garota naquele momento. O anel colocado em seu dedo poderia ser um sinal de que tudo caminhava bem, ou então, ele estava vendo coisa onde não tinha. Naquele momento, tudo parecia ser um sinal.
    Todos se encontravam tão distraídos, que acabaram por não notarem algo muito suspeito a sua volta. Alguém os seguia, e isso com toda certeza atrairá sérios problemas.
    Assim que chegaram, desceram de seus veículos com suas armas em mãos. Andaram com o máximo de cuidado que podiam e evitavam fazer qualquer tipo de barulho. O ambiente aparentava estar desértico, não era possível ver uma alma viva sequer. Os portões estavam fechados, e eles estavam dispostos a abrirem de uma só vez. Filipa e Eric se posicionaram frente a frente para o portão, se olharam, e por fim, chutaram o enorme portão de madeira, fazendo ele se abrir.
    Todos entraram com suas armas em mãos, e davam cobertura um ao outro. Andaram por todo o perímetro e aquela com certeza era a base dos Mascarados. Todos os equipamentos indicavam que eles estiveram ali a pouquíssimo tempo, e não era possível definir se isso era um bom ou mau sinal.
    —Limpo?! — Yasmin grita do outro lado do galpão
    —Aparentemente sim! — responde Filipa.
    —Podemos abaixar as armas?! — pergunta Luigi
    —Sim! — Filipa e Eric respondem
    Não, eles não podiam. E esse foi um dos piores erros que eles poderiam ter cometido. Assim que colocaram suas armas na cintura, algo caiu sobre suas cabeças, era uma rede de arame. 
    Raquel estava mesmo certa, eles sabiam que Eric havia acordado. Tudo não se passou de uma armadilha. Mas uma armadilha, que eles não esperavam que tivesse um final diferente do imaginado. Chegou a hora de descobrir a verdadeira identidade de seus inimigos.

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