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liz narrando...

não contei pra ninguém que iria voltar...

estava morrendo de saudades.

cheguei no Rio, cheia de fome, por ser sexta, 20hrs da noite, os bares, restaurantes lotados, iria demorar um século.

tinha um podrão de esquina, pedi um hambúrguer pra viagem e pedi um uber.

cheguei no pé do Morro, a maioria não me reconheceu.

tinha emagrecido muito, mas não como meu corpo era, meu cabelo fino, meus olhos escuros.

eu estava ao contrário, e ao contrário da minha mãe.

cheguei na casa do meu pai, mas n tinha segurança, nem nada..

xxx1: licença? -apareceu uma mulher-

liz: eu estou procurando meu pai, Bernardo , BN.

xxx1: ele vendeu está casa, está morando em frente a quadra , segundo beco, portão prata.

liz: obrg.

de mala e mochila me arrastando.

até que vi os seguranças.

Cezin: patroa?

R4: é ela fi kkkk 

Kg: voltou -me abraçou com os olhos cheio de água-

liz: oi, cadê meu pai?

Cezin: tá dois dias sem pia

R4: eu te levo aonde ele ta

Kg: deixa q eu vou, entra com as malas

liz: obrigada.

minhas mãos soava, entrei no carro do kg, ele subiu.

até que uma parte não dava pra subir mais.

kg: segundo beco, portão amarelo, te espero aqui.

liz: obrigada!

virei o beco, portão amarelo, o último.

tocava remember me.

liz: pai? pai ? pai estou aqui

o choro alto ecoou sobre aquele cômodo.

ele estava de costa pra mim.

BN: como eu queria que fosse verdade.

eu vi as garrafas de cachaça, os pinos, maconha, vidros de Black.

apenas tive a reação de de agarralo.

BN: você voltou, me perdoa, me perdoa, eu tentei ser forte, eu perdi sua mãe e te perdi, eu sempre vou estar cntg -me abraçou- eu te amo filha, me perdoa.

antes de eu responder, ele caiu em meus braços.

perdi meu pai, meu Porto Seguro, meu melhor amigo, minha vida.

liz: PAAAAAI, NAO PFVOR, VOLTA PRA MIM

kg: liz ? -apareceu- merda, patrão acorda

jogamos água nele, cachaça no nariz.

os meninos pegaram o carro e levaram pro hospital.

mas já era tarde, as drogas e bebida comeram o estômago, figado dele todo.

eu nunca vou perdoar o Leo.

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