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Antes de abrir os olhos eu sinto uma puta dor de cabeça e sinto o meu corpo todo gritar de dor.

Abro os olhos e enxergo um teto branco.

Olho com mais atenção o local onde estou, e fico pasma ao perceber que estou no hospital.

O que aconteceu?

Estou com hematomas roxos pelos braços.

Minhas costela dói para, Caralho.
Então, eu lembro dos malucos do orfanato. Eles me espancaram!

Quem me trouxe por hospital? Será que foi aquela mulher gorda? Por que eles me acusam de fazer coisas que eu nunca fiz?

  Minha cabeça dói.

A porta se abri. E entra um médico com o cabelo grisalho, ele me olha surpreso.

-Finalmente a senhorita acordou.-disse em um tom alegre.-Como se senti?

-Está doendo muito o meu corpo.
-Certo. Se lembra do que aconteceu?

  Não posso conta. Não sou dedo duro e aqueles doidos podem querer me matar.

-Não. Eu quebrei alguma coisa?

  Sinto como se um caminhão passou por cima de mim, não que alguma vez isso já aconteceu, mais a dor equivale a essa comparação.

- Uma costela e perdeu muito sangue.

-Perdi!?-pergunto surpresa.

-Você teve uma hemorragia, mas agora você não corre risco nenhum, conseguimos um doador e está tudo bem agora.

-Quanto tempo faz que eu estou aqui?
-Um mês e algumas semanas.

-Minha nossa!

  A minha sorte é que estamos nas  férias de verão ou seja não perdi e nem perderei aula, tenho algumas semanas para  estes machucados sarar e para eu conseguir arrumar algum emprego.

-Minhas coisas estão aqui, tipo uma mala e um violão?

-Somente uma mala.- disse apontando com o dedo indicador para minha mala que está encostada na parede.

  Cadê o meu violão? Sinto um aperto no coração

-Quem me trouxe?

-Seus primos. Eles virão hoje te buscar. Estava de mudança? Foi assaltada?

Primos? Mas, eu não tenho parente ou tenho? Será que finalmente irei encontrar alguém de sangue? Mas, lembro de mamãe dizer que ela era filha única e que papai fugiu de casa ainda quando era criança. Será que são mesmo, meus primos?

-Só lembro que eu estava chegando de viagem e depois acordei aqui.-minto.

-Compreendo você foi muito machucada. E como aqui é um hospital particular, não irei envolver a polícia se assim você preferir.
Partícula? É claro, é muito limpo e também estou em um quarto somente meu, se fosse em um público eu estaria em um quarto com mais de três camas ao meu lado.

- Não, sem polícia. Já está pago?

-Sim seus primos pagou.

-Então, eu poderei ir embora ainda hoje?

-Isso mesmo.

Suspiro aliviada.

-Eu estou com sono.

  Sinto um cansaço infernal e ainda dói muito o meu corpo.

-Então, eu vou te deixar descansar a  enfermeira irá te trazer um remédio para dor e depois volto para ver como você está.

TODOS ACHAM QUE EU SOU A CULPADAOnde histórias criam vida. Descubra agora