23. A Batalha de Hogwarts

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"Eu sei que esse momento é muito lindo e emocionante, mas temos um maluco sem nariz querendo matar todos nós lá fora e só o Harry pode detê-lo." Ron teve que interromper o momento de reencontro entre Harry e Draco. Ele tinha razão, havia uma grande comoção do lado de fora do castelo, e os cinco sabiam que estava sendo travada uma batalha.

"Está bastante sério hein, Weasley? Nunca te vi assim." Draco brincou com o ruivo, para tentar aliviar a tensão. Ele já havia se levantado, mas não deixou um segundo sequer de abraçar o pequeno corpo de Harry.

"Malfoy, tente não estragar a simpatia que estou criando com você." Ron estava tentando ter paciência com Draco, pois ele estava nervoso com o que estava acontecendo e com o que viria a acontecer em pouco tempo. Apesar de ainda ter certa aversão ao loiro, queria pelo menos conviver bem com ele, pois sabia que veria Draco com mais frequência por causa do Harry.

"Ok, vamos sair daqui logo." Harry concordou com Ron, encorajando todos a saírem logo dali. Ele se separou de Draco, mas segurou firme sua mão, encontrando seus olhos azuis. "Juntos, está bem?" Draco segurou a mão do outro também enquanto fazia que 'sim' com a cabeça. Harry, Draco, Ron, Hermione e Ginny começaram a correr pelas masmorras para sair dali e se juntar ao resto da escola na batalha.

Enquanto corriam pelo castelo, encontraram muitos Comensais da Morte. Os garotos eram atacados com todas as Maldições Imperdoáveis, inclusive a da morte. Quando estava quase saindo pelo Grande Portão de entrada, encontraram Yaxley, um dos Comensais mais próximos de Voldemort. Ele lançou uma Maldição da morte em Harry, mas Draco o empurrou pra longe, enquanto ele mesmo saia da linha de fogo da maldição. O loiro olhou Yaxley e o apontou com sua varinha.

"O meu namorado não, seu merda." Draco estava em fúria total. Seus olhos azuis transmitiam ira, raiva e ódio, assim como suas palavras. Harry o havia protegido todo aquele tempo, estava na hora de retribuir.

"Mudou de lado, Malfoy? O que seus papais vão achar disso? O Lorde das Trevas realmente tem razão, você é um tremendo covarde." Yaxley, que agora havia tomado a posição que a família Malfoy tinha no círculo pessoal de Voldemort, queria humilhar Draco da pior forma possível.

"Mudei, e é o que eu deveria ter feito muito tempo atrás." Draco rebateu o comentário do homem, antes de gritar "Petrificus Totalus!". O feitiço atingiu Yaxley, o derrubando no chão, já petrificado. Harry sorriu com orgulho, agradecendo mil vezes enquanto continuavam sua jornada para o campo de batalha.

A cena era pior do que qualquer um dos cinco havia imaginado. Além de estar tudo escuro pois havia anoitecido, gigantes, acromantulas, dementadores e todo tipo de criaturas das trevas estavam lutando no lado de Voldemort, além de seus seguidores. Todo o Pátio de Entrada estava caindo aos pedaços. As pedras que formavam parte da estrutura inteira estavam caídas no chão, permanecendo alguma partes em pé ainda. Feitiços, azarações e maldições voavam de lá para cá, atingindo ou errando os seus alvos. Havia corpos sem vida de bruxos, bruxas e criaturas por todos os lados. Mas nenhum sinal do Lorde das Trevas.

Harry, Draco, Ron, Hermione e Ginny decidiram permanecer juntos o tempo todo, protegendo uns aos outros. Uma acromantula maior que o normal estava indo na direção de Hermione quando Ron se lançou na frente dela, apontando sua varinha para a enorme aranha.

"Aranea exumai!" A acromantula voou pelo ar, caindo com força no chão. Ron se virou para Hermione, encontrou seu olhar e a puxou para perto, beijando-a rapidamente. Hermione correspondeu o gesto, abraçando o garoto.

"Quando você me ver beijando alguém na frente de todos, não quero ouvir reclamação nenhuma de você, Ronald!" Ginny gritou para que o irmão a ouvisse, em meio daquele caos todo. Eles continuaram avançando na batalha, até sentirem uma sensação estranha que nunca haviam sentido, mas tinham certeza que era horrível e dolorosa.

"Vocês lutaram bravamente, mas em vão. Eu não desejei isto. Cada gota de sangue mágica derramada é um tremendo desperdício. Por isso peço para minhas tropas se retirarem. Deêm um último adeus aos seus mortos com dignidade. Harry Potter, agora, falo diretamente com você: hoje você permitiu que seus amigos morressem por você, em vez de vir me enfrentar. Não existe desonra maior. Me encontre no Pátio de Entrada e cumpra seu destino. Caso contrário, eu matarei até o último homem, última mulher e criança que tentar te esconder de mim. Todos estão convidados a comparecer ao Pátio."

As mãos de Draco e Harry não se soltaram até agora. A mão pálida do loiro apertou a do moreno com força ao ouvir aquelas palavras. Ele não podia deixar seu amigo, seu namorado, sua alma gêmea, mas acima de tudo a pessoa que abriu seus olhos e esteve ali por ele todo esse tempo se entregar para o homem que ameaça todos da comunidade bruxa com sua ideologia maluca. Draco daria a vida por Harry se isso fosse necessário, e ele não hesitaria em fazê-lo. 

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