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Eu não devia ter concordado em ajudá-lo. — o professor Hanzō murmurava, parecendo transtornado, enquanto se trancava na sala de aula de feitiços vazia e escura. — Aqui nenhum deles vai me encontrar! Aqui ela não vai me encontrar!

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Diffindo! — Sasuke berrou, empunhando a varinha com raiva para o bicórnio feroz que vinha na direção sua e do Uzumaki.

O lampejo branco atingiu o bicórnio no chifre cuja ponta estava coberta com o sangue da Haruno, e este foi totalmente decepado, caindo no piso de pedra com um baque surdo.

Todavia, isso só fez a criatura se enfurecer ainda mais.

— Droga, Sasuke, você irritou ele! — Naruto disse.

O Bicórnio – agora com apenas um chifre – sacudiu a cabeça (provavelmente notando a diferença no peso) e relinchou, soltando outra lufada de ar pelas narinas. Então começou a correr na direção dos dois, agora mirando com mais afinco o Uchiha.

Escorrego! — Naruto berrou o primeiro feitiço que surgiu em sua mente. E um jato de água com sabão foi conjurado, saindo da ponta de sua varinha para o chão de pedra às patas da criatura.

Sasuke já ía dizer o quanto Naruto era tolo e burro por utilizar uma azaração tão inútil e besta num momento como aquele, quando o bicórnio escorregou, perdeu o equilíbrio e desabou no chão num estrondo.

Sakura, cujo rosto estava cada vez mais pálido pela perda de sangue, pareceu tão surpresa quanto Sasuke por aquilo ter algum resultado minimamente eficiente, pois seus olhos se arregalaram de imediato. E ela utilizou aquele momento para se forçar a esticar-se mais ainda na direção de sua varinha. Precisava reavê-la.

Naruto tentou passar pelo bicórnio – que tentava com muito custo recuperar o equilíbrio – e chegar até a Haruno. Entretanto, teve de afastar-se e voltar a sua posição anterior com pressa pois, num segundo, o bicórnio se pôs de pé, parecendo mais irado do que em qualquer outro momento.

Então a criatura saiu galopando com brutalidade, mirando Naruto em seu caminho, os cascos produzindo um alto barulho ao chorarem-se fortemente contra o piso de pedra. E, caso o Uzumaki não se atirasse para o lado, caindo e encolhendo-se rente a parede lateral, ele certamente seria pisoteado.

Porém, o bicórnio não parou por aí. Seguiu para o Uchiha, que recuou alguns passos a fim de escapar das patas pesadas e traiçoeiras daquele ser quadrúpede que corria enfurecido em sua direção. Só que ele não esperava que o canto da parede estivesse logo às suas costas. Estava sem saída. Sem escapatória.

E, quando finalmente chegou à frente de seu alvo, o bicórnio empinou-se nas patas traseiras, preparando-se para golpeá-lo.

Naruto arregalou os olhos ao visar a situação de Sasuke, havia acabado de se levantar. Nas patas traseiras, o bicórnio tinha no mínimo duas vezes o tamanho do Uchiha. Os cascos dianteiros da criatura certamente partiriam a cabeça dele em dois.

Só que, naquele instante, Sakura finalmente alcançou sua varinha.

Locomotor! — ela disse imediatamente, num grito sofrido. O bicórnio se ergueu poucos centímetros do chão e ela começou arrastá-lo para o mais longe possível de Sasuke.

Não foi realmente muita a distância, pois a Haruno estava fraca – não havia se alimentado bem durante aquele dia e estava perdendo muito sangue de seu braço perfurado, o que obviamente afetava o seu núcleo mágico, o trabalho de seu cérebro e seu foco – visto que sua visão já embaçava e começava a girar vertiginosamente.

KONOHA EM HOGWARTSOnde histórias criam vida. Descubra agora