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    Paguei o táxi e desci. A festa já tinha começado era uma linda mansão. Conseguia ouvir lá de fora a música soando.

Olho uma última vez para o que estou vestindo. Optei pela minha melhor roupa: um top, um jeans que apertava nas partes certas e a minha blusa de frio nada elegante, mas essencial para esconder os roxos dos meus braços.
Adentrei a grande sala e fui recebida com um ar quente. Tinha muitos jovens dançando. Alguém segura o meu braço. Me arrepio toda.

-Que bom que você veio.-disse a garota que me convidou para vim aqui. Percebo que as suas seguidoras não estão com ela.

-Eu disse que vinha-digo em um tom doce.

   É bom ser eu novamente.

-Venha comigo.-ela me puxar escada acima.

  Paramos em frente a uma porta com uma folha plastificada colada na porta com uma letra de forma dizendo:

  Não entre, caralho. Principalmente você Alex.

-Podemos mesmo entrar?-Pergunto sendo puxada para dentro do quarto.
- Claro que sim. -disse ela largando o meu braço e acedendo as luzes-Te trousse pra cá, porque quero te informar sobre algumas coisas importantes sobre o colégio-olho para o quarto admirada com a organização. Tenho a impressão de que faz tempo que ninguém entrar naquele quarto. Sinto a sensação de está fazendo algo de errado. -Eu vou buscar umas bebidas pra gente. Fique aqui.-fala e fechar a porta me deixando sozinha naquele solitário quarto.

  Me levanto e olho para a prateleira que tem vários livro de diversos gêneros. Encontro um porta retrato escondido atrás de um livro grande de matemática.

  É um casal o cara está abraçando a cintura de uma garota baixa, não consigo identificar o seu rosto, pois ela está de capuz. Eu conheço essa blusa e ela é única, pois o desenho de uma grande rosa atrás de sua blusa fui eu quem fiz. Perco o fôlego ao constatar que essa garota é a minha irmã gêmea Tifanny. Ela nunca me disse que tinha um namorado, talvez eles fossem só amigos. Por que não consigo, acreditar nisso? Então, a ficha cair.

Tifanny morou um ano aqui. Aquelas pessoas que me acusaram de coisas que não fiz, quem as fez foi minha irmã gêmea! Agora tudo faz sentido ou talvez eu esteja paranóica demais para está pensando num absurdo desses. Lágrimas corre pelo o meu rosto. Deixo o retrato cair quando ouço a porta se abrir.

-O que você está fazendo aqui, porra?-pergunta o garoto furioso.

Abro a boca, mas não sair som algum. 
Soluço.

Caralho, por que não consigo parar de chorar.

  A dor no meu peito está me destroçando.

  Ela machucou as pessoas dizendo ser eu.

Soluço.

-Diabos, por que está chorando?-pergunta ele irritado.

A loira aparece.

  Aguardo ela dizer que ela me convidou e que eu só estava naquele quarto, por que ela pediu. Porém, ela me surpreende falando:

-Qual é o seu problema? Já não basta você destruir a vida do Alex e como uma doente você vem na casa dele, fingindo que nada aconteceu.

Outro soluço.

-Nathalia, sair.

-Mas...

-Você é surda ou quê. Cair fora, porra.-grita

  Ela me lança um olhar de ódio e sair pisando duro.

Tento falar, mas tudo que consigo fazer é chorar.

O garoto olha para o porta retrato que está no chão fixamente perdidos em seus pensamentos.

Quem é Alex?

Por que ele está tão furioso por eu ter ido naquela festa? Então eu lembro do que ele disse mais cedo.

  Ficar longe de mim, da minha família e dos meus amigos. Se eu souber que você ao menos olhou pra eles, você se arrependerá e quando eu digo para ficar longe de mim eu estou falando sério. Você não sabe do que sou capaz.

  Começo a tremer. Ele vai me espancar? Eu não sou ela. Quero gritar.

Ele se aproximar e segura o meu pulso e olha para ele como se estivesse procurando algo, ele me puxar para fora do quarto.

  Ele solta o meu pulso.

  Seus olhos é puro ódio apontando o dedo indicador para o meu rosto ele fala:

-Você não tem medo do perigo, não? 
Ele se aproximar, então eu suplico:
-Por favor, não me bate.-soluço.

Seu corpo fica rígido e ele arregala os olhos perplexo:

-Eu não bato em mulheres.- por um momento eu vejo confusão e tristeza em seus olhos, porém no segundo seguinte seu rosto se torna inexpressivo. Ele dá um suspiro e bagunça seus cabelos pretos parecendo frustrado. -Por favor só me deixa em paz.- agora consigo enxergar o sofrimento que a sua alma carregar, aquela dor em seus olhos é a mesma que eu vejo quando me olho no espelho, então temos algo em comum.
  Ele entrar no quarto em que eu estava e fechar a porta me deixando naquele corredor escuro, sem ninguém para presenciar e ver o tão quebrada eu estou.

  Aquela vadia da tal Nathalia vai me pagar, sei que ela me trousse de propósito e quero saber, por quê?

836 palavras

Postado no dia: Dom, 23 de ago

TODOS ACHAM QUE EU SOU A CULPADAOnde histórias criam vida. Descubra agora