Capítulo 13 - Ameaças

116 15 44
                                    

B.I

— Diga adeus a sua vida, porque eu vou te matar.

Foi isso que Jennie disse quando eu toquei em seus ombros e perguntei se ela estava bem. E como se não bastasse, ela apontou um revólver na altura da minha cabeça antes que eu pudesse processar a situação.

O olhar dela foi muito frio. Lembrou-me a primeira vez em que nos vimos, quando ela e suas amigas invadiram nosso esconderijo e já apontaram as armas para nós... mas agora ela parecia pior do que antes.

— J-jennie, calma, vamos conversar... — sim, eu gaguejei, pois não estava sentindo minha arma comigo. Lembrei que eu havia deixado do lado de dentro da casa, pois não imaginava que ela fosse fazer isso comigo agora. Que merda!

— Não temos nada o que conversar.

— Você vai me matar assim, agora? O barulho do disparo dessa arma fará todos os outros virem até nós, e espero que saiba que isso irá resultar numa guerra entre meus seis meninos contra apenas vocês quatro.

— Não aja como se eu não soubesse das coisas, Hanbin. — ela empurra mais ainda a arma sobre minha testa, prestes a puxar o gatilho — Eu não vou perder para você. Não vou deixar que leve minhas melhores amigas.

— O quê? — não entendi merda nenhuma do que ela havia falado, mas achei melhor ganhar um tempo — Por que está fazendo isso? E o nosso acordo? Vocês não entregariam a gente e em troca nós faríamos tudo o que quiserem...

— O acordo continua sendo esse. Mas em nenhum momento combinamos de ninguém matar ninguém. — Jennie dá um pequeno sorriso e eu engulo em seco. Ela vai puxar o gatilho.

Mas antes disso acontecer, meu celular toca. Jennie se assusta um pouco por não esperar que um barulho de música atrapalhasse esse momento tenso, mas ela logo se recompõe.

— Me deixa atender. É a última coisa que eu peço. — olho em seus olhos. Ela fica em silêncio por um tempo, mas acaba respondendo:

— Atenda e aproveite para dizer suas últimas palavras a quem quer que seja. E coloque no viva voz.

Pego o celular do meu bolso, atendo e coloco no viva voz. Jennie não tira os olhos de mim, o que me impede de tentar qualquer coisa, então decido focar na minha possível última conversa telefônica.

"Escute bem, Kim Hanbin. Neste exato momento, eu sei exatamente onde você está. E eu também sei que Jennie Kim está junto com você, apontando um revólver em sua testa. Espero que ela não atire agora, pois eu que quero fazer isso. Em outro momento, é claro. No entanto, se ela atirar, eu irei atirar nela, sem festejar. Estou louco para gastar minha munição com vocês. Eu odeio a YG e todos os agentes nela envolvidos, mas eu odeio principalmente você e seu bando de idiotas. Todas essas pessoas dentro dessa mansão estão sendo condenadas."

Antes que eu pudesse responder qualquer coisa, a ligação foi encerrada. Mais surpreso do que antes, ignoro o fato de ter um revolver apontado em minha testa e olho para meu celular, vendo que o número ligado era restrito. O pior de tudo é que a voz era robótica, então não dava para saber se era homem ou mulher do outro lado da linha.

— Que merda foi essa? — Jennie questiona tão impressionada quanto eu.

— Eu não sei! Porra, estão nos observando! — olho em volta, mas não vejo nada. Quando volto a olhar para Jennie, ela já havia guardado sua arma e estava olhando em volta como se procurasse algo — Sua vadia! O que pensa que estava fazendo, hein?

Avanço em sua direção e agarro seu pescoço. Eu não pretendia fazer isso, mas ela me deixou muito puto agindo desse jeito, e ainda mais sem motivos! Agora ficou muito claro que eu não posso confiar nela. Jennie segura meu braço e tenta me afastar com chutes, mas eu só aperto mais forte seu pescoço, até que Lisa, Rosé e JiSoo começam a gritar e correm em nossa direção.

Agentes do perigo / Blackpink e IkonOnde histórias criam vida. Descubra agora