16. DCAT

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Os dias iam passando, e cada vez ficava mais perigoso sair do depósito. Havia dias em que passavam muitas horas sem se alimentar, por causa da constante vigilância dos Comensais da Morte. Draco estava melhor em relação a sua ansiedade, pelo menos não passava o dia inteiro deitado. Entre ele e Harry, ele era o mais realista sobre a situação em que viviam.

"Draco, ninguém vai achar a gente, lembra que eu disse que só eu e meus amigos sabiam da existência desse lugar?"

"Duvido que Snape não saiba."

Malfoy estava convencido de que, de uma forma ou outra, os Comensais encontrariam eles. Então, queria tentar lutar contra eles antes de sequestrarem os dois e matá-los. Pensou muitos dias sobre isso, e finalmente teve uma ideia.

"Harry, temos que conversar." Após um longo período de tempo em silêncio, o loiro chamou o outro. Estava sentado numa cadeira, com as pernas e braços cruzados, com um olhar sério. Harry assentiu, indicando que estava prestando atenção.

"Precisamos saber nos defender. Bom, pelo menos eu. E não tem ninguém melhor para me ensinar do que você." Harry não esperava ouvir aquelas palavras sairem da boca de Draco Malfoy, mas concordou com ele. Realmente precisavam estar preparados para o que viesse.

"Está bem, só não ache que eu sou o melhor para ensinar..." As bochechas do moreno estavam coradas. Draco sorriu para ele, que retribuiu com outro sorriso.

Harry revisou dos feitiços mais básicos até as azarações mais complexas que conhecia. Com um pouco de prática, Draco melhorava suas habilidades com a varinha, que já eram excelentes.

"Mais uma vez, Draco- Não, você não vai me machucar, não se preocupe!" Harry queria ver o loiro lançar o feitiço Estupefaça mais uma vez, pois das outras vezes tinha medo de machucá-lo.

"Estupefaça!" Assim que recitou o feitiço, Harry foi jogado para longe, batendo com as costas na parede. Draco soltou sua varinha e correu até onde o moreno havia caído. Ele o segurou no colo e chacoalhou o corpo inconsciente de Harry, falando seu nome. Harry abriu os olhos e começou a rir.

"Você tinha que ter visto sua cara!" Harry gargalhava, enquanto Draco, com a cara emburrada, batia em Harry, irritado por tê-lo assustado daquela forma.

"Você é um babaca, Harry Potter!"

"Um babaca que você ama." Harry puxou a gravata verde de Draco para si, fazendo o rosto do loiro se encontrar com o seu. Harry beijou os lábios de Draco, que retribuiram o toque. Eles aprofundaram o beijo, enquanto Harry puxava o mais alto para si, e Draco passava seus dedos no cabelo castanho do outro. Com a mão vazia, Draco procurou a mão livre de Harry. Quando a encontrou, entrelaçou seus dedos, segurando com firmeza.

Ao se separarem, Harry olhou no fundo dos olhos azuis de Draco, sorriu e abriu a boca para dizer algo.

"Draco Malfoy, quer namorar comigo?" Ao ouvir estas palavras, uma lágrima escorreu pela bochecha de Draco, que ficou vermelha.

"Quero, Harry Potter, nem que seja a última coisa que a gente faça!" Draco pôs as mãos no rosto de Harry e o beijou novamente. Ficaram assim pelo resto do dia.

Draco tinha razão. Se havia algo que deveriam fazer era estar juntos pelo tempo que lhes restasse. E nunca se arrependeriam dessa decisão.

Stay • Drarry Onde histórias criam vida. Descubra agora