No outro dia à noite estou na sala da minha casa, com Trina, preparando algumas lembranças para um chá de bebê de uma amiga de Trina que aconteceria no outro dia à tarde, e que ela havia ficado encarregada de levar algumas lembranças.
Estamos fazendo pequenas mamadeiras enfeitadas com renda azul clara. Pela cor da decoração, o bebê da amiga de Trina era um menino. Havíamos passado o final da tarde e o restante da noite ocupadas com aquilo.
Se Kitty ainda estivesse nos ajudando, com certeza já teríamos terminado e estaríamos na cama, mas após o jantar ela havia decidido que trabalho noturno seria proibido para menores de idade, então tinha se retirado para o seu quarto.
Olho o relógio da cozinha e vejo que já passa da meia-noite. De repente o meu celular vibra sobre a mesa. Olho o visor e vejo o nome de Peter na tela. Meu coração dá um salto. Pego o celular e o atendo.
- Alô.
- Covey? – ouço a sua voz, e um barulho muito alto ao fundo. – Covey, você está me ouvindo? – sua voz soa um pouco estranha, como se ele estivesse falando um pouco mais lento do que o normal.
- Estou.
- Covey... volta pra mim, volta?! Fica aqui comigo! Não vai embora pra a França não! Eu... eu amo você! – suas palavras saem emboladas e chorosas. – Duvido que esse francês ame você como eu...
Peter estava bêbado.
- Onde você está? – pergunto, me sentindo um pouco preocupada. Sempre odiei quando Peter bebia além da conta.
- Onde estou? Onde não deveria. Num lugar qualquer longe de você.
Respiro fundo e me levanto da mesa. Trina me olha de relance e continua ocupada com o seu trabalho.
- Você está sozinho? Está com alguém?
- Não! – ele fala alto. – Não estou com ninguém! Nada de garotas! Eu pro-me-to! – ele fala de um jeito engraçado. Se não estivesse ficando ainda mais preocupada, conseguiria sorrir.
- Você está de carro? Está dirigindo?
- Não. É o Gabe quem está dirigindo. – respiro aliviada.
- Passe o telefone para ele por favor.
- Por quê? Você não quer falar comigo, é isso?! – sua voz soa chorosa de novo.
- Não. Claro que não é isso. – falo de forma suave, para que ele faça o que estou pedindo.
Ele aparentemente afasta o telefone e fala com alguém. Continuo apreensiva do outro lado da linha.
- Laranjinha! – ouço a voz de Gabe animada ao telefone.
- Gabe, leve o Peter pra casa, por favor. Ele... ele está bêbado!
- Bêbado? Você está bêbado, Kavinsky? – não ouço o que Peter responde. Pela euforia na voz de Gabe ele está bêbado também. – Ele está dizendo que não está.
Respiro fundo, começando a ficar impaciente.
- Gabe, eu estou falando sério.
Gabe não diz nada. Ouço um barulho, como se o celular estivesse passando para as mãos de outra pessoa.
- Quem está bêbado? Eu não estou bêbado! – ouço a voz de Peter falando novamente.
- Vá pra casa, Peter...
- Você quer que eu vá pra casa, Lara Jean? – Peter diz.
- Quero.
- Então vai ter que vir me buscar!
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Para sempre sua, Lara Jean
FanficO destino infelizmente acabou separando os caminhos de Lara Jean e Peter Kavinsky. Nossa garota Song agora inicia uma nova etapa em sua vida em Paris. Será que sua história de amor com Peter Kavinsky realmente acabou, ou os dois ainda terão uma nova...