Eu mereço um prémio Nobel pelo meu esforço

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 Sim, neste momento eu mereço um prémio Nobel, mas o mundo não é justo. Eu, um semideus com dislexia e hiperatividade vou descrever 5 anos num capítulo. Espero que corra bem...

 No 1º ano no acampamento habituei-me a viver no meio de ninfas, sátiros, directores malucos e campistas chanfrados. O chalé 11 tornou-se a minha casa. Nesse ano juntámos-nos ao chalé de Ares (ofereceram-nos mais privilégios) no caça à bandeira e ganhámos ao chalé de Atena. Nesse verão foi bom ver aquelas corujas cheias de mofo a perderem. Fez-lhes bem ao ego. Nesse ano Silena e Charles começaram um namoro estranho. Graças a mim, claro. Eu comecei a desconfiar se não sou filho de Afrodite, pois virei o cupido. Nesse ano os Stoll perderam no Poker contra o Lee. Tenho pena do rapaz. Connor e Travis não pegam leve com ninguém. No fim do verão recebemos contas com um pinheiro. Isso magoou-me, pois senti que a Thalia merecia muito mais do que uma simples conta, mas o que se pode fazer. Sempre é melhor do que não a homenagearem. Nesse ano fiquei no campo com Luke e mais alguns campistas. Tivemos uma festa de Natal e uma de Páscoa. Foi engraçado, apesar de sermos poucos campistas.

 No 2º ano consegui finalmente distinguir os Stolls. Connor tem uma mancha debaixo do olho direito e Travis é mais alto. Nesse ano entraram poucos campistas. Uma Katie e uma Miranda para o chalé de Deméter, um Will para  chalé de Apolo e uma Nissa, que no fim do verão foi reclamada como filha de Hefesto. Esqueci-me de dizer: finalmente descobri finalmente o meu parente olimpiano. Foi no caça à bandeira, no fim do verão. Desta vez tínhamos  juntado ao chalé de Atena. Eu fiquei a defender a fronteira, e quando fui atacado consegui barrar os oponentes, de modo a não chegarem à bandeira. Moribundo (sim, eu sei usar um vocabulário expansivo), cheguei à margem do lago a atirei-me lá para dentro. Não sei quanto tempo é que passei na água, mas quando os meus companheiros chegaram disseram qualquer coisa como: "Salve, Percy Jackson, filho de Poseidon!" e depois fui levado para enfermaria (Agora apercebi-me, passei quase a metade da minha vida no acampamento na enfermaria). Quando acordei Quíron explicou-me qualquer coisa como: "acordo... 2ª guerra mundial... não devias ter nascido...". E, pelos vistos, e como sempre, alguma coisa não está bem! Nesse verão mudei-me para o chalé 3. É um bocado triste e vazio. O verão acabou e nós recebemos uma conta com um centauro num vestido. Acho que isso aconteceu enquanto eu estava na enfermaria. Ninguém me explicou, e eu não quis fazer perguntas. Nesse ano, durante o inverno, o acampamento ficou mais cheio. No Natal fizemos uma troca de prendas e alguém deu-me um peluche e uma cassete de um filme chamado: "à procura de nemo". Posso dizer que fiquei com o apelido de nemo depois dessa. 

 No 3º ano, no início do verão,algum Deus achou engraçado deixar-nos um trirreme grego... Armadilhado! Sim, armadilhado. Quando os campistas foram explorar o navio o barco explodiu e eles foram parar ao lago. A enfermaria ficou lotada esse mês. No caça à bandeira juntei-me a Ares, outra vez. Perdemos. Eles tinham um plano bom, em minha defesa. Ainda no verão consegui, pela primeira vez, acertar a flecha na ponta do alvo (antes o meu máximo eram as árvores ao lado. Nesse ano recebemos uma conta com um trirreme grego (porque será). No inverno Luke saiu e foi visitar a sua mãe. Quando voltou vinha com o semblante mais carregado e passou o resto do ano concentrado a treinar.

 No 4º ano Luke recebeu uma missão no início do ano, mas não me levou a mim com ele. Quando voltou, dois meses depois, voltou ferido e sozinho. No resto desse ano, tal como no anterior, só treinou. Eu comecei a desconfiar que as armas eram melhores amigas do que eu. Sempre ficava pendurado. Da Clarisse para as lutas dela, do Luke para as espadas, da Silena para o Beckendorf. Então, na minha infinita inteligência eu decidi arranjar mais coisas para fazer. Depois de infinita reflexão (mentira,foram só dez minutos) decidi ir para os campos de morangos ajudar a regar, como sou filho de Poseidon e controlo a água... Nesse ano a caça à bandeira foi brutal. Houve cabanas que ficaram completamente vazias, porque todos ficaram feridos (graças a uma invenção dos filhos de Hefesto- bombas de fogo grego com comando remoto). Por isso a conta desse verão foi uma bandeira. Nesse ano, o Sr. D. tinha ido passar umas férias de Natal ao Olimpo,então quem fez as celebrações foram os filhos dele, Castor e Polux. Rezei a agradecer a todos os Deuses e Primordiais a ajuda, pois o velho bêbedo tinha voltado mais contente e não puxou o nosso saco o resto do ano.

 No 5º ano o Sr. D. (mais conhecido como velho dipsómaniaco- depois de eu o ter chamado disso e ter limpo os estábulos como castigo) decidiu que era nesse verão que íamos bater o record de morangos exportados, então fez-nos trabalhar como elfos domésticos até conseguir o que queria. No fim do verão estávamos exaustos e a única coisa que se conseguiram lembrar para a conta foram um par de morangos. Nesse verão também recebi uma carta do Gabe (eu pensava que ele já tinha morrido intoxicado no seu cheiro) a dizer que não sentia a minha falta e para eu não voltar para casa, porque não era bem-vindo. Na carta vinha anexado um anel feito com filigrama de ouro, e Gabe disse que pertencia à minha mãe. Durante alguns segundos fiquei tocado pela atitude dele, e para homenagear a minha mãe pus o anel no colar. Depois voltei a lembrar-me do conteúdo da carta e da estupidez dele e voltei a odiá-lo.  Nesse ano o Grover não ficou para o inverno e disse que tinha de ir para uma escola buscar um semideus. Também Quíron foi buscar um semideus, deixando-nos sozinhos com o velho bêbedo. Posso afirmar que esse foi o pior inverno no acampamento na história dos invernos no acampamento. 

 E assim se passaram 5 anos, em que eu encontrei uma casa, amigos e mais família no acampamento meio-sangue. Só me resta esperar para saber o que vem a seguir.


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Olá semideuses,

 Espero que tenham gostado deste capítulo. Este é só um capítulo de transição para a chegada da Annabeth, pois não há Percabeth sem ela. 

 Também gostava de divulgar a minha nova fic, "Legacies", por isso vão lá ler e comentem, porque os comentários motivam-me a continuar a escrever.  

Beijos, 

-Gabi, cabine 11


Exchanged- O Ladrão de RaiosOnde histórias criam vida. Descubra agora