TODOS ACHAM QUE EU SOU A CULPADA

5

   Argelina é dona da sorveteria Cumes Creans , como a sorveteria foi inaugurada no sábado passado ela ainda estava a procura de funcionários, Talita minha colega de trabalho foi contratada na terça passada. Sorveteria Cumes Creans está espalhada por vários estados afora.

-Amanhã chegará uma nova funcionária a Teresa ela ficará responsável por tudo aqui eu terei que voltar para minha cidade,  qualquer problema que vocês tiverem  recorrem sem hesitar a Teresa e ela irá me informar.

-Está bem.-respondo.

-Certo.-disse Talita.

  Caminho feliz de volta para o hotel. Consegui um emprego, dormirei no dormitório, estudarei na melhor escola do país e daqui dois anos estarei indo para uma universidade.

   ***

  Nos Domingos trabalhamos até três da tarde.

  E a sorveteria só abri oito horas o que me deixa algumas horas extras para eu dormir mais.

  Tomo um ibufreno, a dor nas costela está mais presente do que tudo.

  Quando Argelina soube que eu tinha quinze e ainda estava estudando ela ficou hesitante em me contratar, mas então eu contei o básico de que eu era órfã e precisava de dinheiro para pagar o almoço do colégio e também disse que eu trabalharia horas extras depois do colégio se fosse necessário, comovida com a minha história ela me contratou.

  Hoje a sorveteria estava lotada, foi bastante corrido era pedidos aqui, ali , acolá, no fim deu tudo certo.

  -Menina, os garotos não tira os olhos de você.-disse Talita.

-Eu tenho namorado.- minto.

  Eu não estou afim de ficar ouvindo ela dizer que os garotos me quer e blá-blá-blá.

-Mas, olhar não é pecado, certo? E ainda mais quando essas delicias não tirar os olhos da gente.

  Não tinha dado muita atenção para Talita, mas agora percebo que ela tem por volta dos dezoito anos ela é bonita tem um cabelo longo e um corpo com bastante curvas.

  Depois de algumas horas, chega a hora de fechar, por mim eu continuaria trabalhando, pois não tenho ideia do que eu farei nas horas seguintes em que estarei livre e não quero ter tempo para pensar.

  -Nunca te vi por aqui e você tem um sotaque bem legal é de onde?-pergunta Talita a gente estávamos caminhando eu vou direto já ela não faço ideia. Não quero papo e não estou a procura de amiga, mas ela é minha colega de trabalho inimizades em um trabalho não é nada legal é até prejudicial.

-Nasci na Itália, mas quando meus pais morreram eu e minha irmã começamos a ser transferidas para outros orfanatos e casais de outros país começaram a nos adotar. -Não preciso conta os detalhes saber só o básico sobre mim é o suficiente, porém eu preferia não conta nada já sei que minha história de vida é triste e sempre rastreio um olhar de pena naqueles que obtém o o mini conhecimento da minha vida.

Lá está o olhar de pena:

-Sinto muito pelos seus pais. Ah, então você tem uma irmã...

  Chego no hotel e a interrompo:

-Vou ficar por aqui.

-No hotel?-pergunta confusa.

  Ela deve está tentando entender o lance de uma órfã está num hotel e não em um orfanato. Ela é a primeira pessoa que tem a sorte de conhecer o meu eu do ano passado, digo uma pequena porcentagem de parte.
Tudo que me resta é menti, não suporto ver pena nos olhos das pessoas.