Quando abriu seus olhos, ainda deparou-se com a escuridão. Sua nuca latejava dolorosamente, assim como seu braço esquerdo, parecia quebrado, seu corpo inteiro doía. Piscou algumas vezes, aos poucos seus olhos foram se acostumando com a escuridão e ele começou a conseguir distinguir algumas silhuetas. Tentou se mover para averiguar melhor seu entorno, mas então tomou consciência de que suas mãos e pés estavam presos por frias correntes. Onde estava? Havia sido mandado diretamente para Azkaban?
— Você acordou... — uma voz áustera disse, aproximando-se ao som de firmes pisadas. A silhueta de quem quer que fosse entrou em seu campo de visão, então uma luz foi acesa naquele aposento, fazendo doer-lhe os olhos. — Jūzō Biwa.
Quando finalmente seu olhos voltaram a se acostumar com a mudança repentina da luminosidade, Jūzō viu-se de frente a um homem alto com grandes maçãs do rosto, sobrancelhas grossas e cabelos pretos cujo corte remetia ao formato de uma tigela. Sua expressão era séria e impassível.
— Você... — Jūzō começou. — eu já vi você em algum lugar... Quem é você?
— Meu nome é Might Guy...
— Might Guy? — repetiu, estreitando os olhos. — Onde eu já ouvi esse nome? Espere! — seus olhos mostravam reconhecimento. Então riu. — O filho do aborto? Só pode ser... seu nome é tão ridículo quanto o de seu pai.
— Quê?
— Might Duy... — sibilou, um sorrriso cínico formando-se em seu rosto.
— De onde você conhece meu pai? — indagou, confuso.
— Então é você mesmo! — riu maldosamente. — Você deveria ter morrido com ele aquela noite, sabe?
— Você é um do bando de criminosos que o mataram cruelmente anos atrás. — Guy murmurou, caindo no entendimento. Jūzō Biwa pertencia ao grupo de sete bruxos versados em magia das trevas que havia entrado em confronto e tirado a vida de seu pai, que apenas tentava proteger-lhe e a alguns dos seus amigos.
— Vejo que entendeu. — disse desdenhoso. — Se você quiser eu posso fazer você reencontrá-lo rapidinho. Só preciso que me devolva minha varinha.
— Você... — Guy estava atônito, sem palavras. Estava de frente a um dos assassinos de seu amado pai. — Você tirou a vida do meu pai.
— Sejamos francos, você é um bruxo, tenho certeza que ficou bem melhor sem carregar o estorvo evidente de ter um pai aborto. — disse, observando perspicaz a ponta da varinha de Guy visível, alguns centímetros fora do bolso frontal direito do ridículo macacão verde-esmeralda – que não ornava em nada com a longa capa laranja e botas de mesma cor que o professor de voo de Hogwarts usava.
— Meu pai é um herói, deu a vida para salvar a mim e meus amigos, e ainda fez quatro dos seus serem trancafiados em Azkaban. — falou, tirando a varinha do bolso. Jūzō deixou de sorrir.
— Realmente uma vergonha. Um maldito aborto nojento ter conseguido produzir magia inesperadamente, de uma hora pra outra produzindo uma barreira esquisita só pra proteger seu filho, incapacitando quatro dos meus no processo... se não fosse tão repugnante, talvez eu até o deixasse vivo, mas ele já sabia que não sairia vivo d'ali quando se colocou a nossa frente. — disse.
— Cale a boca. — mumurou com raiva, sua mão tremia pela força com que apertava sua varinha de choupo-branco e núcleo de fibra de coração de dragão.
— E então? Você quer vingança? Vai me matar? Fazer-me pagar pela morte do seu pai aborto?
— Está ansioso? Não fique. — disse, controlando-se e voltando a enfiar a varinha de volta no bolso. — Eu não vou te matar...

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KONOHA EM HOGWARTS
FanfictionOs shinobis, kunoichis e nukenins mais amados - e odiados - do Mundo Ninja estão no universo mágico de Harry Potter. É 1° de Setembro e mais um ano letivo se inicia na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Entretanto, um evento diferente os aguard...